“A chegada” me lembra vários outros filmes, como sinais, interestelar e até melancolia, pois como todos esses exemplos ele tenta trazer algo de novo, e consegue. Temos aqui um filme que vai além do clássico clichê de invasão alienígena, temos um filme filosófico, ele realmente não é fácil de ser digerido, mas é preciso, “A chegada” fala sobre o tempo, a vida, expectativas futuro, paz e união, tudo isso com um plot aparentemente simples “Uma nave alienígena pousa na terra e uma linguista é chamada para tentar se comunicar com ela”, pois é, essa sinopse pode enganar, e muito. A linguista em questão é a Dra. Louise Banks (Amy Adams), ao tentar se comunicar com esses extraterrestres ela acaba aprendendo a ver o mundo de um outro jeito...Tecnicamente o filme também é incrível, com muitas cenas de filmagens em off, estilo Spike Jonze, ele passa o tom da melodramática de maneira impecável e com uma fotografia linda, mixagens e trilha sonora belíssimas, a película coloca de vez Denis Villeneuve como umas dos maiores nomes da nova geração do cinema que está surgindo, e não é para menos, Denis é espetacular, temos que falar também das atuações, Amy Adams está incrível, interpretando de forma perfeita todas as novidades e dramas por qual passa sua Louise. Por fim, “A chegada” é uma boa novidade, é um filme que vai além de suas duas horas, é um filme que vai além daquela ficção científica barata, ele tem uma mensagem, mesmo que pudéssemos mudar as coisas ruins que aconteceram em nossas vidas, não valeria a pena, pois são essas coisas que constroem o ser humano, Parabéns Denis Villeneuve.