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    Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
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    4,4
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    193 Críticas do usuário

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    Tainá S.
    Tainá S.

    17 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 8 de maio de 2014
    Um filme envolto numa camada de delicadeza sensibilidade e com um sincero título de singelo. Este é ‘Hoje Eu Quero Voltar Sozinho’.

    Quando uma amiga me disse de um curta sobre um menino cego numa frase repleta de elogios, a primeira coisa a qual eu perguntei foi “é francês?”. Sou uma daquelas defensoras do cinema nacional que briga com unhas e dentes quando ouço que todo filme brasileiro “é uma bosta”, mas admito que fui bem preconceituosa em pensar que um filme tão sutil como aquele só pudesse ser francês. Quando ela disse “não, ele é Brasileiro, daqui de São Paulo! E vai virar longa“ eu pensei “ Meu Deus, tenho que ver esse filme!”.

    Foi amor à primeira vista – ironicamente – foi só ver os atores em cena pra me apaixonar. Foi encanto por cada mínimo detalhe, por cada personagem, por cada fala. Aquele universo singelo me cativou de uma forma inexplicável e desde então passei meus dias contando as horas para ver o longa.
    Quando vi o trailer na TV meu coração deu um salto e então fui atrás pra saber onde estaria em cartaz. Em três cinemas aqui em Belo Horizonte, somente em centros culturais que ficam no centro da cidade, lugar onde minha mãe não me deixaria ir sozinha em hipótese alguma. Então eu a chamei para ir ver comigo mostrei o trailer e tudo que eu disse foi que era um filme sobre um menino cego, baseado num curta maravilhoso que eu não me cansava nunca de assistir.

    Ao ver os personagens naquela tela gigante de cinema de novo, eu me apaixonei por eles mais uma vez. A cada fala um suspiro tanto encanto por tanta pureza. O filme, assim como a curta metragem é de uma sensibilidade gigantesca, e isso não está apenas presente no roteiro, mas também na fotografia e na trilha sonora, ambas leves. A fotografia em tons suaves e que te passam calma ao olhar, e a trilha sonora deliciosa aos ouvidos, fazendo referencias a música clássica esquecida pelos jovens, e equilibrando com a MPB de Mallu Magalhães, Cícero, Marcelo Camelo e Tatá Aeroplano. E o que dizer sobre as atuações? Fantásticas! Um grupo de iniciantes que deram um show. Ghilherme Lobo te convence que realmente não enxerga, Fabio Audi traz um toque de maturidade à trama e um destaque a Tess Amorim que esteve incrível, marcando um progresso lindo desde o curta. Isso sem contar com os personagens secundários.
    O maior número de personagens, a maior duração, e o intervalo entre o lançamento do curta e do longa, tudo isso contribui para uma maior complexidade e maior maturidade dos personagens e para história em si. O conflito entre Léo e sua mãe super protetora surgiu, sua ansêa por liberdade– de maior intensidade devido à cegueira – presente na vida de todo adolescente também e o preconceito sofrido por ele por ser cego ganhou vida e maior destaque. A verdade é que em 96 minutos a história ganhou todo um esqueleto toda um universo próprio e uma complexidade tremenda. E a melhor parte é que mesmo com o protagonista sendo cego, com desespero de libertar dos grilhões da sua realidade, sofrendo “bullying” – não sou muito fã desse termo – e se descobrindo mais tarde gay, em momento algum a história se torna um dramalhão cheio de auto piedade digno de lágrimas. Ao contrário, o filme trata com uma naturalidade tremenda e sem nenhum desconforto temas que podem ser vistos por de traz numa camada escura e pesada. Quando Gabriel pergunta se Leo já viu um vídeo famoso, ou o chama para ir ao cinema sem se lembrar que Leo é cego, em vez de uma situação desconfortável surgir, os dois riem . Diferente da maioria das produções sobre sexualidade os personagens não entram em conflito interno, sentem medo ou tentam fingir que não sentem o que sentem.

