Minha conta
    Pelo Malo
    Média
    3,9
    40 notas
    Você assistiu Pelo Malo ?

    6 Críticas do usuário

    5
    3 críticas
    4
    2 críticas
    3
    1 crítica
    2
    0 crítica
    1
    0 crítica
    0
    0 crítica
    Organizar por
    Críticas mais úteis Críticas mais recentes Por usuários que mais publicaram críticas Por usuários com mais seguidores
    Eduardo D
    Eduardo D

    26 seguidores 62 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 1 de agosto de 2015
    Excelente filme que foge do lugar comum, mostrando uma realidade crua junto com o pequeno sonho infantil. Filme equilibrado com ótimas interpretações.
    Julio L.
    Julio L.

    10 seguidores 9 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 24 de abril de 2014
    Fiquei simplesmente fascinado por este filme. Um roteiro fascinante, com atuações incríveis. Enxergar as dimensões que o preconceito pode alcançar me trouxe muita tristeza. Este é nosso mundo.
    Cid V
    Cid V

    210 seguidores 472 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 26 de setembro de 2019
    Junior (Zambrano) é um garoto de nove anos criado nos subúrbios de Caracas e que sonha em ser fotografado cantando e com cabelo liso. Sua mãe, Marta (Castillo), em situação de risco em termos de trabalho, teme profundamente que o filho seja gay. A avó do garoto (Ramos) não tem dúvidas quanto a isso, mas prefere estimula-lo a reprimi-lo. Juntos a eles vive um irmão ainda bebê (Guédez). A avó vive pedindo a Marta para ficar com Junior.

    Mais em: https://magiadoreal.blogspot.com/2019/09/filme-do-dia-pelo-malo-2013-mariana.html
    Daniel C.
    Daniel C.

    13 seguidores 2 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 21 de abril de 2014
    Filme da diretora venezuelana Mariana Rondón relata a história de Júnior (Samuel Lange Zambrano), um garoto de 9 anos que deseja ter uma foto com os cabelos lisos e com roupas bonitas iguais a um cantor famoso de seu país para levar a escola. Dessa narrativa principal temos a sua mãe, interpretada por Samantha Castillo, viúva, desempregada e com dois filhos para criar, a sua avó vivida por Nelly Ramos que renega o neto mais novo e ver uma veia artística em Júnior. O filme se passa no subúrbio da cidade de Caraca na Venezuela em condomínios criados na década de 1950.

    O clima do filme é cercado de tensões. O tempo inteiro sentimos que acontecerá uma tragédia que seria o grande momento do filme, porém a diretora se manteve esse clima de tensão por considerar que o cotidiano dos personagens sejam assim.

    Existem relações de poder que é transmitido durante todo o filme que é relacionado diretamente com a condição do masculino e feminino. A crítica aos preceitos do machismo na Venezuela é evidenciado nas relações entre homens e mulheres no filme, além de ser revelada uma idealização do masculino e do feminino. O homem assume papel de poder decisivo sendo uma figura distante, já a mulher está sempre presente e com comportamentos diversos desde uma feminilização ligada aos concursos de misses, até a uma mulher mais masculinizada, com traços que usualmente são de homens.

    Segundo comentário da diretora o filme não trata de questões exclusivas, o filme trata do cotidiano de pessoas comuns. O vai e vem no transporte público, as imagens da cidade, o trânsito, desenhos, mensagens de rádio e Tevê, revelam uma Venezuela pobre e politicamente pulsante. Além disso ela entende que o filme fala de homofobia e não de homossexualidade.

    A história de Pelo Malo é marcante por ser coberta de simbolismo modernos, a luz do caribe e a escuridão do apartamento no subúrbio de um país subdesenvolvido, o desejo de um filho e a incompreensão da mãe, a relação de (des)amor entre o filho e a mãe, o desentendimento e as complementações emocionais entre a função de filho e de mãe, o papel do homem em uma sociedade machista onde determinadas ações são limitadas ou são indicações de feminilidade, ainda temos cenas quentes e a latinidade é sentida em cada momento. O filme nos deixa o tempo inteiro com dúvidas, tensão e em constante luta de ideias, pois os personagens são apaixonantes e repugnantes de alguma forma.

    Por fim, segundo a diretora, o título Pelo Malo é devido as constantes tensões, relações de poder, e construção de outros conflitos durante toda a vida. Assim não adianta apenas corta o cabelo porque ele voltará a crescer, assim como os conflitos. spoiler:
    Pedro H.
    Pedro H.

