Se bem me lembro, o objetivo do cinema é narrar fatos ou estórias, de forma a gerar empatia e emoção no expectador. E sob esse aspecto, o filme “A luz entre oceanos” é super competente. A interpretação é mais que convincente, o roteiro é super bem escrito e a fotografia é linda. A trama é envolvente e faz que você não sinta os 130 minutos de exibição. O desfecho não é previsível e questões humanas como ética, perdas, erros e acertos são expostas e construídas de forma sensível e profunda. Infelizmente o(a) critico(a) desse site, não teve suas expectativas atendidas. Talvez ele(a) esteja acostumado a analisar somente filmes de super heróis. Mas o fato é que se mostrou preconceituoso quando classifica o filme de “dramalhão” de forma pejorativa. Vamos lá então sr. crítico. Dramalhão, conforme definição do dicionário, é história alongada como excesso de fatos trágicos. No sentido de exaustivo e indevido. Agora lhe pergunto, como uma história humana, absolutamente possível, e portanto, distante do campo da ficção, pode ser tratada assim? Talvez o caríssimo nunca tenha se aproximado da realidade de filhos adotados ou da dor de pais que sofreram perdas de seus rebentos, e por isso mesmo, não consegue imaginar o que isso significa. Talvez o caríssimo crítico, viva em mundo onde a dor, o sofrimento, o drama enfim, não tenha lhe batido à porta. Talvez ainda, o crítico em questão seja apenas um aplicativo de computador, que gospe frases soltas a partir da digitação de um nome. Ah, deve ser isso mesmo. Só um programa de computador, seria incapaz do desvalor dos sentimentos humanos mais profundos. É isso, tá explicado.