Eu tiro o chapéu para quem se aventura sozinho em viagens para o exterior, uma porque eu acho chato fazer coisas sozinhas e outra é que sou muito atrapalhado e acredito nas pessoas (como nossa protagonista) e com este "dom" posso me dar bem ou mal. E têm àquelas que ainda se arriscam em morar em terras internacionais, "peitando" o perigo que isso pode se tornar. Lógico, com o tempo, é capaz até de se tornar um nativo, mas até isso acontecer, muita "porrada" podes ter..... E mudando de assunto, uma amizade de longa data é uma das coisas mais belas desta vida e eu a prezo. O ruim.....ou melhor, o complicado é quando seu amigo te coloca em uma enrascada das bravas que, se envolver seria estupidez, mas se não, carregar tal fardo pode ser pior..... Juntando estes dois assuntos e mais um leve romance (que para mim é mais um lance sexual), temos o enredo do diretor Sebastian Schipper, que foi feito em um plano-sequência, como o vencedor do Oscar 2015 de Melhor Filme, BIRDMAN ou (A INESPERADA VIRTUDE DA IGNORÂNCIA) de 2014. Só que Schipper foi mais ousado e resolveu apimentar com cenas de ação. Booooom!!!!! A trama começa lenta, pois é para apresentar os personagens e dar tempo para os mesmos se conhecerem. Já de imediato, é de se pensar como a personagem Victoria (muito bem interpretada pela atriz espanhola - olé - Laia Costa, que possui 5 trabalhos cinematográficos) é tão ingênua em aceitar dar uma volta com quatro homens que ela nunca viu (não falei que é parecida comigo?). E depois ,como ela topa acompanhá-los em uma "reunião"?.....(....."ai que burra! Dá zero para ela professor!".....). O que será que a motivou? Solidão? Carência? Aventura? Está certo que nossas maiores diversões podem vir de um convite inusitado e dizer não, é dizer adeus àquela experiência única (já assistiu SIM SENHOR! de 2008?), mas sempre temos que ter dois pés atrás (ou não, depende de você). Passando a fase de conhecimento (que confesso que deu um soninho), ai é de se roer as unhas. Pelo estilo de filmagem, parece que somos o sexto elemento (mudo, por sinal) e vivenciamos "na pele" tudo o que acontece com o grupo, parece ser real (até porque não há nada "hollywoodiano", com ocasiões impossíveis). Gostei! Só um erro no final da película em relação a um dos personagens. Não tinha como ele esconder por tanto tempo aquilo (ah! Suspense para você assistir e descobrir o quê, só não vá me bater depois quando descobrir o que é!). Se eu fosse o diretor, arriscaria uma sequência com o nome "Run, Victoria, Run" (.....que Lola não me processe, ou Forrest.....)...