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    A Grande Aposta
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    4,1
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    78 Críticas do usuário

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    anônimo
    Um visitante
    4,0
    Enviada em 25 de janeiro de 2016
    'A Grande Aposta' tem sido ovacionado pela crítica dos EUA, foi indicado a vários prêmios, incluindo Melhor Filme no Oscar (algo que nem o bem mais badalado 'Carol' conseguiu). Isso deve-se ao fato de Hollywood adorar usar o cinema para 'reviver' suas tragédias, como uma espécie de auto-crítica. Fora da sua fronteira, entretanto, o filme começou dividindo opiniões. Provavelmente por ter uma temática complexa e um ritmo e montagem muito movimentados, características que normalmente não combinam entre si, uma vez que de certo modo dificultam a absorção do conteúdo e a compreensão dos espectadores. Contudo, a escolha de um diretor e roteirista habituado a (boas) comédias, Adam McKay (como 'O Âncora' ou 'Homem-Formiga'), trouxe uma dinâmica bem interessante, ao mesmo tempo que contém valor histórico factual detalhista, funciona como comédia, os personagens não parecem estar querendo ser engraçados e isso torna o humor do filme bastante natural.

    Basicamente, o filme conta três histórias paralelas: Michael Burry (Christian Bale) é um especialista em transações cambiais, muito inteligente e excêntrico (curte rock pesado, tem um olho de vidro e se veste todo largadão no escritório) que acredita que o mercado imobiliário norte-americano está "em cima" de uma bolha prestes a explodir em alguns anos. Por ter autonomia no seu emprego para agir conforme acredita, Michael segue seu "instinto" e começa a ir de banco em banco apostando contra o mercado imobiliário valores altíssimos (centenas de milhões) à espera de um iminente colapso que possa render um retorno financeiro absurdo. Em contrapartida, os bancos concordam desde que sejam proporcionalmente ressarcidos, caso o mercado continue a crescer (e é isso que seus indicadores apontam).

    Há filmes que você pode ver sem saber absolutamente nada e gostar, ser surpreendido. Assim como, há filmes que são feitos pensando em um público mais distinto, isso não é novidade alguma e muito menos um defeito dele. Apesar de todos os esforços do diretor para abranger o maior público e apresentar o tema da forma mais descontraída possível - semelhante ao que Scorsese fez em 'O Lobo de Wall Street (2013)' -, podemos dizer que 'A Grande Aposta' se encaixa na segunda categoria, pois para aproveitá-lo por completo, é um filme que requer (mesmo que muito básico) um prévio conhecimento sobre economia, até porque é uma 'dramédia' baseada em fatos reais do ramo.

    O filme fala da desregulamentação dos bancos dos EUA lá nos anos 80, que buscava aumentar lucros em uma época de juros baixos. Isso se agravou com a prática de fácil concessão de crédito pós 11 de setembro, para não esfriar a economia nacional após o atentado, principalmente no ramo imobiliário, onde praticamente qualquer um podia comprar uma casa através do mercado 'subprime'. Anos depois, quando os juros começaram a subir para controlar a inflação, para se livrar da óbvia inadimplência (pois os 'subprimes', leia 'os mais pobres', não tinham condições de arcar com seus empréstimos), os bancos repassaram as dívidas para instituições financeiras inclusive no exterior, criando uma grande reação em cadeia, que quando desmoronou teve como consequência a maior crise financeira norte-americana - e por que não global - desde a quebra da Bolsa em 1929.

    As outras duas histórias são de Jared Vennett (Ryan Gosling), um banqueiro oportunista, que acima de tudo se considera um investidor e busca lucrar de alguma forma com a idéia de Michael e Mark Baum (Steve Carrell), um homem não muito contente com seu trabalho e sua vida, que começa a sofrer uma crise repentina de "idealismo" e por engano entra na jogada, decidindo se vingar dos bancos por estar farto da corrupção e ganância presente nesse meio. Não percam o raciocínio, mas há ainda uma quarta história, que traz dois jovens investidores que precisam da ajuda de um paranóico - mas que conhece o mercado como poucos - para conseguirem investir mais alto, fazer mais dinheiro. Este obcecado por 'teorias da conspiração' é Ben Rickert (Brad Pitt), que após descobrir que há todo esse engajamento contra o mercado financeiro, se interessa e decide ajudar os dois.