    2 seguidores 11 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 15 de dezembro de 2014
    "Mi limón, mi limonero / entero me gusta más / un inglés dijo ye ye, / y un francés dijo la la"!
    São com os acordes dessa música de Henry Stephen que a trama de Pelo Malo ("Cabelo Ruim" em livre tradução) se desenvolve. Junior (Samuel Lange Zambrano) é um menino venezuelano que mora com a mãe solteira e o irmão recém-nascido em um conjunto habitacional na periferia de Caracas. Inseridos em um contexto de extrema vulnerabilidade social, Marta (Samantha Castillo) luta dia após dia para tentar prover o sustento da família. Ademais de toda situação de risco social, Junior almeja uma aparência "melhor" para tirar a foto do colégio. Na busca por engordar e ajeitar seu cabelo, que ele próprio concebe como "ruim", a trama vai se aprofundando e dando espaço para questões como as identidades de gênero. O que é para homem e o que é para mulher? Será que alisar o cabelo e vestir-se um pouco melhor são coisas associadas somente a mulheres? E se forem, haveria problema se os homens se aproximassem disso?
    Marta faz recair seus esforços no sentido de corrigir os comportamentos ditos "suspeitos" do seu filho Junior. "Mijar sentado não é coisa de homem"; "O que você procura encarando homens?"; "Por que você pega no garfo tão devagar?" são alguns dos questionamentos proferidos por Marta no sentido de inscrever no filho em um conjunto de normas e padrões aos quais ele parece não muito se identificar. O simulacro da relação mãe/filho carece de humanidade. O contexto de vulnerabilidade é tão grande que dificulta até o reconhecimento entre ambos do ser humano genérico e da capacidade de entender o lado do outro.
    O que choca no filme é que ele não trás um final feliz... pelo contrário ele trás a vida real. Quando estava assistindo não pude deixar de me ver no Junior, ou de ver minha família na Marta. Next to reality... o filme dispensa a produção e reprodução do ideal do amor romântico tão arraigado na sociedade contemporânea e nos filmes da Disney. O que ele mostra não é o príncipe encantado que vem salvar a princesa, mas sim a vida de um menino homossexual que como tantos outros, mundo a fora, tem que aprender a lidar com as represálias e sansões por não ser o que a sociedade considera como adequado.

    Carmen (Nelly Ramos), avó paterna de Junior, aparece como a voz da sensatez e experiência materializadas no filme. Ela não só defende a possibilidade de aceitação da orientação sexual do neto, como se propõe a criá-lo afirmando para Marta que "essas coisas não se mudam...". Junior se vê em uma situação difícil quando tem que escolher entre reconhecer sua própria orientação sexual em conflito com sua identidade de gênero e a aceitação da sua mãe. Tendo de escolher entre essas duas opções, entre sair ou ficar em casa, ele na mais tenra idade tem que engolir em seco a sagacidade da vida e negar seu próprio eu.

    Pelo Malo é uma obra prima que retrata com veracidade a realidade do homossexual da periferia no seu processo de construção material e subjetiva. Recomendado para quem quer sair um pouco do padrão de filmes padrões... e refletir um pouco sobre o ser feminino e masculino e sua relação com as identidade de gênero e orientações sexuais.
    Vinícius F.
    Vinícius F.

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 3 de abril de 2015
    "Não sou nada/ Nunca serei nada/ A parte isso tenho em mim todos os sonhos do mundo". Esse trecho, extraído do poema Tabacaria, de Fernando Pessoa, nos revela a pequenez do indivíduo frente à imensidão do mundo. O filme "Pelo Malo" (título não traduzido para o português) é, antes de tudo, um aprofundamento da vida humana, a qual não se faz somente pela ação do indivíduo. É construída, antes de tudo, pelo meio no qual ele está inserido.
    Apesar de parecer, num primeiro momento, detentor de uma temática clichê, o filme venezuelano é uma obra-prima. As condições humanas não são expostas de modo simplista, solto, sem nexo. Tudo que ali é mostrado é uma reflexão, a qual, postergada nas mentes humanas, torna-se uma crítica.
    O cabelo da protagonista é o embate social entre o que imposto e o que é almejado. Parte daí um embate, até marxista, de elementos como escola, amigos, família e vizinhança, estruturando-se um discurso determinista, mas, ao mesmo tempo, inócuo frente ao indivíduo.
    As relações sociais expostas no longa são consequências da exclusão social, da falta de acesso à educação, do desafeto, dos interesses cruéis e instintivos. Há aí uma noção do efeito de uma sociedade economicamente estruturada na vida de grupos marginalizados.
    O filme é realístico, verossímil e emocionante. Desemboca numa realidade muito percebida nos países da América Latina: a intrínseca desigualdade social acumulada historicamente pela colonização exploratória. Buscar a história de "Pelo Malo" é, também, buscar entender a nossa realidade, isto é, nossa organização social e nossa composição pessoal.
    Quer ver mais críticas?
    • As últimas críticas do AdoroCinema
    • Melhores filmes
    • Melhores filmes de acordo a imprensa
    Back to Top