Crítica: A Senhora da Van é uma comédia dramática, baseada em fatos reais, sensível e instigante, que consegue trazer um olhar diferenciado, de produção simples mas muito bem feita e com bom enredo. Prepare seus lencinhos, esse é um daqueles filmes que emocionam em todos os sentidos: roteiro, fotografia, grandes atuações. Comove e tira sorrisos e lágrima s do telespectador. Além do roteiro, fotografia, figurino, trilha sonora, tudo está muitíssimo bem feito nesse longa. A atriz Maggie Smith está em uma atuação gloriosa como Mary Shepherd.o papel parece ter sido escrito para ela. Uma representação impecável!
Interessante que o filme foi rodado na casa do escritor ,pois a casa ainda pertence a ele.
A sra Mary Shepherd (Maggie Smith )mal humorada,grossa e direta funciona como um contraponto emocional ao dramaturgo Allan Bennett (Alex Jennings) e seu alter ego .Alan consegue também criar um vínculo emocional com o espectador, esse feito devagar, quase que timidamente. O relacionamento de Mary com Alan , inicialmente tenso, é construído de uma forma muito crível ao longo do filme e ao final do longa conseguimos nos emocionar com o desfecho de ambos. Talvez esse seja mesmo o ponto alto do filme: como as relações foram críveis. Consegue ser um daqueles filmes que nos passam uma história pequena, mas que nos diz muito sobre o que significa ser realmente humano. Nos fala dos relacionamentos que mantemos, das pessoas com as quais compartilhamos nossas histórias. E em como elas ajudam a definir quem realmente somos. Preconceito, aceitação, controvérsias na caridade honesta ou para não olhar dentro de si e ver a verdadeira pobreza? Valores humanos colocados em uma peneira......Quando ela fala prá Allan "minhas mão estão limpas",parece-me um ponto alto,em que a personagem já fez todas as penitências ,está de coração aberto,inclusive para morrer.Inclusive ela foi o divisor de águas para Allan se assumir,ser ele mesmo... O humor fino inglês permeia o filme, com grandes atores ingleses. O final foge um pouco da realidade, com um pouco de humor no desfecho. Talvez as pessoas precisem sair do cinema com o espírito elevado. Um filme delicado e marcante, uma joia do cinema inglês.