    O traço que mais me chamou a atenção não só no filme, mas em outras produções de Daniel Ribeiro, é que em momento algum a homofobia é citada, ou ao menos posta em pauta, pelo simples fato que Daniel encara a homossexualidade com naturalidade enxerga apenas como amor entre duas pessoas. Os personagens são gays e só, a história não gira em torno disso. Isso é só uma característica deles, como a cor dos olhos ou o comprimento do cabelo. O filme gira em torno das relações de Léo com os outros personagens, com sua família e seus amigos, suas dificuldades como deficiente visual. Como em “Café com Leite” que a história não é sobre o relacionamento homo afetivo dos personagens, e sim sobre a dificuldade que o protagonista encontra em cuidar do irmão mais novo quando eles perdem os pais.
    Senti um orgulho imensurável quando saí do cinema e vi uma fila enorme para a próxima sessão. Um orgulho gerado pelo fato de que um filme não comercial – ok, talvez um pouco comercial por tratar um assunto polêmico e falar de amor – estava atraindo tanta gente. A meu ver, a cultura atraindo tantas pessoas.

    “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” – título que sintetiza muito bem a luta por independência de Leo – é um filme maravilhoso sobre amor, singelo e sensível que vale a pena ser assistido repetidas vezes. Amor. Amor e nada mais. Assim, “There is too much love” torna-se uma escolha mais que perfeita.
    Ana Cavalieri
    Ana Cavalieri

    51 seguidores 2 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 9 de maio de 2014
    Fui ao cinema ontem, dia 9 de maio para assistir o longa "Hoje eu quero voltar sozinho", do diretor Daniel Ribeiro. Inspirado no curta-metragem "Eu Não Quero Voltar Sozinho" do mesmo diretor.
    Assisti o curta há algum tempo, e quando soube que iriam produzir um filme, me animei. Admito que eu assisti mais tarde do que gostaria, e que estava bastante ansiosa e com muitas expectativas. E tenho que dizer: É uma obra de arte, lindo em todas as suas esferas!
    Quando temos uma expectativa muito alto sobre qualquer coisa, dificilmente o real ira bater o "virtual" , e para a minha alegria, não foi isso que aconteceu com esse brilhante trabalho.

    A História se passa em tempo real, com pessoas reais, problemas reais. Alias o filme é tão real, que se torna impossível não se identificar.
    Leonardo (Guilherme Lobo) é um adolescente do colegial, cego de nascença. Minha impressão dele, é de um menino super bem resolvido, decidido, que supera diariamente suas limitações visuais com muita naturalidade. Ele é superprotegido pela mãe, que acaba por muitas vezes até fazendo um papel preconceituoso. Seu pai por sua vez, é um homem doce e compreensivo, que entende que a cegueira não é um obstaculo, para que o seu filho viva uma vida normal.
    Na escola Leonardo é alvo de brincadeirinhas de mal gosto, como não seria diferente nos colegiais hoje, pelo menino idiota que quer chamar a tenção e seus amigos babacas maria-vai-com-as-outras.
    No meio desse convívio cansativo e impositivo, Leonardo sente-se pressionado e desperta um forte desejo por liberdade - Semelhante ao que acontece quando somos de certo modo "encurralados" pelas paredes invisíveis que a sociedade nos impõe - e ele decide que quer fazer um intercambio, para se ver desprendido dessa realidade. Sua melhor amiga, Giovana (Tess Amorim), inseparável e fiel em todas os momentos, acaba ficando triste e desamparada com essa decisão.
    Quando um novo aluno, Gabriel (Fabio Aud), chega na escola, ele e Leonardo acabam desenvolvendo uma amizade sincera, o ajudando a entender o mundo de maneira diferente e a descobrir sentimentos que nunca havia sentido antes.

    A trama trata o amor entre os protagonistas e até os sentimentos do Leo, de uma maneira muito sutil, simples e sincera. A delicadeza é apaixonante. Eu estava com receio sobre as atuações de atores tão jovens e de certo modo desconhecidos da mídia, mas achei que as atuações foram totalmente positivas. A naturalidade e a veracidade para mim, foram os pontos altos do filme.