    Se você está lendo este parágrafo, há uma boa chance de acabar gostando do filme, pois quem já desistiu nesta breve "sinopse" dos parágrafos acima, não deverá apreciar ou simplesmente entendê-lo, uma vez que ele é cheio de termos e "jargões" do ramo, apesar de como eu mencionei, a montagem e a direção fazerem o possível para torná-lo o mais didático possível, utilizando recursos interessantes para o espectador, como Margot Robbie na banheira, Selena Gomez em um cassino, um Chef fazendo uma analogia de investimentos que não deram certo com um peixe que não foi consumido e até Ryan Gosling quebrando a quarta parede. Quando os principais personagens estão indo para o mesmo lugar - uma convenção onde haverá uma palestra sobre o futuro da economia - o filme mostra os grupos de personagens em locais diferentes (uns no cassino, outros em um restaurante e os outros em uma festa na piscina), para não se tornar repetitivo, pois imaginem o quão cansativo seria se as três sequências acontecessem no mesmo lugar. Sem falar na trilha sonora que conta com várias músicas pop ícones da época, um recurso que funciona no filme para que o espectador consiga, através do corte da cena assimilado com sua memória, contextualizar instintivamente a época em que o filme se encontra.

    Espectadores mais habituados ao cinema 'tradicional', possívelmente entenderão estes recursos de uma forma negativa, como se o diretor priorizasse a parte estética em detrimento à narrativa por não conseguir 'explicar' o tema, além de que seus personagens sejam um tanto difíceis de acompanhar e talvez deixem transparecer um pouco sua posição política progressista, já que McKay é um ativista freqüentemente nas manchetes do país. Especulações políticas à parte, 'A Grande Aposta' é a prova de que McKay é um diretor bastante competente, que sabe extrair grandes atuações de seu elenco (o trio principal está sendo amplamente elogiado e com razão) e que consegue adaptar uma história séria sem perder sua personalidade, que são a irreverência e a sátira.

    Tanto Gosling, como Bale e Carell estão fantásticos. Especialmente este último, que já se desprendeu da imagem de comediante pastelão há um bom tempo e tem conseguido manter um nível de atuação excelente. Mesmo com uma participação menor, Brad Pitt também é muito consistente e o elenco de apoio é ótimo, com destaque para Hamish Linklater, um dos integrantes no grupo de Carell. Os elementos técnicos como trilha, fotografia e arte são competentes, desenhando bem a atmosfera visual do filme. A edição é o destaque, consegue unir todas as idéias 'nonsense' do diretor, e mesclar com a história sendo contada de forma bastante engenhosa. Pensem se o filme 'Margin Call: O Dia Antes do Fim (2011)' fosse dirigido por Michael Moore, por exemplo, só que mais engraçado.

    Portanto, 'A Grande Aposta' é um filme que vale o ingresso. Especialmente se o espectador for preparado no assunto, para ter mais facilidade em acompanhar o ritmo dinâmico do filme. Para quem busca uma comédia inteligente, com grandes atuações e ainda conhecer mais de perto o outro lado da crise de 2008, o filme já surge aqui no Brasil como uma das melhores comédias do ano, e ainda estamos na segunda semana de 2016. A direção de Adam McKay é muito boa, o filme mantém o ritmo do início ao fim e ele passa a mensagem que queria expressar, de que essas tragédias acontecem como sugere uma frase de Mark Twain (que está no próprio filme), dizendo que não é o desconhecido que nos coloca em problemas, mas justamente aquilo que temos certeza que conhecemos bem. As grandes instituições financeiras acreditavam erroneamente que eram 'muito grandes para quebrar', e algumas só foram salvas pelos governos para evitar uma crise sistêmica e uma catástrofe maior ainda. Entretanto, os economistas sabem, o mercado financeiro sempre encontra uma forma de ficar à frente de leis reguladoras e isso quer dizer que, mesmo após tudo o que aconteceu, não estamos totalmente livres de um novo colapso futuramente.
    Nelio M.
    Nelio M.

