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    Tinker Bell e o Monstro da Terra do Nunca
    Críticas AdoroCinema
    3,5
    Bom
    Tinker Bell e o Monstro da Terra do Nunca

    As aparências enganam

    por Francisco Russo

    Não é de hoje que a Walt Disney Pictures resolveu lucrar um pouco mais em cima de seus inúmeros personagens consagrados, seja produzindo sequências de clássicos da animação que são lançadas diretamente em home vídeo ou desenvolvendo spin-offs envolvendo personagens coadjuvantes. O caso mais notório é o da fada Sininho, rebatizada no Brasil como Tinker Bell para estrelar uma leva de filmes solo, situados antes do clássico Peter Pan. O mais recente deles é Tinker Bell e o Monstro da Terra do Nunca, que aborda uma questão intrínseca ao próprio filme: o pré-conceito.

    Por suas características mercadológicas, a série Tinker Bell sempre foi tratada como um produto menor dentro do universo Disney. Não apenas por ter um orçamento inferior ao de produções Pixar ou da própria casa do Mickey, como Detona Ralph e Frozen, mas também por questões criativas: são filmes voltados para um público específico, o das meninas que sonham com contos de fadas, o que por vezes limita o raio de ação dos roteiristas e animadores. Com O Monstro da Terra do Nunca, não foi diferente. O conceito por trás do filme é o de que não se deve julgar alguém pela aparência, sem lhe dar a chance de mostrar seu valor. Mensagem óbvia referente ao monstro do título, mas também para aqueles que torcem o nariz à série como um todo. Tinker Bell e o Monstro da Terra do Nunca, pode acreditar, é um bom filme.

    Tecnicamente bem feito e com toda a delicadeza que o tema autoimpõe, a nova aventura traz como curiosidade o fato de que Tinker Bell, na verdade, é coadjuvante. A estrela do filme é a fada Fawn, que integra a turma da ex-Sininho. Apaixonada por animais de todo tipo e sempre disposta a cuidar deles, por mais que isto a coloque em situações perigosas, é ela quem encontra o tal monstro do título e passa a ajudá-lo. Se por um lado a jornada de aproximação e amizade que nasce entre os dois é previsível, por outro a história traz uma ingenuidade cativante que, aliada ao belo traço do tal monstro, abrutalhado no visual mas capaz de feições meigas, envolve crianças e até adultos.

    Bastante curtinho (apenas 76 minutos) mas no tamanho exato, Tinker Bell e o Monstro da Terra do Nunca traz uma aventura enxuta que cumpre bem o objetivo de atender as exigências de seu público-alvo. O filme brilha especialmente em sua reta final, quando habilmente explora a emoção do momento de forma a dar continuidade à série como um todo.

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