Este já é o segundo filme que vejo desse fascinante diretor, e meu Deus que filme, começa tão parado, chato, todo esse papo de filosofia deixa o filme tão arrastado, mais isso perdura até o meio do filme.
Depois de uma estranha conhecidencia ele resolve matar uma pessoal, e ele olha pra tal crime como um ato de liberdade, isso é tão insano e brilhante ao mesmo tempo, um caminho muito desafiador, tem toda a questão de moralidade, estamos falando de um crime premeditado.
E ele planeja e escuta com total maestria, tudo isso em prol de um sentimento de perigo, viver, achar um sentido pra sua existência, no final tudo sai perfeito.
O ritmo da história e ótimo o roteiro e brilhante, ponto ruim talvez seja todo esse papo difícil de filosofia e existencialismo, moralidade.
Mais depois o filme ganha corpo e se torna fascinante, e compreensível e atitude dele, ele fez um bem a todos, só que de uma maneira ruim, para ele isso não é um peso mais sim liberdade, Woody Allen e muito audacioso em propor isso.
Pra piorar um abismo puxa o outro, ou seja, ele planeja assassinar sua aluna, que o ameaça contar tudo pra polícia, mais é nesse ponto que Woody Allen me surpreendeu, achava eu que ele iria realmente matar ela, mais numa reviravolta todo e ele quem acaba morrendo, isso é brilhante porque elimina toda uma questão moral, independente dos motivos, sejam bons ou ruim, ele cometeu um crime hediondo.
E pela personalidade dele, louco e solitário, e totalmente aceitável.
Woody Allen foi brilhante, nos diálogos na trilha sonora, carregou clima tenso com músicas alegres que louco.
Na cena na casa da Jill ele brincando jogando e louco demais, pela primeira vez em muito tempo ele está se sentindo vivo, ele é inteligente porém irracional, a maneira como Woody Allen desenvolve cada detalhe é realmente incrível, não deixa nenhum buraco nada mal explicado, ou soluções mirabolantes.
Enfim homem irracional e um excelente filme, começa intediante mais ganham corpo e como ganha, num geral tudo se encaixa perfeitamente e ótimo.