Titãs Mortais.
Tradicionalmente, o cenário japonês é responsável pela criação de animações e HQs das mais diferentes vertentes, usando e abusando da criatividade para isso. Muitas dessas produções acabam se tornando filmes live action, voltados ou não para um nicho específico, no caso do divertido Shingeki no Kyogin, temos um exemplar nitidamente focado nos fãs.
O enredo do filme faz uso do conceito criado por Hajime Isayama em 2009, no qual uma sociedade vive isolada através de uma muralha por receio de ser atacada por lendários seres gigantescos que se alimentam de humanos. Mesmo passados mais de 100 anos após um suposto ataque, os titãs reaparecem "liderados" por um monstro colossal, o sujeito, maior e mais brutal que os demais, destrói a proteção da cidade, iniciando assim uma carnificina sem precedentes.
Eventualmente, diante de tanta imponência perante os gigantes, os protagonistas Eren Yeager, sua irmã adotiva, Mikasa Ackerman, e seu amigo de infância, Armin Arlert, respondem por boa parte do desenvolvimento da história, que demonstra potencial de grande complexidade, embora o diretor faça pouco uso dessa força motriz. O trio em questão integra a Tropa de Exploração, espécie de exército criado exclusivamente para exterminar os titãs, fazendo uso de equipamento e táticas exclusivas para isso.
Idealizado para ser exibido em duas partes, este primeiro filme mostra-se competente para quem já conhece o anime, que poderá se divertir bem com as loucuras das quais os japoneses são capazes. Violência explícita e em grande quantidade, personagens estranhos com uma história que tende a cativar seu público, SHINGEKI NO KYOGIN / ATTACK ON TITANS é pitoresco ao extremo, porém, os mais astutos tenderão a se aprofundar no conceito do Mito da Caverna de Platão e assim perceber a inigualável inteligência dos garotos de olhos puxados oriundos da muralha.
PS.: Uma pena o diretor crer que, mesmo fãs mais assíduos, identificariam os personagem sem a pronúncia de nomes com relativa frequência.