Não podia esperar menos que uma sensibilidade infinita de um filme cuja protagonista é uma fotógrafa de guerra (brilhantemente interpretada por Binoche, para variar). Desenvolve-se de forma tão real que em muitas situações toma ares de documentário. E por que não poderia ser quando retrata um drama verdadeiro por muitos desconhecido? É um filme intimista, eu diria, pois se volta completamente para dentro dos personagens, para a exploração de suas emoções e perspectivas. A cena final é linda: um plano representando dois lados de uma mesma moeda, exatamente como se revela a vida da fotógrafa.
O filme é uma declaração contundente da dificuldade que estamos tendo em discernir qualquer coisa, principalmente quando a decisão alcança nossas convicções, pois as razões que estão disponíveis para consumo de nossas mentes não são as mesmas razões dos atos e dos fatos. Qualquer que sejam. Ruim quando deles precisamos extrair vínculos ideológicos e, ainda pior, quando fundamentalistas, pois a atitude e o comportamentos são cada vez mais desumanizadores e irracionais.
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