Sicario: Terra de Ninguém
Média
4,0
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Marcão
Marcão

18 seguidores 81 críticas Seguir usuário

0,5
Enviada em 31 de janeiro de 2016
Neste filme não tem nada de novidade, roteiro comum, uma historia banal, um filme horrível, cena do tiroteio na estrada já assisti em outros filmes não acrescenta algo do nada para nada e perca de tempo assistir este filme, coitados dos mexicanos, são todos tratados como traficantes, filme péssimo não recomendo pra ninguém
Alvaro S.
Alvaro S.

2.201 seguidores 349 críticas Seguir usuário

4,0
Enviada em 25 de janeiro de 2016
Cheguei hoje de viagem do Chile e ainda me sinto meio zonzo pelo cansaço.
Dito isso, a impressão final sobre esse thriller de ação sobre uma agente do FBI que é designada a integrar uma operação especial para liquidar um quartel no México, reside nos atores Emily Blunt, que dá vida a agente do FBI e no Benício Del Toro, o sicário do título.
Se filmes que tratam sobre tráfico de drogas e suas consequências pessoais, mortes brutais, etc... melhor buscar outra produção, mas se te interessa ver boas atuações, este filme pode te surpreender. A cena final ilustra muito bem o trabalho dos atores, Blunt e Del Toro.
Curiosidade. A produção, após sua exibição no Festival de Cinema de Cannes figurou nas diversas listas como possível indicado ao Oscar nas principais categorias, mas só conseguiu em 3 categorias técnicas, Melhor Fotografia, Melhor Trilha Sonora e Melhor Edição de Som.
Nota do público: 7.8 (IMDB)
Nota dos críticos: 93%(Rotten Tomatoes)
Bilheterias
EUA - $46 milhões
Mundo - $80 milhões
Acesse o blog 365filmesem365dias.com.br para ler sobre outros filmes.
anônimo
Um visitante
4,0
Enviada em 25 de janeiro de 2016
Com o aumento da violência e todos os problemas decorrentes do trafico de drogas na fronteira EUA/México, o governo norte-americano cria uma espécie de força-tarefa para ir à perigosa Juarez, no México com o objetivo de erradicar um cartel de drogas e capturar um figurão do tráfico mexicano, Manuel Diaz. Nessa missão interdepartamental, eles enviam o responsável pela tarefa, focado apenas no sucesso da operação, Matt Graver (Josh Brolin) e uma agente - que logo revela seu caráter idealista e correto - do FBI chamada Kate Mace (Emily Blunt) para o local, mas não lhe dão muitos detalhes da operação. Ela aceita se voluntariar após saber que poderia ter a chance de capturar o principal responsável por um atentado à bomba que matou alguns membros da sua equipe, e por temer que esses atentados pudessem aumentar com o tempo. Ainda se juntaria à equipe Alejandro (Benício Del Toro), um agente “freelancer”, especialista em cartéis de drogas e nas formas de como obter informações e seguir pistas.

Sicario é um projeto bastante ambicioso, apesar de o filme ter uma atmosfera bastante “crua”, onde não há glamour em absolutamente nada do que aparece na tela, seja moral ou visualmente. Dirigido pelo talento já consolidado de Dennis Villeneuve, que surgiu como um diretor de grande personalidade com os controversos “Incêndios (2010)” e “O Homem Duplicado (2013)” e demonstrou saber agradar com maestria crítica e público com filmes de temas polêmicos, interpretados por grandes nomes de Hollywood, caso do excelente “Os Suspeitos (2013)”. Outra característica bem sustentada pelo diretor e presente em “Sicario” é levantar questões ambíguas, como ética e moral.

Como mencionado no primeiro parágrafo, o filme aborda o tema do combate aos cartéis de drogas, especificamente na fronteira entre EUA e México. Além da questão óbvia que é a ilegalidade do comércio dos entorpecentes, este é um tema que abrange várias outras questões delicadas, como os imigrantes ilegais, a corrupção, o terrorismo e a impunidade. Isso sem falar na desumanidade cometida por esses assassinos, fazendo milhares de vítimas diretas e indiretas com estes crimes. Filmicamente falando, é quase impossível não se lembrar do premiadíssimo Traffic: Ninguém Sai Limpo (2000), também co-protagonizado por Benício Del Toro, e que deu uma nova visão (na época) sobre o combate às drogas na America. Naquela história, um juiz conservador que é nomeado o responsável pelo combate ao tráfico de drogas sente na pele o horror do vício quando sua própria filha se torna uma viciada. O filme também aborda a questão da ambiguidade do personagem de Del Toro, agindo na fronteira e mostra que muitas vezes a mudança começa de dentro para fora e não o inverso. O mais chocante nisso tudo é saber que passados 15 anos, esta luta ainda está muito longe de acabar.

