As pessoas fazem coisas estúpidas e erradas com o pretexto de realizar algo nobre, pelo menos é o que pensam. Muitas vezes o mal é maior que o bem, mas em algumas ocasiões, o motivo justifica a atitude. E é sobre isso que se trata este novo filme do ator querido John Travolta. Na direção de Philip Martin, a trama não é a vendida no trailer, de um enredo de ação policial, não, não é. Tanto que tais cenas são deveras superficiais, sem muito foco ou aprofundamento. A trama vai além, um drama disfarçado e bonito. Trata se da relação pai e filho, sendo construída do zero. Eu gostei, de verdade! E o Travolta não faz a melhor atuação dele, mas os olhos transmitem toda a dor do pai perante o filho, sobre o tempo que ficou longe dele e até quando poderá ficar com ele. Boa atuação, do trio na verdade: dele, do Christopher Plummer (que interpreta o avô e já atuou em filmes como O PLANO PERFEITO de 2006, UMA MENTE BRILHANTE de 2001, O INFORMANTE de 1999 e outros) e de Tye Sheridan (o mais novo Scott Summers, o Ciclope da saga cinematográfica X-MEN e aqui interpreta o filho do personagem de John). O restante do elenco funciona como suporte. Martin acerta no desenvolvimento do relacionamento em tão pouco tempo, mas peca no resto e ficamos sem saber o que é a subtrama e o que é o principal. E é nítido alguns erros de roteiro quando ele trabalha a parte policial, parecendo que não se importava com tal, então, por que o fazer? Se o problema do protagonista fosse cartas de baralho, dava para fazer algo bem melhor e maior, mas.....(....olha eu dando uma de quem manja de roteiro.....). Me emocionei e acho que vale assistir, não esperando algo grandioso, mas bonito de apreciar, assim como a tela que ele (Travolta) tem que pintar...