    18 seguidores 82 críticas Seguir usuário

    0,5
    Enviada em 24 de janeiro de 2016
    Podem me apedrejar, mas achei este filme muito cansativo, e usa de palavras muitas vezes desconhecidas pela maioria, palavras de quem vive nesse ramo imobiliário, Só assisti mesmo por estar entre os 8 indicados ao Oscar de melhor filme (mas não vai ganhar nunca!!!) e pelos atores que gosto: Brad Pitt, Christian Bale e Ryan Gosling.
    Marco F
    Marco F

    9 seguidores 7 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 24 de janeiro de 2016
    Nada a reclamar. Ótimo filme, bom enredo e roteiro, a continuidade e pesquisa sobre o assunto. Um verdadeiro raio-x da crise imobiliária que gerou o crash de 2008 no mundo todo, do qual ainda nã se recuperou por completo. Acabei de sair da sala de cinema. Recomendo assistir!
    Isabel
    Isabel

    6 seguidores 48 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 24 de janeiro de 2016
    A Grande Aposta, é o tipo do filme que na época daquele escândalo imobiliário,eu imaginei que poderia fazer um filme sobre tal episódio.O filme é bem inteligente nos diálogos,embora com boas atuações do Carell.Não diverte e nem empolga,para quem não é do ramo economês o que muitos momentos me fez abandoná-lo.
    Pedro P.
    Pedro P.

    5 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 24 de janeiro de 2016
    Mais um filme sobre o mercado financeiro que certamente seria sucesso de crítica, com seu elenco estrelado, a grande aposta nos joga de maneira simplista os pormenores da crise imobiliária que afetou os EUA e o mundo em 2008 e ainda é sentida até os dias de hoje.
    O filme nos apresente quatro protagonistas, ou quatro coadjuvantes, que previram a crise que estaria por vir e buscaram forma de lucrar em cima disso, não por serem espetacularmente melhores do que os milhões de afetados por ela, mas apenas por observação.
    Personagens complexos e bem trabalhados são um ponto fortíssimo do longa. Christain Bale nos apresenta a figura do antissocial gênio, que é o primeiro a apostar contra o mercado e é ofendido por seu sócio e esnobado pelos bancos nos quais decide fazer as aplicações. Steve Carrel incorpora o homem moderno estressado e "bruto", que frequenta encontros em grupos de ajuda com psiquiatra para de certa forma agradar a esposa. Ryan Gosling é o consultor financeiro que procura convencer seus clientes de apostarem nessa jogada. Brad Pitt faz o papel de tutor de dois jovens acionistas que conseguiram um certo sucesso e após mudarem para Wall Street vêem na futura crise chance de triplicar o seu patrimonio.
    Com vários momentos que quebram a quarta parede e o personagem interage diretamente com o público, nos lembra "o lobo de Wall Street", da mesma maneira nos ensinando de maneira simples termos e estratégias presentes nos investimentos no mercados financeiro e de certa forma nos deixando mal por não termos conhecimento sobre aquilo, já que nos foi colocado de maneira tão simples. Filme que tinha tudo para ser chato e desinteressante nos trás uma estética que o deixa mais atrativo, com cenas como, Margot Robie (o lobo de Wall Street; Esquadrão Suicida), na banheira, com champanhe nos explicando sobre investimentos de alto risco, um chef de cozinha nos falando como "requentar" ações não aproveitadas em certos investimentos em outras coias, como em um ensopado e até a Selena Gomez, explicando sobre o assunto em um cassino.
    O filme nos fala como se deu essa crise e como o mercado é frágil e o ser humano estúpido por não prever coisas simples como foi colocado no filme e pior ainda, como estamos fadados a repití-la de novo e de novo.
    A obra não nos deixa entediar, assim como o "lobo de Wall Street" permanece a todo momento com o hype alto, com trilha sonora alegre e agitada esse é realmente um filme para ser aplaudido de pé.
    Aurelio Cardoso
    Aurelio Cardoso