Começarei falando da melhor parte, pois tecnicamente, Sicario beira à perfeição. A fotografia do mestre Roger Deakins mais uma vez está impecável, ambientando perfeitamente a história. As tomadas aéreas são impressionantes e o DP consegue transformar de forma magistral Juarez em quase que um deserto, como se estivéssemos realmente em um campo de guerra. Quando a personagem Kate está em ação, os enquadramentos e movimentos de câmera freqüentemente nos colocam no POV (ponto de vista) da agente, levando o espectador – que teoricamente partilha dos mesmos princípios idôneos da moça – a reagir da mesma forma que a personagem faz. Isto acaba sendo muito mais eficaz do que um plano médio qualquer ou até um close-up. Possivelmente o DP receberá mais uma indicação ao Oscar, lembrando que ele já foi indicado incríveis 12 vezes, sem ganhar nenhuma. O trabalho artístico do canadense Patrice Vermette, em conjunto com a fotografia, é simplesmente um dos melhores do ano, descrevendo visualmente o ritmo eletrizante do filme desde a cena de abertura. A trilha de Jóhann Johannsson (Vencedor do Globo de Ouro no ano passado) é bastante econômica, mas de uma forma positiva, servindo para pontuar os momentos de maior tensão do filme. Para a trilha de Sicario, o compositor islandês resgata a atmosfera tensa que tem tudo a ver com o tom do filme, semelhante ao que fez na trilha de Os Suspeitos (2013).

O roteiro assinado pelo estreante Taylor Sheridan usa um modelo que não é nenhuma novidade, mas ficou muito conhecido de um tempo pra cá pela sua utilização nas séries de TV: a antologia de histórias, ou seja, a utilização de tramas secundárias, cada uma com sua narrativa própria. Em Sicario, ficam bem claras três histórias: a operação em Juarez, a confrontação de Kate entre agir da forma que acredita ser o correto e as coisas que realmente precisa fazer e a história do misterioso Alejandro. Desta forma, o roteiro consegue tocar em diversos assuntos relevantes, mas convém dizer que conforme a história avança, ela deveria se aprofundar mais e, infelizmente não é o que acontece. O roteiro também não é nem um pouco sutil ao escolher um lado para "demonizar". Claramente ele coloca os norte-americanos como heróis, mesmo que façam o que for preciso para capturar os responsáveis pelos atentados (como se os fins justificassem os meios) e os mexicanos como os vilões, caracterizados - inclusive esteticamente, todos tatuados e com cara de mau - como verdadeiros terroristas, como os iraquianos que também ficaram estigmatizados nos filmes de guerra norte-americanos pós 11 de setembro. Portanto, podemos dizer que Sicario é a "guerra ao terror" no combate ao tráfico na fronteira EUA/México.

Vale lembrar que a expressão "Guerra ao Terror" foi atribuída ao ex-presidente George W. Bush (que inclusive já foi interpretado pelo mesmo Josh Brolin) como uma resposta ao atentado terrorista, mas que ganhou uma proporção gigantesca conforme o tempo passava. Entretanto, está idéia foi duramente criticada ao redor do mundo, pois se questionavam as reais intenções dos EUA em se envolver em conflitos armados no Oriente Médio e o pior: ao nomear a luta contra o terrorismo de "Guerra", isso permitiu (de uma forma bizarra) que grupos terroristas "defendessem" a legitimidade de seus atos, transformando assassinos em soldados. O filme poderia ter se expandido para os dois lados da história, mas ao encarar o problema do tráfico desta forma "simplória", ou seja, apenas o gato caçando o rato, o roteiro perde a oportunidade de se aprofundar em todas as vertentes que o assunto possibilita, deixando os enigmas mais interessantes para as subtramas, que são o dilema moral de Kate e o mistério de Alejandro.

