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Wagner Carioca
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4,5
Enviada em 20 de agosto de 2014
Os diretores propuseram contar a história com um formato diferenciado, bem distante das recentes produções nacionais: um ousado experimento estético em seu formato através de tela uma quadrada, cores opacas – uma forma de alusão a solidão- e narrativa silenciosa com pouquíssimos diálogos onde as imagens falam muito mais. Um belíssimo filme que nos leva a reflexões profundas acerca de uma sociedade cada vez mais consumida pelo individualismo na era digital.
Cao Guimarães pontua a sua produção com alma humana. O silêncio do homem no ruído da multidão é prova inequívoca da sua exaustiva reflexão para continuar no grupo, tribo, bando. "É sempre bom lembrar que um copo vazio está cheio de ar"; deu a fala de toda a película. Foi o fecho: estavas ligado? Senão, se liga no som do Gil, tá tudo ali. Presente a instituição: casamento, em seu lugar perfeito, o virtual. A cerimônia ganhou seu self coletivo. Ali o pai, o marido, o amigo , preservado o status quo da amizade. Em cena, vida real, pessoas cúmplices em seu silêncio; a magia do encontro. A mulher a controladora de tráfego e o homem o operador de máquinas. Um filme para criar os diálogos, um filme para pensar o sentimento do outro. Na sua inquietante apatia produz vida. Reinventada. Absorvida. No abraço coletivo da multidão.
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