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    Leviatã
    Média
    4,1
    142 notas
    Você assistiu Leviatã ?

    15 Críticas do usuário

    5
    6 críticas
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    5 críticas
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    Jackson A L
    Jackson A L

    12.162 seguidores 1.100 críticas Seguir usuário

    2,0
    Enviada em 22 de maio de 2019
    O filme usa e abusa de elementos simbólicos para projetar Leviatã, seja no livro de Thomas Hobbes, ou do livro de Jó. Apesar da temática, o filme é bem arrastado, poderia ser mais compacto e dar mais dinamicidade a trama. Não teria paciência para assisti-lo novamente.
    Eduardo D
    Eduardo D

    26 seguidores 62 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 27 de março de 2016
    O filme paisagístico seco, frio e pouco acolhedor é um autorretrato da narrativa de corrupção, traição que abrangem uma família já distante de sua relação afetiva. Presente em alguns momentos, a estrutura óssea nos remete à idéia da força e perseverança que se perdeu em meio a uma terra hostil.

    Contado num ritmo lento, o espectador sempre está no aguardo da reviravolta na história mas que não ocorre. Tornando - se assim um retrato caricato de uma sociedade russa injusta.
    Marcio S.
    Marcio S.

    101 seguidores 126 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 10 de fevereiro de 2015
    “Poderias tu pescar o Leviatã com linha e anzol? Ou atar-lhe a língua com uma corda?” Essa passagem do livro de Jó é citada no filme e consegue transmitir a fundo o filme Leviatã. Assim como este é tido como um grande monstro marinho no Antigo Testamento no Livro de Jó, neste filme ele pode ser um monstro e até há referências físicas a ele, mas metaforicamente ele consegue mostrar seus tentáculos e se impor perante todos. Aqui o diretor Andrey Zvyagintsev fala da corrupção na Rússia, da Igreja Católica Ortodoxia no mesmo país e se utiliza de planos ótimos, roteiro idem e atores interpretando de forma intensa seus personagens fazendo com que tudo isso misturado se torne uma ótima obra de arte russa.
    Kolia (Aleksey Serebryakov) é um homem viúvo, que vive em uma casa perto da praia com seu filho. Ele vive também com uma mulher chamada Lilya (Elena Lyadova). Ele está em litigio com a prefeitura por intermédio do prefeito Vadim (Roman Madianov) por desapropriação de sua casa por causa de uma construção da prefeitura na região. Porém essa construção parece ser algo muito mais do interesse do prefeito do que interesse da prefeitura. De Moscou vem Dmitri (Vladimir Vdovitchenkov) um advogado que o está ajudando na luta contra a prefeitura.
    É interessante como o filme começa e termina formando uma rima visual e ao mesmo tempo consegue dar significado ao que irá e foi narrado. A história se inicia com um mar forte, bravo, que parece que joga seus tentáculos sobre as rochas e uma música que se funde com as imagens. A câmera segue com alguns cortes até filmar praticamente o silêncio. Ao final o inverso acontece. Parece que algo violento, um espírito demoníaco caminha até aquele lugarejo e parece que não quer que ninguém o perceba. Fica de fora daquela casa para fitar aquele homem que será comparado a Jó. Esse espírito demoníaco que é o Leviatã traz para aquela região uma representação do quinto pecado: A Inveja. Reparem como alguns personagens que movem o filme parecem estar a mando desse espírito, seja pelo desejo de posses ou a cobiça através do olhar da malícia.
    Os planos no filme conseguem fazer analogias com a história do filme. Assim eles fazem referências ao monstro Leviatã em imagens de um animal no mar, ou na ossada ou nos barcos abandonados. Consegue criticar seja de maneira óbvia ou até com uma certa sutileza quando na sala de Vadim, há o retrato de uma pessoa que a câmera, quando nos mostra Vadim parado, filma esse quadro a direita dele. Lembro da expressão: Ele é meu braço direito. Nesta mesma cena Vadim se posiciona de maneira que este mesmo retrato se situe acima de sua cabeça, fazendo um símbolo ou de um monstro de duas cabeças ou a de duas pessoas que se juntam em uma. Uma é semelhante a outra. Consegue através de um movimento de câmera mostrar uma imagem de Jesus que ou parece se recusar a assistir uma conversa ou que ele finge não estar assistindo.
    O filme consegue realizar uma crítica contundente em relação ao que se passa na Rússia. Parece que viver na Russia hoje é melhor andar bêbado e não perceber a realidade a nossa volta. A corrupção (que também é vista como um Leviatã) impera e se expande para aqueles que dizem propagar a boa fé. O filme gira sua câmera não só para a política corrupta, mas sim também para Igreja Católica Ortodoxa que está dentro do jogo corrupto e alimenta com suas falsas palavras o povo e massageia o Ego daqueles que estão contribuindo para que ela se mantenha em riquezas. E apesar da conversa entre Kolia e um padre de boa intenção parecer algo que conforta, na verdade para mim é o ponto máximo de uma Igreja que quer seus fiéis como verdadeiros cordeiros. Aceitar como Jó aceitou suas mazelas trazem à tona um conformismo exagerado em que, mesmo Kolia sendo o grande injustiçado, ele deve aceitar tais dilemas. Infelizmente quando não temos mais chão parece que acreditar em algo superior é a única solução. E assim a Igreja conduz não com palavras de Deus mais sim palavras propagadas por falsos homens de Deus, como as que o padre realiza em sua Homilia.
    Através de um ótimo roteiro (premiado em Cannes em 2014) somos conduzidos não só pelo diálogo, mas com imagens. Assim o cinema consegue ser o que em sua essência tem que ser. Consegue narrar não só com diálogo. O que o torna muito rico. Soma-se a isso boas interpretações, uma boa fotografia, um design de produção eficiente e uma montagem que não deixa o ritmo cair, formando assim um filme com uma estrutura excelente. Somos muito bem conduzidos pela narrativa e sentimos um cheiro de nossa realidade brasileira.
    Mário Sérgio P.Vitor
    Mário Sérgio P.Vitor