Apesar deste deslize do roteiro, vamos voltar aos pontos positivos do filme. As atuações do trio principal são espetaculares. Embora não costume variar muito seus papéis e sua aparência, Josh Brolin entrega uma atuação muito convincente como Matt Graver, sério, implacável e focado, características que combinam muito com a personalidade do ator. Mas eu não vejo uma indicação para ele neste momento. Quem se destacam mesmo são Del Toro e Emily Blunt. O primeiro consegue manter o ar misterioso que compõe seu personagem, sendo que ao mesmo tempo que ajuda a agência parece ter uma motivação pessoal no caso. Já Emily é a que surpreende mais, a atriz de despe de sua sensualidade durante todo o filme, e apesar de (como eu mencionei anteriormente) o roteiro não se aprofundar como deveria no interior da sua personagem, pois como muitas vezes o espectador vê o filme do ponto de vista dela, não faria sentido ela explicar para si mesma o que está sentindo. Ou seja, o próprio roteiro nos impede de conhecê-la melhor - diferente por exemplo da agente Sterling (Jodie Foster), que no clássico "O Silêncio dos Inocentes (1991)" é instigada a se abrir para o Doutor Lecter. Como não há para Kate este interlocutor, sua personagem perde muita profundidade. Estes dois últimos citados podem ser indicados para o Oscar de Melhor Coadjuvante e Atriz, respectivamente, mas também não os apontaria como francos favoritos, apesar do ótimo trabalho.

Considerando o que foi dito, Sicario torna-se um filme imperdível pelo seu impecável trabalho técnico. O "tripé" de diretores desempenha um trabalho excepcional, e Villeneuve mostra mais uma vez sua capacidade em tirar o máximo do seu elenco. O diretor também obtém sucesso na sua proposta que é mostrar para o espectador que a fronteira "é apenas uma linha a se cruzar", ou seja, é a ponta do iceberg e há muito mais a se considerar e sacrificar para atingir o resultado desejado. O filme choca visualmente, as atuações em momento algum parecem artificiais, e segue alguns elementos que, segundo Aristóteles, todo bom filme de ação deve ter: um lugar específico onde a história deve acontecer - e Juarez tem um aspecto muito peculiar, idiossincrático; uma cadeia de incidentes com causa e efeito; começo, meio e fim bem claros. Apesar de mais uma vez o diretor deixar um gosto amargo na garganta do espectador ao final do filme (sim, mais uma vez ele deixa o final em aberto), o resultado é muito mais claro e compreensível que os finais enigmáticos de "O Homem Duplicado (2013)" e "Os Suspeitos (2013)". Sicario vem com força para ser indicado ao Oscar de Melhor Filme - e assim como seu diretor - corre por fora, na espera de alguma surpresa.
Ricardo M.
Ricardo M.

13.184 seguidores 697 críticas Seguir usuário

3,5
Enviada em 25 de janeiro de 2016
Realidade Crua.

Roteiros que abordam uma temática mais voltada ao realismo requerem uma produção mais caprichada do ponto de vista estético e de elenco, justamente para funcionar de forma verossímil, como é o caso deste interessante Sicario.

Logo de cara somos apresentados a protagonista Kate Macer (Emily Blunt), uma estrategista de campo capaz de invasões arriscadas em ambientes inóspitos, sendo este o tipo de local em que a equipe dela deflagra um cemitério repleto de corpos "aprisionados" nas paredes do ambiente. Soa assustador, o que de fato é devido à qualidade visual da cena, mas já serve para pontuar o que veremos no restante da produção. Contemplada por seu superiores, Macer é convocada para uma força tarefa da CIA, nada menos que caçar uma dos mais importantes líderes do narco-tráfico mexicano, mal sabia ela das artimanhas e audácias que seriam usadas nesta busca.

O filme prima por seu realismo visual, desde a belíssima fotografia em ambientes quentes e devastadores como os encontrados na fronteira do Texas com o México até a maneira como o diretor Denis Villeneuve aborda as ações violentas dos cartéis. Isso sem deixar de mencionar a tensão provocada por algumas situações de cair o queixo pela ousadia de seus participantes.

