Nada como uma boa prosa para se passar o tempo, conhecer pessoas e saber um pouco mais da vida! Se uma conversa é mantida com respeito e tolerância por seus participantes, até mesmo rivais deixam suas diferenças para um bom bate-papo, lógico, podemos ter discussões, até porque temos diferentes opiniões, mas se tudo for relevado, dura por horas a fio podendo ser um ótimo passatempo que te faz conhecer as pessoas ao seu redor. E é isso que acontece em 90% deste oitavo e novo filme do "me amem/me odeiem" diretor Quentin Tarantino! Para os fãs é a oitava maravilha cinematográfica, para os "morte ao Tarantino", não passa de "blábláblá" chato, que só faz passar mais frio psicologicamente (brrrrrr). Como sou meio termo, achei legal a trama, mas deveras cansativa com quase três horas de duração. Com um elenco bem selecionado que não decepciona quando é solto no set o berro "ação!!!" (destaque para Kurt Russell e Samuel L. Jackson), o enredo é aos poucos bem desenvolvido, criando um suspense entre seus personagens. Dividido em seis capítulos, o objetivo é claro, não há mistérios nisto, deixando o ar misterioso pairar sobre nossas cabeças, mas eu arrisco em dizer que o desfecho, com uma leve surpresa, é meio óbvio, basta a "principal pergunta" ser colocada em xeque. Arrisco em dizer que este é de longe o que possui menos cenas de violência, mas mantém o tom forte e ensanguentado quando ocorre, deixando espaço para uma belíssima fotografia, boas músicas e um inteligente diálogo mantido em um pequeno local, com pessoas bem diversas das quais o ódio promovido pelo preconceito, machismo, rivalidade, vingança, diferenças, é colocado a prova a todo instante, ainda mais em determinada época do período histórico que foi alguns anos depois da Guerra Civil norte-americana. Entonces se adora o Mr. Quentin, deves assistir e com certeza irá curtir, mas se é um reles mortal a existir, basta um chá de camomila ingerir e tentar apreciar o que está por vir...