Nesta semana, começou mais uma novela da rede globo. E, um dos assuntos mais comentados sobre esses primeiros capítulos, com toda certeza foi o beijo entre duas atrizes. Claro, que parece algo não muito bom, mas em relação ao outro beijo gay que teve em outra novela, esse não foi anunciado, não noticiado por vários site e portais de notícias. Ou seja, já começou a ser mostrado com naturalidade, como uma situação banal.
Partindo desta premissa brasileira começo a falar sobre Pride. Este filme baseados em fatos reais, mostra um Inglaterra conturbada, na efervescência de revoltas dos sindicatos e greve, na eletricidade do rock de The Smith e nas descobertas de várias formas de amor que poderia existir.
Pride nos apresenta a tudo isso e um pouco mais. Entendendo que os problemas que vários grupos marginais (as margem da sociedade) confrontam são os mesmos, políticas, preconceitos e direitos, um grupo de gay que busca ser reconhecidos igualmente dentro da sociedade, resolve unir forças com um grupo de mineiro em greve.
Nesta situação, se revelam vários problemas inesperados, pois o preconceito surge dos lados dos mineiros e também do lado dos gays, só que deste lado muito mais suave e implícito. Claro, quando se tem dois grupos totalmente opostos , se tem o conflito certo. Os mineiros se mostram mais rígidos, com relação aos seus preconceitos, são firme, mas com o passar do tempo esses relações começam a se intensificar e modificar o pensamento geral. As identificações se mostram superiores e, aquele punhado de gente trabalhadora, começa a entender que não estão de frente com algo repugnante, e sim de algo totalmente normal.
Os gays se mostram receosos em ajudar, e vários deles se recusam, pois, acreditam que não podem ajudar eles com todo aquele preconceito, mas, a troca é mutua e, se vê uma evolução das duas partes para chegar a um objetivo. Tanto foi que se vê no final do filme que isso se torna a realidade, não somente uma utopia.
Portanto, Pride, nos deixa de frente com os nossos próprios preconceitos, talvez não com toda aquela força em relação ao tempo do filme que é retratado, mas ainda existente, pois, ainda que, um beijo gay provoque uma comoção geral, ainda existe o implícito o nosso preconceito. Mas já vemos evolução, seja ela pequena. Entender que não somos mais diferentes do que 5% em toda nossa composição física e aprender a respeitar nossos semelhantes.