Quanto ao elenco, além de Blunt, temos os excelentes Josh Brolin como Matt Graver e Benicio Del Toro como Alejandro, ambos agentes da CIA que fazem uso de recursos plenamente questionáveis mas funcionais, algo que certamente traria orgulho ao capitão Nascimento.

SICARIO - TERRA DE NINGUÉM é um filme pesado, contendo uma trama de pouca complexidade, mas que prima pelo seu realismo contextual. Possui um rol de intérpretes acima da média, inclusive com personagens e motivações pessoais que nos fazem torcer por eles, mesmo nas circunstâncias apontadas. É uma produção interessante e voltada ao público adulto, tecnicamente funcional e que entretém plenamente.
Neto S.
Neto S.

29.220 seguidores 773 críticas Seguir usuário

4,0
Enviada em 21 de janeiro de 2016
A CIA está preparando uma audaciosa operação para deter o grande líder de um cartel de drogas mexicano. Kate Macy (Emily Blunt), policial do FBI, decide participar da ação, mas logo descobre que terá de testar todos os seus limites morais e éticos nesta missão.Muito Bom, filme muito tenso, com excelente elenco, Emily Blunt e Benicio Del Toro estao otimos , filme tem uma boa trilha sonora, e uma bela fotografia,Dennis Villeneuve faz uma otima direçao, Recomendo. Nota 9.0
F. V. Fraga
F. V. Fraga

