Para pessoas como Joy Mangano (Jennifer Lawrence), os Estados Unidos são um país perfeito, na medida em que oferecem as oportunidades de crescimento que uma pessoa como ela precisa. Na realidade, se Joy Mangano tivesse inventado o esfregão que a levou ao sucesso, nos dias atuais, ela, com certeza, não precisaria bater em muitas portas até ter sua invenção notada. Era só ela ter inscrito seu produto num reality show como o Supermarket Superstar, que vai ao ar no Brasil pelo Discovery Home & Health, que metade dos problemas dela estava resolvido.
Entretanto, até mesmo para fins dramáticos, a história de Joy não poderia ser tão fácil assim... A jornada dela é a que acompanharemos durante Joy: O Nome do Sucesso, filme dirigido e escrito por David O. Russell e sua terceira parceria seguida com a dupla Jennifer Lawrence e Bradley Cooper (que se transformaram no amuleto de sorte do diretor). Mãe solteira de dois filhos, arrimo de família, a verdade é que Joy sacrificou todos os seus sonhos em prol dos outros.
Porém, uma pessoa como Joy não pode esconder durante muito tempo aquilo que ela verdadeiramente é. Então, já à beira da sarjeta, com contas atrasadas e muitas dívidas, ela inventa o Miracle Mop, um esfregão feito com fios de algodão e um suporte de plástico que fará com que as pessoas não precisem mais ter contato com a sujeira que fica na parte que é esfregada no chão.
Baseado em uma história real, Joy: O Nome do Sucesso é mais um filme da safra de 2015 que conta com uma personagem principal do sexo feminino, de personalidade forte e que é defendida com garra por Jennifer Lawrence (que, por esse filme, conquistou a sua quarta indicação ao Oscar, a terceira na categoria de Melhor Atriz). Entretanto, nada apaga da obra a incômoda sensação de que a atriz é muito jovem para interpretar um papel como esse. Joy Mangano pedia uma atriz mais madura.