Amei as músicas desse filme! Amei o final! Gostaria de saber mais sobre os outros personagens da banda, e só começei a gostar do protagonista nos últimos 10 minutos! Mas fora isso é um filme muito bom!
Mesmo com uma carreira ainda curta, John Carney é um diretor que sabe muito bem como trabalhar com a música. Na verdade, poucos filmes nos últimos anos souberam como retratar este meio de comunicação e entretenimento tão bem dentro de outro meio de comunicação e entretenimento. Em "Sing Street", temos uma das mais singelas e bonitas homenagens ao rock n' roll, punk rock e new wave que o cinema pode oferecer, sendo este não apenas um dos melhores filmes de 2016, mas também um dos que mais souberam aproveitar essa temática.
Por sinal, 2016 foi um ano de surpresas! Muitos aclamados blockbusters acabaram ficando para trás na opinião da crítica, dando espaço para trabalhos mais independentes e originais. Obviamente, este filme trata-se de um deles. O roteiro aqui é simplesmente fantástico, sabendo aproveitar o melhor da complexidade de seus personagens, ao mesmo tempo que junta com o fator musical e adiciona uma lindíssima ambientação irlandesa no processo.
E nesse sentido, "Sing Street" é brilhantemente equilibrado! É um filme com um ritmo frenético e ao mesmo tempo cativante, que faz o telespectador se empolgar com a música gradualmente enquanto os próprios personagens aperfeiçoam suas características sonoras. Outro toque genial do roteiro de John Carney!
O que acaba tirando este meio-ponto da nota é que, na reta final, percebe-se que poucos personagens secundários puderam manter o mesmo interesse do que em suas apresentações iniciais, o que acaba fazendo o espectador desejar por mais. Ainda assim, os três protagonistas principais são extremamente bem trabalhados, ainda mais quando percebemos a singela relação entre os irmãos Conor e Brendan, interpretados brilhantemente pelo desconhecido Ferdia Walsh-Peelo e Jack Reynor, e a mensagem que toda esta característica da trama deseja passar. É pura arte e fará você se emocionar diante da tela!
No fim, Sing Street é essa linda homenagem aos anos 80 e toda a transformação social que se refletiu não apenas na América do Norte, mas também em países mais conservadores e religiosos da década, além de mesclar a música com o relacionamento de dois irmãos e os infortúnios do amor .
Dublin é palco deste filme inspirador, simples e direto. Produção de extrema delicadeza e qualidade, carregada de personagens cativantes. Retrado de uma década estranha, como a de 80, cheia de mudanças e transformações, e com a música como pano de fundo. Trilha sonora impecável, Lucy Boynton maravilhosa.
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