O documentário O Renascimento do Parto, dirigido por Eduardo Chauvet, joga um olhar interessante sobre o sistema de saúde brasileiro, principalmente, em cima dos altos índices de cesarianas no nosso país. Por meio de depoimentos de profissionais da área e de pacientes, chegamos à conclusão de que o campo da obstetrícia no Brasil vai na contramão do que os estudos científicos comprovam, impondo a realização de partos com intervenções traumáticas e desnecessárias – não só para as mulheres, como também para os seus bebês.
Por isso mesmo, O Renascimento do Parto nos deixa a impressão de ser um filme totalmente chapa branca na transmissão de sua mensagem: a de que um parto humanizado é a melhor saída para a mulher e seu bebê; a de que a mulher, primeiramente, tem que ter o direito de escolha sobre como deseja que seu (sua) filho (a) venha ao mundo; e, finalmente, a de que a medicina tradicional tem que respeitar o tempo do bebê, o momento em que ele está pronto para sair da barriga de sua mãe, por meio do início do trabalho de parto.
É um filme importante – e necessário -, especialmente para aquelas mulheres que estão diante daquele que é o momento mais sublime de suas vidas: o de gerar e de dar luz à uma nova vida.