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Almanaque Virtual
O ponto alto do filme, além da belíssima fotografia em preto e branco que cai como uma luva para o tema é o fato das protagonistas expressarem-se pouco com palavras. O carro chefe aqui é a comunicação corporal, gestual, através dos olhares.
Chicago Sun-Times
Além de sua perspicácia histórica, o filme nos dá um fascinante duelo de arquétipos em suas protagonistas [...] Como muito em "Ida", o trabalho dessas atrizes não só presta homenagem a obras-primas do passado, como reanima o cinema atual em fazê-lo.
Críticos.Com.Br
O primeiro plano do filme [...] não poderia ser mais emblemático em um filme sobre a busca de identidade. [...] Misturando enquete policial (não por acaso a tia é uma ex-procuradora comunista) com um road movie, Ida é um dos grandes filmes de 2014.
Estado de Minas
Os diálogos são muito mais feitos de silêncios do que palavras. Cenas determinantes para a história por vezes são apenas sugeridas. [...] De uma maneira impecável e muito pessoal, Pawlikowski discute em "Ida" identidade, história e família. E mostra como o cinema é um mundo de possibilidades.
Estado de São Paulo
É uma viagem às trevas, mas iluminada aqui e ali pela estranha personalidade de Wanda e o espanto contido de Ida. Luz e sombras, em estupenda fotografia em preto e branco e numa janela de exibição pouco usual, 4:3, que dá ao filme ar fechado e antigo...
Folha de São Paulo
A narrativa por meio de elipses aproxima o filme de uma experiência da memória não elaborada [...] Se tal pretensão estética pode ser interpretada como anacrônica ou se confundir com um pastiche, "Ida" não deixa de impressionar nosso olhar.
Screen International
"Ida" utiliza uma cuidadosa fotografia em preto e branco para criar o ambiente austero e sombrio. [... Mas] o filme nunca é amargo, graças à empolgante história e às duas personagens marcantes.
The Hollywood Reporter
Qualquer um com uma queda por um novo filme de arte europeu, em austero preto-e-branco, de temática séria, que não é apenas ambientado no início dos anos 60, como parece ter sido feito naquele tempo, ficará vidrado em "Ida".
Télérama
Pawel Pawlikowski é um cineasta do absoluto. Seus personagens o aceitam ou morrem. [...] Ida tenta resistir: ela tira seu véu, solta os cabelos, pega emprestado o vestido e os sapatos pretos de sua tia...
CineClick
Pawlikowski é inteligente, sensível e parece estar disposto a mastigar gêneros. Há uma pitada de road movie nessa jornada, que tenta nos tornar parte do processo de descoberta de seus personagens. As atrizes principais conseguem trazer poder e dor para os seus papéis.
Cineplayers
Através dos grandes espaços vazios que pairam, ora interior, ora exteriormente, deslancha-se uma atmosfera que sugere fortemente a existência de algo que, embora invisível, é presente nos espaços do filme.
Gazeta do Povo
Uma alegoria sobre a sociedade pós-stalinista da Polônia, mostrando nos anos 1960 – época em que se passa a história – o que sobrou de uma nação arrasada pelo comunismo e pela Segunda Guerra Mundial.
New York Times
"Ida" é compacto e preciso como um conto, com uma série de cenas curtas e enfáticas que revelam a essência dos personagens sem simplificá-los. Tendo estabelecido um contraste óbvio entre Wanda e Ida [...] o filme passa a complicar a ideia que cada mulher tem de si e da outra.
O Globo
O diretor estabelece um embate entre luzes e sombras, ditos e não-ditos, esperança e niilismo em um momento particular da História, em que o passado estava próximo demais, o presente envolto em névoa e o futuro insondável.
Papo de Cinema
"Ida" é tão difícil quanto recompensador, uma jornada inquietante de autodescobrimento, tanto para sua protagonista quanto à Polônia ainda em carne viva.
Zero Hora
Com notável poder de concisão e alto impacto cinematográfico, o diretor Pawel Pawlikowski apresenta em Ida um mosaico com episódios traumáticos da história da Polônia no século 20...
Cineweb
Indicado ao Globo de Ouro e forte palpite para a lista final de candidatos ao Oscar de filme estrangeiro, o drama polonês "Ida", do diretor Pawel Pawlikowski, afirma sua vocação para a sobriedade a partir da fotografia sutil em preto-e-branco.
Critikat.com
O filme não escapa ao perigo de se deixar contaminar por sua própria estética - caso dos planos que exageram no formato escolhido colocando os personagens em um canto, espremidos em relação ao espaço ao redor, como se isto supostamente trouxesse um significado.
Variety
Desprovido de cor e de alegria, o severo "Ida" de Pawel Pawlikowski é o tipo de filme de arte amargo que freiras polonesas fechadas em conventos durante o comunismo dos anos 1960 poderiam gostar. [...] Ao invés de tornar a busca da jovem mulher imediata e universal, este tratamento ascético prende-a ao passado.