"Miss Violence" se utiliza de uma sutiliza e sublinearidade para tratar e expor um tema perverso que se opoe a natureza humana, ou será que não? esse é o tema refletido no filme-embora não com a profundidade que gostaríamos- outro filme grego que vem expor a natureza humana, como o ótimo "Dente Canino" ou "O Garoto que come Alpiste", essa nova onda no cinema grego que talvez venha sido embalada por suas crises econômicas que faz com que os cineastas busquem inspiração na própria humanidade. O roteiro de miss violence guarda a revelação pro ultimo ato, e fica dando pistas nos dois primeiros brincando com o telespectador,o instigando,e isso de certa forma funciona, pois ficamos procurando pistas e soluções, e quando achamos que uma explicação é a correta, o diretor integra mais algum ponto no filme que nos deixa ainda mais abalados e confussos. Mas o roteiro é inteligente, linear, trabalhando com poucos núcleos e praticamente um cenário ele consegue manter um suspense psicológico de alto nível. Alem de abuso infantil, hostilidade e violencia domestica, o filme tambem trata sobre a perda e a proibição do luto, sempre tem aquela histoira "Fulano não gostaria que você chorasse em seu enterro"e é com esse dilema que nossos personagens não são aconselhados a seguir, e sim obrigados. O filme tem uma câmera que filma cena contra cena o tempo inteiro, deixando a camera sempre de maneira completamente imparcial, tal como em outros filmes já citados, o diretor não quer criar um vilão, ele apenas quer mostrar o que está acontecendo, quem elege os vilões somos nós, o filme também tem uma boa montagem mesmo com seus ritmo um pouco lento e uma otima utilização de trilha sonora. alem de sua gama de atores, que são completamente incriveis, até mesmo os atores mirins refretem uma tristeza e melancolia notáveis, Alexandros Avranas diretor do longa, faz sua primeira direção com o pé direito e mostra que tem talento. Por fim, "Miss Violence" realmente não é um filme para qulquer pessoa, é preciso um estomago de aço, não por nojeira ou por gore, mas sim, pelo contexto e subcontexto ali presentes e operantes na obra.