105 seguidores 64 críticas Seguir usuário

4,5
Enviada em 24 de fevereiro de 2016
[[[PARÁGRAFO]]]
O diretor canadense Denis Villeneuve já escolhia argumentos “pesados” para seus filmes, antes mesmo de produzir seus longas-metragens em Hollywood. Foi assim com ‘Polytechnique’ (2009), que retratava o massacre da Escola Politécnica de Montreal que ocorreu em 6 de dezembro de 1989 (o Columbine canadense, ainda que tenha ocorrido dez anos antes), filme tão bom e cruel quanto o do consagrado cineasta Gus Van Sant, ‘Elephant’ (2003). O longa-metragem ‘Incêndios’ (2010) que o destacou internacionalmente, rendendo até indicação no Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2011, também não poupava o espectador, com seu “plot twist”, que causava dois sentimentos sobre a obra, ou você a amava ou a odiava. Sua abordagem narrativa poderia ser considerada, um tanto sádica, não fosse à vida real muito mais trágica do que a ficção.
[[[PARÁGRAFO]]]
Seu curta ‘Next Floor’ (2008) já demostrava que sua intenção era literalmente “embrulhar o estomago” de quem assiste seus audiovisuais. Seu primeiro trabalho nos Estados Unidos ‘Os Suspeitos’ (2013) gerou o mesmo desconforto, com sua temática e sua eficácia em nos causar aflição ao ver a aparência dos machucados infligidos por Hug Jackman em Paul Dano. E por trás de toda a violência gráfica que ele nos apresenta, sempre existem diversas camadas de significados simbólicos e críticos. Isso ficou ainda mais evidente com sua adaptação do livro de José Saramago (O Homem Duplicado), ‘Enemy’ (2014), que é seu longa-metragem mais metafórico e abstrato, mas não menos crítico, tenso e com um suspense que desafia o público.
[[[PARÁGRAFO]]]
‘Sicário - Terra de Ninguém’ segue a mesma linha, de não proporcionar um alívio para quem o assiste, pois você não tem como sair alegre e indiferente da sessão. É realista e deixa bem claro que não existem heróis na guerra entre governos e o tráfico de drogas. Indicado ao Oscar 2016 de Melhor Fotografia, Melhor Edição de Som e de Melhor Trilha Sonora é provável que o público mais alienado sobre o tema, o julgue surreal após assisti-lo. No entanto, quem assistir, também, a outro concorrente ao Academy Awards deste ano, só que na categoria de Melhor Documentário, ‘Cartel Land’ (2015), vai descobrir que ‘Sicário’ é apenas um recorte de uma realidade muito pior.
[[[PARÁGRAFO]]]
As referências/inspirações em ‘Traffic: Ninguém Sai Limpo’ (2000), podem ser consideradas até explícitas, principalmente por causa da presença de Benício Del Toro, quase que numa continuação do seu personagem do filme de Steven Soderbergh. Aliás, o elenco e as atuações são alguns dos pontos fortes do longa. Além de Del Toro, que é responsável por representar o personagem misterioso, com um passado trágico em busca de vingança. Emily Blunt encarna satisfatoriamente a policial jovem e competente, mas que não faz ideia da brutalidade do mundo com o qual está se envolvendo, onde ela é o elo para que o espectador entenda o que está acontecendo na história, pois vemos a sua perplexidade e desconhecimento diante dos fatos que está investigando. E Josh Brolyn transmite toda a sensação de quem já convive há tanto tempo com a violência, que já sente prazer com ela.
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A fotografia do experiente Roger Deakins (‘Os Suspeitos’ e ‘007 - Operação Skyfall’) é composta de uma palheta, por vezes tomada de sombras, em outros por tons amarelados em contraste com outras cores, refletindo a atmosfera de um mundo árido, que aliado às tomadas de câmera das cidades quentes e secas do México, na fronteira com os Estados Unidos, nos passa a sensação de que nada de “bom” pode “florescer” naquele ambiente. A saturação das imagens chega a causar uma “náusea visual”, que aliada aos outros recursos narrativos, nunca nos deixam ficar confortáveis. Toda a violência gráfica constrói um mundo opressor onírico, que mais se parece com um pesadelo, no qual somos inseridos logo de início.
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A edição de som foi pensada com muita competência, fazendo com que as cenas de ação funcionem muito bem, nos transportando para o meio dos tiroteios, numa simulada tensão de guerra urbana. Quando a personagem principal passa por ambientes claustrofóbicos e de alta carga emocional, nós também compartilhamos suas sensações, embalados por diferentes imagens e áudios detalhadamente escolhidos. Os zunidos das balas atingindo os alvos, as respirações ofegantes, as batidas das portas dos carros, os coturnos nos pisos, nenhum som passa despercebido, mesmo para o espectador mais desatento.
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A trilha sonora de Jóhann Jóhannsson (compositor do já citado ‘Os Suspeitos’ e de ‘A Teoria de Tudo’, entre outros) também foi criada de forma opressiva e claustrofóbica, dando um ritmo frenético, que por vezes nos faz desejar que as cenas tensas acabem logo. As descargas de violência são embaladas por tons graves e incomodativos, que chegam a ser quase doloridos, por culpa de sua habilidade em nos causar aflição. E quando é necessário um hiato sonoro para que o suspense funcione, a trilha se faz notar ainda mais, quando retorna bruscamente para acabar com nossa espera e nos proporcionar mais uma descarga de adrenalina.
[[[PARÁGRAFO]]]
E não é apenas de sensações que este mais recente longa de Villeneuve é feito, como em todo filme seu, há sempre muito mais nas entrelinhas e nas camadas que não estão explícitas no roteiro. Ainda que não mostre o ponto de vista dos traficantes, não é uma visão estritamente unilateral do tráfico, pois as críticas não recaem apenas sobre a brutalidade dos cartéis, mas também sobre as questionáveis intenções da intervenção norte-americana, ainda que ele pegue muito leve para o lado dos EUA (paradoxalmente um dos maiores consumidores de drogas ilícitas do mundo), o que já é esperado para um filme produzido em Hollywood. No decorrer dos conflitos, as diferenças entre “mocinhos e bandidos” se embaralham e já não temos para quem torcer e ficamos tão confusos sobre as intensões do “sistema”, quanto a personagem de Emile Blunt.
[[[PARÁGRAFO]]]
‘Sicário’ é um filme capaz de angustiar os espectadores mais “sensíveis” e que geralmente vão ao cinema pelo entretenimento escapista, fazendo-os desgostar do mesmo, dependendo de seu maior ou menor senso crítico. Porém, para os cinéfilos mais experientes, não há como não gostar de toda a sua competência técnica. Seu final é moralmente dúbio, exigindo que o expectador complete-o com sua própria opinião, o que para alguns vai parecer uma falha, para outros é o verdadeiro papel do cinema como forma de arte. Como um de seus próximos projetos, Denis Villeneuve terá o desafio de dirigir a refilmagem/continuação do “clássico” de Ridley Scott ‘Blade Runner’ e sua filmografia até o momento nos deixa, no mínimo, curiosos e esperançosos pelo resultado.
Hugo D.
Hugo D.

