O amor às vezes te agarra, te joga no chão e mesmo tentando fugir com uma mordida, já "elvis", fostes fisgado! Interessantíssima a abordagem do diretor Thomas Cailley sobre o romance neste filme, que nos apresenta uma personagem feminina nada gentil, sem frescuras e nada dependente (mas com um rosto todo angelical) e um personagem masculino delicado, nobre (de espírito apenas.....) e prestativo. Aqui, nada de um conto de fadas da Disney e os papéis de brutalidade e romantismo estão divertidamente invertidos. Com uma pequena crítica a situação financeira da Europa, que dá o tom de juventude sem rumo, a trama agrada, mas o roteiro é incompleto, com um enredo que não se preocupa com o ocorrido, deixando eventos sem explicação apenas para levar ao desfecho romântico e com isso, perde se um pouco o charme e fica um tanto "bobinho". Mas fora isso, temos uma linda fotografia de parte da França, mostra como as queimadas são frequentes e perigosas, o casal protagonista interage muito bem (e com vocês homens e afins, mais uma bela atriz francesa, Adèle Haenel, aiaiuiui, cette belle femme oui oui.....) e percebi certa analogia sobre o que irá acontecer quando os humanos ocuparem por completo o planeta. Um entretenimento que satisfaz por sua diferença ao gênero e pela simpatia dos atores principais. E creio eu que o título em português faz mais sentido do que o original, ..... se bem que o em francês pode ter vários sentidos também. Uma história da qual o encanto não está apenas no igual e sim presente no diferente, que não existem apenas brutos que amam donzelas, há também as brutamontes que podem amar um rapaz que nem um soco sabe dar...