Meryl Streep como cantora de rock neste ótimo desafio para esta sensacional atriz. O filme não parece muito pretencioso em termos de premiação, mas é um ótimo espetáculo.
Bom filme, apesar de possuir diversos problemas. O jogo de câmera foi algo que me incomodou muito em vários momentos. Há diversos zooms excessivos e movimentos de 180 graus que soam de maneira quase amadora - provavelmente na intenção de sublinhar as cenas, apesar de não haver necessidade de tal destaque. O filme aborda alguns temas que soam interessantes: o distanciamento de Ricki da família, o fato de ela ser mulher como um "agravante" da situação, os problemas psicológicos da filha, a disputa pelo papel de mãe entre Ricki e a nova esposa... Porém, nenhum deles é abordado de maneira satisfatória. "Raso" foi um adjetivo que veio na minha cabeça várias vezes durante o filme. Ainda assim, há coisas boas. As cenas musicais ficaram excelentes. Os momentos de apresentação da banda no bar são as melhores cenas do filme. As atuações também estão ótimas. Adorei a personagem que Meryl trouxe. Há uma personalidade muito característica nela que foge do clichê, de uma forma que só uma veterana do nível de Meryl conseguiria interpretar. Ainda assim, a grande estrela do filme não é Meryl Streep, mas sim Mamie Gummer, que está espetacular. Mamie convence muito bem como uma jovem psicologicamente perturbada. Pena que o roteiro não dê oportunidade para a atriz desenvolver melhor essa problemática. Pelo contrário, o arco dramático da personagem é curto, e perdemos a chance de vermos uma grande atuação. Por fim, Ricki and the Flash vale como um grande "Feel Good Movie", principalmente pelo seu último ato que nos leva a um final "everything's fine" que soa de maneira simples e despretensiosa, mas não necessariamente ruim.
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