Se há uma verdade universal sobre as mulheres, é que elas são mil e uma utilidades. Desde boas profissionais até excelentes amantes, o sexo feminino possui diversas facetas e que fazem com que o grupo se destaque na sociedade. Entretanto, como diz o ditado, às vezes a sorte no jogo pode trazer azar no amor. Então o que fazer quando se é uma pessoa bem sucedida e resolvida, mas que ainda não encontrou o seu príncipe encantado? Essa é a proposta de "Loucas Para Casar", o novo filme de Roberto Santucci.
Na trama, Malu (Ingrid Guimarães) vive o dilema de ter realizado a maior parte dos seus objetivos, menos o tão almejado sonho de casar com alguém. Apesar de já ter agarrado o buquê de noiva de todas as amigas, namorado os mais diversos homens, a protagonista ainda está longe de conseguir trocar as alianças e entrar de véu e grinalda na Igreja.
O jogo começa a mudar quando Samuel (Marcio Garcia) aparece em sua vida e, então, ela decide ser tudo o que um homem pode querer em uma mulher. Para isso, a rotina do casal conta com fetiches e fantasias sexuais a partir de interpretações de variados personagens. Ia tudo muito bem até que o relacionamento dos dois é abalado pela presença de mais duas amantes, a sedutora Lúcia (Suzana Pires) e a beata Maria (Tatá Werneck), que vão aprontar poucas e boas.
O enredo, então, prossegue de forma cômica e inusitada, em boa parte, graças as reações verborrágicas de Tatá Werneck e o bom auxílio de Fabiana Karla, representando uma amiga de Malu lésbica e exageradamente masculinizada. O desfecho do filme não está entre os finais esperados para as histórias água com açúcar, o que só comprova a genialidade de Santucci. Afinal, este seu trabalho difere de tudo o que está sendo comercializado no momento.
A grande lição do longa-metragem é que no amor, tudo vale, até mesmo as ilusões. Como a mãe da Malu teme em dizer para a filha, loucos são aqueles que tendem em viver na normalidade.