Não é surpresa que os romances do Nicholas Sparks seguem uma mesma linha e tendem para o clichê, porém ele tem um público, isso é um fato, o que culmina para o que vemos: uma legião de pessoas vislumbradas com mais um dos vários romances que digamos serem "iguais". Confesso que até 1 hora de filme eu estava me perguntando se veria até o final ou não. Logo no início me incomodei com machismo, o que foi algo que me deixou bastante desconfortável até os primeiros 30 minutos de filme mais ou menos, isso acompanhado de um certo jeito "abobalhado" do Travis (Benjamin Walker), porém segui adiante para dar uma chance. A protagonista não me cativou, a achei "chata" e me fez não sentir uma química adequada no casal. Talvez pareça bobo para alguns, mas algo que me trouxe um certo desconforto ao longo do filme foi o uso de uma peruca por parte da Stephanie (Maggie Grace), o qual era muito nítido.
A cena do pedido de casamento, para mim, foi patética! Totalmente aleatória e após a personagem Gabby (Teresa Palmer) dizer inúmeras vezes e repetidamente que não aceitava casar-se com o rapaz, de repente (sim, de repente) se convence do contrário dizendo que sim e, vale ressaltar, contando com uma ajuda um tanto quanto forçada dos pais (os quais sequer tinham visto o rapaz alguma vez na vida).
Entretanto, os 40 minutos finais conseguiram ajudar a elevar um pouco a qualidade do filme, não por não ser clichê (porque era), mas por apresentar cenas mais convincentes e conseguir tocar, de certa forma, o público não-alvo por trazer dúvida quanto ao desfecho da protagonista. No mais, é um filme que pode ser assistido sem cobrança de ser uma obra espetacular, é leve, e capaz de entreter num domingo a tarde, e, por fim, pode ser encantador e apaixonante se o público for amante de Nicholas Sparks, logicamente.