Fui no cinema com baixíssimas expectativas, após ver uma enxurrada de críticas na minha Timeline, principalmente, de fãs de carteirinha, como eu mesma sou. Por isso, fui ao cinema em consideração a história da Saga que me prendia ao sofá todos os dias, primeiramente, na Rede Manchete, logo depois da Band e depois no Cartoon... Já esperando o pior filme da história, pior que o filme de Mario, que teve a existência ignorada de tão ruim que foi. O filme, definitivamente, não é dos melhores que vi, contudo, não o achei de todo ruim a ponto de dar meia-estrela como eu esperava que fosse acontecer. Na verdade, o filme tem pontos muito bons e pontos tão ruins que contrabalanceiam os pontos ruins, deixando-o num limbo estranho que inicialmente me deixou sem ideia de como definir o filme... Então, decidi ressaltar ambos lados, tanto o que achei extremamente bom, quanto que achei extremamente ruim.
No que tange os pontos negativos, o primeiro ponto é a curta duração do filme, tenho ciência de que é um filme e não daria para explorar 74 episódios da primeira fase de Cavaleiros do Zodíaco... Mas poderia ter tido 30 minutos a mais, antes de tudo, porque sinto que conceitos básicos para os fãs da série foram muito mal explicados, ou nada explicados, como o caso da existência de Athena e do que raios é o Sétimo sentido, de fato, além disso, os personagens não foram nada explorados... Nenhum deles! Porém os mais prejudicados foram os Cavaleiros de Ouro!
Primeiramente, sobre a participação dos Cavaleiros de Ouro, temos o Mestre Ancião (Dohko de Libra) e sua participação foi resumida em uma menção de Shiryu sobre seu Mestre, também há Afrodite que teve sua morte como toda sua participação no filme... Temos Camus, meu favorito diga-se de passagem, que teve 30 segundos de participação, para morrer, como ele faz na Saga do Santuário, contudo, sendo o único entre os Cavaleiros de Ouro "bonzinhos" que morre! E o pior ponto que foi o musical ao melhor estilo Disney conduzido, nada mais e nada menos do que por Máscara da Morte... Sim, ele, o "badass" sanguinário do Santuário... Que acaba ficando seminu quando sua armadura o abandona.... Não vou nem mencionar a parte em que Seiya vira um quadrupede, quando Aioros não era um quadrupede vestindo a armadura de Sagitário.
Pensando no que o filme teve de muito bom, temos o visual, que achei incrível. As armaduras estão fantásticas, sou uma fã antiga e vi muita gente criticando duramente isso, contudo, não consegui não me encantar e pensar como todas armaduras ficaram incríveis, até a de Aquário com aquela ânfora no ombro que é meio cafona, mas tirando isso, é incrível.
A explicação sobre o Santuário como uma espécie de Asgard faz muito mais sentido do que pensar em um local da Grécia que absolutamente ninguém sabe da existência, o que é muito absurdo por si só! O fato da flecha que o Cavaleiro de Sagita dispara em Saori não ser uma flecha normal e sim de cosmo feita para sugar o cosmo dela, faz mais sentido, já que uma flechada daquelas que ela leva no mangá e anime teria, no mínimo, a matado. Fora a sequencia de lutas e poderes cósmicos, fora o abuso de slow-motion, os poderes ficaram tão bons quanto eu imaginava que poderiam ser no mais utópico dos meus sonhos
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Outro ponto super positivo é o fato do Milo ser a Milo, o que desagradou muitos fãs, mas eu achei genial, exceto que poderiam der mudado o nome, primeiro que não existe nenhum personagem mulher relevante além de Saori, que ganhou pontos por não ser tão chata, também, Milo mulher bate melhor que o Milo homem na Saga das Doze Casas... E acaba com uma discussão bizarra que ouvi várias vezes de que uma Mulher jamais poderia ser uma "amazona" de Ouro, porque as armaduras que são designadas a mulheres não são as mesmas das designadas para homens, sendo que isso não está escrito em lugar algum... Está escrito que os cavaleiros sempre são os mesmos desde eras mitológicas, simplesmente, reencarnando, o que já é uma contradição por si só se pensarmos que Krest de Aquário foi Mestre de Dégel de Aquário, eles não podem ter sido a mesma pessoa, o mesmo espírito e coexistirem, é um paradoxo bizarro...
Deixando meu momento feminista de lado...
Outro grande ponto do filme foi o Hyoga, o Shun e, até mesmo, o Seiya, ficaram melhores como personagens, mais maduros, mais seguros e mais divertidos, se o Seiya fosse assim na série, eu até não o odiaria, muito pelo contrário... O Hyoga não mencionou uma vez a mãe dele e ficou sensacional num estilo mais "badboy" chegando de moto, se ele, na série, é um dos personagens que mais detesto, junto com Shun e o Seiya, ele acima de todos e mesmo Shun e Seiya, subiram no meu conceito; até porque o Shun não berrou pelo Ikki uma única vez e pareceu mais confiante e seguro de si, já o Seiya continua apanhando, mas ganhou uma personalidade mais zombateira e divertida. A única pena foi o Ikki, que foi sacrificado ao praticamente não ter qualquer participação, nenhuma relevante, aliás... E ter virado um poser de lobo-solitário que chegou a ser ridículo
, principalmente, depois que ele apanha feio do Shura ao ponto de ser carregado debaixo do braço, logo após dizer que mataria o Shun por ser fraco, se eles não fossem irmãos
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Depois de mais de 5000 caracteres de crítica, ainda não sei dizer se amo ou odeio o filme... Acho que temos todos que assistir com coração aberto... Porque existem elementos no filme que são tão ridículos que você realmente sente vergonha-alheia de quem produziu isso... E existem elementos que são fantásticos de tão bem feitos e bem pensados. Ainda não sei muito bem o que pensar, mas já adianto que os elementos ruins eu não posso dizer que não gostei, apenas que odiei, para dizer o mínimo, e tive muita vergonha dos caras que produziram... E os momentos que achei bom, também não posso dizer que gostei, mas apenas que amei!