    É um filme para se sentir e desatar nós.
    Gláucio S.
    Gláucio S.

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 8 de maio de 2014
    Não sou apegado a romantismo nem a defender causas de grupos individuais (gays, mulheres, negros...), tendo em mente que o respeito deve ser aplicado independente de qualquer ponto de vista. Contudo, o filme me abre uma reflexão muito positiva sobre a sociedade de hoje em relação a sexualidade e, acima de tudo, sobre relacionamentos.
    Sem me estender muito, digo que a obra vale pelo abordar singelo sobre sentimentalidades e experiencias de vida que todos já passamos em algum momento de nossa adolescência. Sejamos hétero-afetivos ou homo-afetivos.
    Leonardo R.
    Leonardo R.

    15 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 8 de maio de 2014
    Simples, inocente e poético. Deixa a sensação de dias melhores a frente.
    Isac D.
    Isac D.

    16 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 8 de maio de 2014
    Divino! Uma verdadeira obra de arte que trata do preconceito em suas diversas formas e como enfrentá-lo.
    É um filme leve e emocionante. spoiler:
    Felipe R.
    Felipe R.

    15 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 8 de maio de 2014
    Sensacional, um dos poucos filmes que consigo dar 5 estrelas sem pensar.
    Além de ser um filme que mostra nada além do que pode acontecer (ou já aconteceu) na realidade, é uma proposta diferente para o cinema brasileiro.
    Bruno Rodrigo L.
    Bruno Rodrigo L.

    2 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 8 de maio de 2014
    Um filme extraordinario, engraçado, envolvente, calmo, emocionante e fofo.. Tudo em apenas i hora e 30 minustos.. Eu chorei no final e sai leve como uma penal.. Alem de um filme.. o enredo é educativo.. Otimo
    Ahnderson R.
    Ahnderson R.

    3 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 8 de maio de 2014
    Hoje Eu Quero Voltar Sozinho - Desde o primeiro momento em que tive contato com o trabalho do Daniel Ribeiro, ao assistir ao curta "Eu Não Quero Voltar Sozinho", me apaixonei por este trabalho lindo que ele começou a desenvolver. Foi realmente maravilhoso ver esta história simples e profunda ao mesmo tempo. Tempos depois, fiquei sabendo do lançamento do longa baseado naquela história, e como na primeira vez, logo me prontifiquei a acompanhar este trabalho até o esperado momento da sua estreia. É um filme que traz de volta a inocência da descoberta do primeiro amor, mas desta vez uma descoberta diferente, isto por dois motivos, primeiro por se tratar de um garoto cego que descobre a sua primeira paixão, segundo porque este garoto cego é gay e se apaixona por um amigo de escola, e o mais lindo de tudo é que se trata de amor reciproco, correspondido, o que dá ao filme um tom agradável e desenvolve uma trama que não cansa a quem assiste. Outro fato que faz de "Hoje Eu Quero Voltar Sozinho" um filme diferente e mais agradável, é a forma que o Daniel utilizou para narrar a história de amor entre Léo e Gabriel que em nenhum momento se mostrou com exageros e nem apelações, livre de exploração pornográfica e isento de vitimização dos personagens o que mostra a inocência e a beleza pura da descoberta do primeiro amor. Certamente um filme que encanta e agrada a todos que o assistem pelo tom leve e desenvoltura dos atores ao interpretarem de forma magistral os personagens que vivem uma história romântica explorando um tema ainda tão complexo na sociedade brasileira.
    Luiz G.
    Luiz G.

    2 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 8 de maio de 2014
    O mundo está mudando. spoiler:
    O filme é um hino de amor, as diferenças ensinando a amar de verdade!
    Rodrigo A.
    Rodrigo A.

    5 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 8 de maio de 2014
    Segue a análise que fiz do filme para o blog Cenas Culturais. O filme deve ser visto e revisto. Um filme natural sobre o sentimento de duas pessoas.
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