#OGrandeCircoMístico
Falar de circo no Brasil nos dias de hj já é difícil, ainda mais depois de blockbusters como o musical #OReiDoShow com trilhas contemporâneas exacerbadas ao extremo em ritmo frenético q mais parece um show da Kate Perry. O consagrado diretor #CarlosDiegues de clássicos como "Bye Bye Brasil", "Tiêta do Agreste" e #Orfeu", foi audacioso ao tocar em assunto tão contundente e ao mesmo tempo tão nostálgico, criando um filme poético, cheio de nuances, com uma bela direção de arte, figurinos, reconstituição de época e lindos efeitos especiais e visuais, abusando de astros para talvez chamar a atenção como o brilhante elenco composto por #JesuítaBarbosa, #BrunaLinzmeyer #AntônioFagundes, #MarianaXimenes, #JulianoCazarré, #MarinaProvenzzano, #MarcosFrota e o francês #VincentCassel, grande contribuinte do cinema brasileiro para ambientar certo lirismo em sua inspiração de um poema dos anos 1930, de Jorge de Lima, que também inspirou o disco de Chico Buarque e Edu Lobo, maravilhosamente usado na trilha, q por sinal é a melhor coisa do filme e diz até muito mais que o próprio filme, q esta longe de ser uma obra prima do diretor, mas q transmite algo que pode incomodar os mais desacostumados e até mesmo os saudosistas que vão querer que o filme seja auto explicativo. Parece q o roteiro e principalmente o diretor, que por colecionar grandes feitos em sua carreira gera uma certa ansiedade querendo q o cineasta se supere e ele queira talvez, apenas deixar que a superficialidade do mundo atual seja a principal crítica do filme, sem tomar partido de nada, e muito menos desenvolver muito os personagens de cinco gerações de uma família circence, que surgiu apenas para o fundador presentear a sua amada e tudo q isso veio a acarretar na vida dos personagens que passaram por este poético e talvez amaldiçoado circo meio a um evento astrológico visto da terra. O misticismo passa por toda a trama, com muita leveza e ponderamento mas sem deixar de chocar em cenas pesadas q os mais politicamente corretos vão se incomodar muito cunhado de todo esse falso moralismo q nos cerca e toda hipocrisia de fatos que perduram por todos os tempos que a maioria quer tapar o sol com uma peneira no lugar de assumir e aceitar o q cerca nosso mundo machista, pois muitos podem esperar um filme leve e com histórias bonitas, sentimentais e finais felizes qdo o filme rema na maré totalmente oposta a tudo isso, além de ser insano certas vezes e até mesmo abusando do surrealismo. O ator Jesuíta Barbosa em sua simplicidade é o melhor do filme, q pontua toda a história, pois é o único q parece passar intacto pelos anos sem perder a sua essência e principalmente sua aparência, sem envelhecer além de abusar de referências q a maioria dos personagens acabam caindo no caricatural, mas q isso, também pode ser proposital. E se isso é soar piegas, infelizmente nosso mundo mudou de tal forma q as pessoas exigem muito o q elas mesmas estão cansadas de pedir mas ñ estão preparadas para absorver. A arte no sentido puro e encantador cheio de metáforas de que o show não pode parar e nisso o filme cumpre o seu papel.