Well, well, well, não sou nenhum Sigmund Freud mas, ao término deste filme ficou claro que algo estava, talvez não errado, mas confuso. Sem demoras, conversei com minha Oráculo Ju Z. e ela me esclareceu as coisas direitinho e, ao pesquisar um pouquinho mais na tal internet, não aprendi mais nada fora o que ela falou..... Neste trabalho da diretora Anja Marquardt, o enredo pode parecer sem pé nem cabeça em seu começo, mas conforme se desenrola, temos uma história e acho que no fundo (beeeeem lá no fundo), trata se de como uma profissão, sendo levada a muito sério, pode ser solitária, vazia e fria, por mais que você seja o melhor nela (isso o Dr. Portuga analisando). A trama é sobre uma terapia que trata pessoas com problemas de intimidade, ou seja, pacientes com muitas dificuldades em estabelecer qualquer contato físico com uma parceira(o). Neste caso, a terapeuta Ronah (Brooke Bloom, aiaiuiui, quem vê o rosto, não vê o "coração" e que "coração" hein dra.?....) interage na aprendizagem de habilidades de se relacionar amorosamente, chegando às vias de fato (sexuais) com seus clientes. Bizarro né? Não, para mim é curioso..... Isto non ecziste! Existe SIM caro Adorespectador, mas é considerado uma prática obscura do divã (que aliás, nem isso tem, o tratamento é feito em cama, sofá, mesa, banheiro, menos no divã.....). Todo o drama da solidão de Ronah está bem claro na atuação de Bloom, só que algumas cenas achei desnecessária, aquelas que são do tipo "passar o tempo". Na pesquisa que realizei, parece ter um certo ""conflito de interesses" da Psicologia entre Behaviorismo e um conceito da Psicanálise (Contratransferência) e como não entendo bolufas, vou usar a mesma comparação que li: seria como fazer o Corinthians e o Palmeiras habitarem um mesmo coração torcedor (essa nem o Ethan Hunt consegue). A película é interessante pelo método utilizado, pois achei muito perigoso e a linha entre o envolvimento profissional e o pessoal é muito tênue (e convenhamos, a maioria das pessoas que fazem terapia é porque já não são 100% normais com elas mesmos e se você faz e é, então não faz parte da maioria e não precisa ficar fulis comigo). O ator Marc Menchaca manda bem como um homem bem introvertido em relação às mulheres (e Ronah não resistiu ao charme da barba!). O título é justamente o que estás pensando, ela (a terapeuta) perde realmente o controle da situação deixando as cócegas da barba do homem, dominarem seu corpo e desejos. Outro problema é que certas coisas ficam no ar e acho que não deveriam (mas é de se conversar sobre). E confesso, se todas as psicólogas do "Lado Negro do Divã" forem sapequinhas que nem Ronah, acho que estou precisando de uma consultas...