    79 seguidores 97 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 23 de janeiro de 2016
    Nos créditos do filme aparece que na tradução para as legendas foi necessário a assessoria de um economista, o que deveria se fazer ao ver A GRANDE APOSTA, ter ao lado alguém entendido em mercado financeiro e sua complexa teia, que serve para confundir e ludibriar os incautos, como diz o personagem de STEVE CARREL.
    Alias é o personagem mais chato, falastrão e sempre a beira de um ataque de nervos, mas todos são de uma maneira ou outra, além de insanos, excêntricos e geniosos, gulosamente premonitórios para ver o que ia ocorrer em 2008.
    O filme tenta ser o mais didático possível, mas apesar da veloz composição de cenas - concorre a OSCAR de montagem - fica enfadonho e a gente torce logo para o mercado explodir, pois é muita gente querendo ganhar dinheiro fácil, como nas sequências em Miami na conversa com dois corretores que vendem imóveis a preços exorbitantes, até para stripers.
    Tinha que dar no que deu, uma crise que abalou o mundo com consequências que até hoje reverberam pelo mundo.
    Magda S.
    Magda S.

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 22 de janeiro de 2016
    O filme é muito bom. Vale a pena assistir.O filme é bem acelerado, linguagem bancária, é válido como conhecimento do que acontece no mercado financeiro, como ele é forte, e que raramente ficamos sabendo o que realmente está acontecendo.Os atores estão ótimos. Todos se destacam.
    Marcio A.
    Marcio A.

    157 seguidores 134 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 22 de janeiro de 2016
    Extraída do livro A Jogada do Século, escrito por Michael Lewis e lançado no Brasil pela Editora Best Business, a trama de A Grande Aposta está focada em alguns anos antes do colapso financeiro que assolou Wall Street em 2007. Mas mesmo que a premissa seja fantástico é preciso entender que Filme também é afinidade... o que não tive mesmo e PONTO. Curiosamente só li críticas favoráveis em relação a este livro baseado num livro incrível, mas que... ao meu ver o filme não chegou nem perto do quanto é interessante a leitura. Ouvi e li coisas que não concordo mesmo, e não vou me curvar a críticas impessoais que mais parecem propaganda para glamourizar o nível de intelectualidade de quem assiste. O filme é absurdamente lento, a atuação de Bale é caricata demais e quem se salva num elenco cheio de atores competentes é o grande Steve Carrel, que ao meu ver, além do ótimo roteiro, se salvou num mosaico de equívocos e um ritmo enfadonho. Filme não é texto, é impacto, atuação, os diálogos são inteligentes porque o escritor é muito bom, só que está longe de atingir o clímax literário que a imaginação delineia durante a leitura. Alguns diálogos são incríveis, principalmente para quem trabalha no ramo, mas se tornam irrelevantes para a maioria que só vai entender com mais precisão lendo ao livro. Se este filme é tão bom quanto dizem, talvez seja eu que seja muito chato, mas prefiro pensar que o mundo é bem mais interessante do que o tempo que perdi em assisti-lo e que ganhei ao apreciar sua incrível leitura.
    Lu D.
    Lu D.

    2 críticas Seguir usuário

    0,5
    Enviada em 22 de janeiro de 2016
    A historia é genial, mas o filme tem uma pessima dinamica!!! pra quem mora no Brasil, ele tinha que vir com manual de instrução antes de assistir. Ele é praticamente um documentário sobre o começo da crise. A gente aqui no Brasil não acompanhou exatamente o que aconteceu, então fica perdido mesmo.
    Eu não gostei, apesar do grande elenco.
    Achei uma tortura.
    Valdemir P.
    Valdemir P.

