Ana Arabia: Críticas

Como exercício de direção, é fantástico. Mas Gitai deixa o filme cair no tédio facilmente. Sem contar que as personagens são introduzidas de uma foma muito estranha na história, Yael sequer faz as perguntas, e o pessoal já vai falando toda a sua vida para a jornalista. Achei o roteiro meio esquematizado demais pra um filme desses. Não há surpresa alguma, não há um conflito estabelecido, e, já que não há a pretensão de se apoiar nessas situações, as histórias contadas deveriam gerar interesse na plateia, mas peca nisso também. Conhecendo o diretor, e gostando da maioria de seus trabalhos anteriores, já esperava que algum dia ele fosse experimentar um filme inteiro em plano-sequência, e por isso eu esperava mais. Yuval Scharf é uma musa, uma mulher muito linda, mas como atriz... precisa se provar pra mim ainda. A trilha-sonora tem umas 3 músicas apenas, e uma delas toca em diversas cenas do filme... e essa faixa é maravilhosa. Há um certo prelúdio de que algo pode acontecer ou vir a ser revelado toda vez que sobe a música no filme. A atmosfera do filme até muda. Talvez seja o que eu mais gostei em Ana Arabia. Que não é ruim, mas é apenas ok.

PS: Amos Gitai podia ter visto mais vezes Arca Russa ou Timecode. Não chegou aos pés.