    89 seguidores 138 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 27 de janeiro de 2015
    Assistir LEVIATÃ é uma experiência perturbadora. O filme incomoda. Essa, a meu ver, é uma das funções do cinema - incomodar-, principalmente quando o cinema pode ser chamado também de arte. Talvez tenha uns minutos a mais, mas isso é compensado pela segura direção, pelos atores, pelo roteiro, pela fotografia, pela música. O ator que dá vida ao protagonista tem atuação superlativa. A referência do título ao monstro bíblico marinho e à obra de Thomas Hobbes (matemático, teórico político e filósofo inglês do século XVII) não é gratuita em nenhum momento, afinal a miséria, a comiseração, a lealdade, o adultério, o abandono e a corrupção estão presentes na vida cotidiana. Embora o filme remeta à Rússia, antiga e atual. retrata vários cantos do mundo que são palcos de dirigentes fanáticos pelo poder e por infligir à população as mais variadas formas de submissão. Um grande filme a que se deve assistir sem esquecer que ninguém é inocente e que o próprio bem é um estado de particular interpretação.
    Hugo A.
    Hugo A.

    23 seguidores 5 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 29 de março de 2015
    Bela crítica à Rússia moderna: roteiro, direção e atuações impecáveis, mas um certo pessimismo político -- ainda que necessário, em certa medida à composição geral da trama -- acaba por limitar o seu potencial dramático.
    Carolina S.
    Carolina S.

    21 seguidores 28 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 31 de janeiro de 2015
    Meu primeiro filme russo e gostei bastante! A atmosfera pessimista e a história envolvente fazem com que o filme seja muito diferente dos demais!
    Jean N.
    Jean N.

    7 seguidores 3 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 18 de abril de 2015
    Leviatã, o filme, é uma obra prima. É um retrato fiel do que ocorre no Rio de Janeiro e na maioria das cidades (e estados ) do Brasil. Um Prefeito corrupto que conta com a conivência
    e suporte de todo o aparato estatal.
    Mariela B.
    Mariela B.

