Perigosamente Lento.
Que tal unir duas figuras relativamente conhecidas no mercado cinematográfico em uma produção cuja sinopse tinha fortes tendências a ser algo divertido? Thomas Jane e John Cusack são os caras, mas a sinopse nem de longe corresponde de forma funcional.
Nesta produção australiana, Jane interpreta Peter Roberts, um ex-piloto de corridas que passa a seguir uma vida pacata como instrutor de autoescola após constituir família; Cusack, por sua vez, é Simon Keller, um astuto ladrão que, supostamente precisa melhorar sua habilidades na direção e, para tanto, escolhe Peter como seu professor. Porém, tudo não passa de uma farsa, já que Keller deseja apenas usar as habilidades do frustrado motorista de autoescola para conduzi-lo após um roubo a banco.
Bem, o roubo de fato ocorre, gerando inclusive acusações de cumplicidade para Peter, mas o que se vê, não é nada funcional. A começar pelas perseguições: carros lentos, curvas mal feitas, derrapagens que até carrinhos de rolimã fazem melhor, tiros que mais parecem sons de espoleta, sem contar nas sequências de ação ridiculamente mal elaboradas. E nem me arrisco a falar do enredo canhestro que só ensaia seu desenrolar, mas tudo fracassa, principalmente por todo o elenco secundário ser ruim de doer... somente Jane e Cusack ainda fazem algo pela produção, inclusive algumas tiradas rápidas que até geram um sorriso de canto.
Inevitável afirmar que existem participações de alguns atores em certas produções que, sem sombras de dúvidas, remetem a ideia única de ajuda para pagar as contas, pois uma porcaria desse naipe nem mesmo os protagonistas deveriam ser capazes de encarar.