    34 seguidores 9 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 21 de janeiro de 2016
    O filme traz para a telona o livro de Michael Lewis, The Big Short: Inside the Doomsday Machine (publicado no Brasil como A Jogada do Século), a respeito da crise financeira iniciada nos Estados Unidos em 2008, derramando-se por todo o mundo, com efeitos que ainda perduram e provocam perplexidade, além de muito choro e ranger de dentes.
    Se a intenção do filme foi ser didático (o que às vezes parece), foi mal, mesmo com as cenas da pirâmide de tocos de madeira representando títulos de dívida de acordo com as classificações de risco (que rui) e da beldade na banheira explicando o que é merda no mercado financeiro (Margot Robbie). Ninguém, leigo em Economia ou autodidata em finanças, sai da sala entendendo os meandros da crise financeira, a não ser no seu aspecto de fruto de muita sacanagem: gente procurando ganhar dinheiro a rodo, com pouco trabalho e muita esperteza, às custas de quem sua a camisa para viver, no máximo, no padrão de classe média, nem sempre americana. Inside job (Trabalho interno, na versão brasileira), de 2010 (direção de Charles H. Ferguson), é mais denso em informações e “mais explicadinho”, além de explorar a o alastramento da crise mundo afora. Aliás, é recomendável vê-lo antes de A grande aposta: complementam-se, de algum modo.
    O mais interessante da trama que costura o filme é o confronto de modos de ver e se posicionar diante de situações que impõem dilemas morais severos. A grande questão é saber até que ponto é possível e admissível ganhar dinheiro trapaceando. Tendo o mercado financeiro e imobiliário americanos se transformado num verdadeiro cassino, com os títulos poderes (subprimes) se transformado em alicerces de jogadas arriscadas e malandras, escondidas em produtos “criativos”, vendidos pelos bancos e seguradoras, sem limites nem cuidados, os investidores, aplicadores, corretores, banqueiros, e suas organizações e entidades, passaram a atuar como especuladores sem qualquer noção de responsabilidade e consequência. E os crédulos “trouxas” – gente em busca de financiamento para casa própria, algumas pessoas que aproveitavam as facilidades creditícias para viver acima de suas posses, gestores de fundos de pensão procurando garantir seus beneficiários na aposentadoria etc. – sendo levados de roldão, descobrindo o logro só depois de Inês já morta.
    O Dr. Michael Burry (Christian Bale) personifica o sujeito lógico que, quase desprovido de habilidades de relacionamento humano, altamente envolvido com a matemática – um “cabeça de planilha” quase autista – percebe que o sistema vai quebrar. Aposta tudo nisso, amarga a descrença e a pressão por um tempo; e termina ganhando. A mensagem: lógico que não poderia dar certo, era tudo como uma dessas “pirâmides financeiras”, em que o último a embarcar perde tudo o que pôs (na busca pueril de multiplicação espetacular, rápida e fácil da riqueza), porque os primeiros levaram tudo embora antes.
    Já Mark Baum (Steve Carell) representa o apostador com escrúpulos, pelo menos um mínimo (vivendo por isso altamente estressado, o tempo todo, consciência pesada). Recusa-se até o final a crer que a trapaça se alastrara até o último poro do sistema. Só vende seus papéis depois de remoer até o osso a culpa por estar ganhando às custas do desastre para muita gente. A mensagem: “Caramba! Não acredito que vocês todos foram tão longe”. Chega a dialogar asperamente com uma técnica de agência de avaliação de crédito que, ao fim, lhe diz: “Olha, se eu não dou triplo A para todos os títulos que aparecem por aqui, a agência concorrente, ali na esquina o faz. Você quer o quê?”
    No contraponto a Mark, dois garotos aventureiros em busca de fermento para seus bolinhos de dólares (típicos de Wall Street) - Charlie Geller (John Magaro) e Jamie Shipley (Finn Wittrock), agindo nos interstícios do sistema: não estão nem aí para o que acontece fora de seus bolsos quando arriscam seus caraminguás. Quando ganham alto, dançam feito crianças, na rua, terminando admoestados por quem os estava ajudando, Ben Rickert (Brad Pitt): “Por acaso estão felizes por ganhar, enquanto milhões estão perdendo seus empregos e seus lares?” (Valeu, Brad, ou melhor, Ben, mas você voltou do mato por quê, depois de ter fugido desse mundo selvagem das operações bancárias e financeiras?).
    Infelizmente, o filme ainda não acabou... embora os dilemas morais estejam, já, aparentemente, esquecidos, outra vez...
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