    4 seguidores 31 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 12 de fevereiro de 2016
    Filme denso... Não é um filme pra te deixar mais leve! Transborda os piores lados da realidade humana. Termina e a gente fica refletido: quantos leviatãs espalhados por aí!!! O que a ganância e o poder faz?! Melhor, o que o homem é capaz de fazer com a ganância e poder?!
    Rosane T.
    Rosane T.

    25 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 8 de março de 2015
    Desesperadoramente pessimista. Um recorte significativo da sociedade e das mazelas políticas que assolam a Rússia hoje.
    Lucas Augusto Campos
    Lucas Augusto Campos

    4 seguidores 38 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 3 de abril de 2015
    Mesmo que inexistente, o único defeito de Leviatã provavelmente seria sua lentidão. Mas como esta história, que progride suntuosamente ao ser contada por Zvyagintsev, consegue ser bem maior do que os próprios objetivos impostos pela suposta lentidão que embaraçou meus sentidos, é claro, e que igualmente desfrui de alguns elementos bem montados, este pequeno "problema" foi ficando invisível ao passar do longo tempo da exibição do longa.

    Leviatã é bem simplista. Deixa tudo bem resumido e descomplicado para a fácil compreensão do público, algo que dificilmente vem ser interrompido, mas que com uma magnitude, torna-se eficiente para a história. Sinceramente, há momentos no filme que me deixaram confuso, mas foi bem passageiro. Em algumas partes, o filme é bem infiel á sua intenção, mas garanto que isso possivelmente não causará nenhum transtorno. De fato, o importante aqui não é nem mesmo a compreensão, pois se fosse, o diretor com certeza usaria mais técnicas para aperfeiçoar a película. O importante aqui é a analise delicada dos conflitos morais que surgem com uma força impiedosa, e que também lideram nossa atenção. É recomendável também não criar muitas falsas expectativas quanto à história, pois ela intencionalmente engana, e também não aguardar sentimentalismo. Só para destruir esse clima de previsões errôneas sobre o filme: seu final não é lá feliz. Mas é bem particular do longa: a transformação. Sem esse "jogo", acredito que Leviatã não faria nenhum sentido. Ou até mesmo sem a desconstrutora tragédia da qual os personagens participam.

    Andrey Zvyagintsev revela um dos melhores filmes do cinema russo atual, que recentemente, atravessou uma fase bem complicada. Zvyagintsev também revela seus truques para a simplicidade desta obra: o abuso de diálogos no roteiro, de sua co-autoria; a pouca movimentação da câmera nas cenas; paradoxos nas tramas, algo que embora pareça clichê, aqui soa positivamente inovativo. É claro, tudo isso com a ajuda (também destacando) da fotografia maravilhosa. Leviatã não é tão imensamente colorido, mas há uma combinação perfeita das cores, algo que realça mais sua estrutura dramática intensa. É algo tão natural, que acaba por conquistar nossos olhos, que majestosamente dá uma beleza ao filme.

    Leviatã tem um elenco pequeno, mas talentoso. Algo que me atraiu profundamente, principalmente por serem atores desconhecidos das telonas. Bem, mesmo que esteja elogiando potencialmente Leviatã, isso não precisamente signifique que compartilhei sua vitória (apesar de merecida) no Globo de Ouro em Melhor Filme Estrangeiro contra Ida (meu favorito). Falando da corrida do Oscar, Leviatã pode ser considerado um vencedor, mas ainda que tardia, a vitória de Ida continua sendo minha previsão, por mais que arriscada. Mas é um trabalho glorioso, e que, vencendo ou não, é merecedor. Andrey mostra seu controle sob a película, que para nós, parece tão incerta, mas que ao seu evoluir, se concretiza de uma forma inquestionável. Inevitavelmente inesquecível, Leviatã é uma obra-prima de primeira, e certamente recomendável aos apreciadores de um cinema mais refinado.
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