1.839 seguidores 318 críticas Seguir usuário

3,0
Enviada em 13 de janeiro de 2016
Um bom filme policial que mostra os bastidores do FBI e como eles usam de práticas "obscuras" perante a lei para conseguir o que querem, neste caso acabar com um chefe do tráfico de drogas mexicano. As reviravoltas e jogos de interesse nos deixam ligados até o final do final. Destaco Benício Del Toro com ótima atuação.
Ana A
Ana A

19 seguidores 37 críticas Seguir usuário

3,0
Enviada em 8 de janeiro de 2016
A guerra paralela que acontece contra o tráfico de drogas em nossa sociedade é o que move o filme Sicario – Terra de Ninguém. O diretor Denis Villeneuve, o mesmo de Os Suspeitos estrelado por Hugh Jackman e Jake Gyllenhaal, tenta nos entrega uma trama policial envolta de suspense e ação.

Com várias cenas de plano aberto é possível perceber uma fotografia arenosa e que, por mais que não pareça, toda – ou quase toda – se passa dentro do território estadunidense, é interesse ver que existe um Estados Unidos sujo e com problemas sociais e estes aspectos são sentidos pelo contexto da estória.

O roteiro pertence à Taylor Sheridan, ator pouco conhecido do grande público e com participações em séries televisivas norte-americanas, os registros online indicam que esta é a primeira vez que um roteiro de Sheridan é produzido, sendo compreensivo alguns furos encontrados no decorrer da trama.

Na cena inicial, a personagem de Emily Blunt é apresentada como uma agente tática do FBI em uma missão onde cadáveres são encontrados na parede de uma casa, referência clara ao que os cartéis de drogas são capazes de fazer, no entanto, a cena de corpos decapitados e mutilados na cidade de Juarez parece mais um caso de violência gratuita, feita para chocar o público.

A sequência com visão noturna, talvez uma tentativa de imergir a audiência na ação, tenha ficado melhor no papel do que foi na execução. O revezamento entre uma iluminação esverdeada e acinzentada é cansativa dando a impressão que a cena ficou mais longa do que deveria.

O filme tem um bom equilíbrio até o terceiro ato, quando o personagem de Benicio Del Toro deixar de ser mais um agente a caça de um traficante para se tornar uma espécie de vigilante. Questionamentos como os fins justificam os meios e passar por cima de procedimentos burocráticos perdem espaço para a vingança pessoal, resultando no objetivo traçado no início do filme.

Em contrapartida, as interpretações de Benício Del Toro e, principalmente, de Emily Blunt são expressivas. Enquanto o primeiro entrega a performance sólida de um agente experiente com o objetivo de executar a “missão”, Emily Blunt interpreta uma agente tática extremamente estressada e exausta da função que executa, envolvida em uma missão sem precedentes éticos, a personagem busca procedimentos burocráticos para estabelecer normalidade em um contexto que ela não pode controlar e perante ao cenário que se encontra, nós conseguimos simpatizar com a personagem e seus anseios. Em alguns momentos do filme há indícios de tentativas de aprofundar a relação entre os dois personagens, mas a concretização não acontece tornando a relação superficial, a dinâmica entre os atores torna as cenas confortável e sem embaraços.

Sicario é uma trama simples de um bom roteiro com atuações boas e sem muitas pretensões para entregar algo de novo.
jhonnytavares1 .
jhonnytavares1 .

3 seguidores 41 críticas Seguir usuário

5,0
Enviada em 3 de janeiro de 2016
Filme complexo... que não fica preso apenas na ação... Parece mais um suspenso com ação em segundo plano... ou um filme policial com suspense e ação.. Aliás qualquer filme com Benicio Del Toro pode esperar alguma tensão ou suspense...
Atuações boas e história bacana
Peter B.
Peter B.

81 seguidores 127 críticas Seguir usuário

4,0
Enviada em 1 de janeiro de 2016
Gostei do filme , mas acho que eu fiquei com tanta expectativa no filme que no final das contas o filme não me surpreendeu.
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