É Natal, é Natal e toca os sinos de Belém..... se você foi uma pessoa do bem, amém! Agora, caso contrário, que tenhas sorte no além!!!!! Para quem não sabe (que nem eu não sabia), Krampus nada mais é que o "lado sombrio da Força" de Papai Noel (.....pessoas ao fundo dizendo "óóóóóh!!!!!".....), enquanto Santa Claus ia presentear as criancinhas do bem, Krampus iria raptar as do mal em seu saco enorme (huuuuum, daí o "Homem do Saco"?). Na verdade há uma grande estória por detrás do Natal que envolve estes dois personagens, que juntos personificam o bem e o mal, e quem for saber mais sobre, pode vir a gostar ou não do que irá ler. São coisas do tipo: Cristo não nasceu no dia 25/12? São Nicolau era o verdadeiro nome do velhinho que entrega os presentes? Ele era palmeirense (por se vestir de verde)? O feriado era de CINCO dias? Noel ou Nicolau acabou se viciando em Coca (Cola)? A culpa é das estrelas, ops, quero dizer, da Igreja?..... Interessante saber este lado B natalino. Então, baseado neste conto que o diretor e também roteirista Michael Dougherty (com ajudinha também dos roteiristas Todd Casey e Zach Shields) resolveu nos mostrar sua visão sobre a "sombra" do espírito de Natal. E começa muito bem, com a mesma música do trailer, toda serena e cheia de compaixão como se deve ser nesta época do ano, e como contraste, as pessoas correndo que nem loucas para as compras, sendo egoístas ao extremo, brigando, xingando, mordendo, pisoteando, ou seja, o Natal Capitalista! E seguida, mantendo o bom ritmo, nos mostra rapidamente como hoje em dia, todo aquele sentimento de se doar, de amar, de compreender está perdido. E com um "ar" de GREMLINS (1984), a trama se desenvolve como um "terror infantil": sem sangue, com momento cômicos (muito bem colocados) e fantasia! E isso até que é um ponto forte da película. A Trilha Sonora e sua colocação em cada cena estão em perfeita harmonia. Outra sacada genial foi a escalação da atriz Conchata Ferrell (a eterna e querida Berta, a doméstica do seriado DOIS HOMENS E MEIO ou TWO AND A HALF MEN, de 2003 até 2015), como uma tia rancorosa com a vida. PERFECT!!!!! E todos Efeitos Visuais e Maquiagem estão muito bem também em minha opinião. Por outro lado, o roteiro apresenta erros visíveis de continuação, possui alguns diálogos sem sentido e algumas vezes as atuações deixam a desejar. Mas como um todo é um bom suspense, que nos traz um vilão desconhecido, algumas boas risadas e uma história que toca em temas, mesmo que rapidamente, que antes eram de extrema importância e hoje em dia, não passam de uma vaga lembrança (.....que poeta eu sou!.....). Metaforicamente falando (escrevendo), o filme aborda a falta de amor e que isso nos causa todo esse terror que vivemos atualmente em nome de religião, política, paixão e futebol..... Dingo Bel Dingo Bel, acabou o papel...