Durante a guerra fria, nos EUA houve uma grande perseguição a todos que se diziam ou aspiravam serem comunistas. Isso se deu de forma intensa dentro de Hollywood, onde a política contra a "ameaça vermelha" adotando o cinema como a maior fonte de influência na época, resolveu indiciar todos os cineastas que se declaravam comunistas. Houve um grupo de dez pessoas, o Hollywood Ten, que se recusou a depor, mas não negaram filiações à partidos comunistas.
Dentre os integrantes desse grupo estava o brilhante roteirista Dalton Trumbo, que foi até a última consequência para não abrir mão dos seus preceitos, daquilo que acreditava. Entrando assim para a lista negra, após sair de seu cativeiro, não teria mais onde trabalhar, ninguém lhe daria emprego, então teve que buscar outra forma de se manter vivo, fazendo o sabia fazer como ninguém, criar um excelente roteiro. Sempre explicando para sua família por que era tão demonizado pelas outras pessoas, conseguindo o seu apoio e certos momentos, deprezando-a em outros, mas sempre permanecendo em família.
O premiado ator Bryan Cranston, nosso Heisenberg, encarna seu maior papel no cinema e o faz de maneira esplêndida com atuação mais do que convincente, acompanhando Trumbo ao longo de alguns anos e envelhecendo como o protagonista. O diretor Jay Roach, conhecido por filmes de comédias, não decepciona na direção de um drama sério, aliás nos entrega um excelente filme, nos mostrando sua flexibilidade como diretor.
Trumbo nos mostra Hollywood pós segunda guerra, tentando combater de todas as formas uma invasão comunista à América. Filme para que gosta de um bom filme, só sentar e apreciar a história acontecendo bem na nossa frente.