O Filho do Batman: Críticas

Boa animação, interessante ver o surgimento de um novo Robin, isso sem falar que o filme conta com ótimos diálogos e belas cenas de luta, exceto em algumas que os personagens de segundo plano ficam plantados feito árvores. Mas no geral é um bom filme, bacana de ser ver e muito divertido.

Nada de Babás!

Batman já passou por diversas situações enfrentando inimigos de todo o tipo, dos mais convencionais ao mais intrigantes, entretanto, a descoberta da paternidade o coloca em situação complicada e bem administrada neste divertido O Filho do Batman.

Fruto de um fugaz relacionamento entre Bruce Wayne e Talia al Ghul, Damian Wayne é um pré-adolescente que fora ensinado por um habilidoso grupo de assassinos denominado Liga das Sombras. Treinado não somente nas artes marciais, o pequeno Waine dispõe de pouca disciplina e um desejo amargurado em vingar seu mentor Ra's al Ghul. Temendo pela segurança do garoto, Talia deixa-o aos cuidados de Batman, que por sua vez precisa lidar com o espírito frenético de Damian e ainda investigar qual a ligação dos atos contra a liga de assassinos.

Inevitavelmente, acompanhamos o astuto Batman no encalço dos criminosos liderados por Slade Wilson, agora denominado Exterminador. Essa busca nos permite participar da aproximação de pai e filho de forma bem curiosa, pois, ao mesmo tempo que sente-se surpreso, Bruce Wayne reconhece em Damian a presença de traços genéticos que o levam a comportamentos bem inesperado e provocativos. Vale também citar que o garoto se sente surpreso com as habilidade do pai, em certo momento, Damian questiona Batman pelo fato de saber de uma informação específica, que imediatamente responde pontualmente: "Eu sou Batman, minha especialidade é saber". Isso prova não só o respeito que a DC e Warner tem pelo personagem, como também souberam desenvolver de maneira brilhante o relacionamento entre ambos.

Tecnicamente falando, o longa é de uma qualidade visual respeitável, sempre observando os detalhes de um simples ambiente fechado até um cuidado generoso com explosões, tiros, perseguições, pancadaria e sangue... esse último item tem se tornado elemento comum nas produções do estúdio, principalmente porque esse tipo de animação é voltado para o público adulto.

E não só de desenvolvimento de personagens principais e emoções sobrevive o filme, o algoz da trama também conhecido como Exterminador, é um sujeito frio, de métodos brutais e sem enrolações, desejando ir direto ao assunto, mesmo que resulte em morte. O elenco por traz das vozes originais também está afinadíssimo, incluindo aí os já conhecidos Jason O'Mara (Batman) e Thomas Gibson (Slade), além do competente Stuart Allan (Damian Wayne).

Ação frenética, direção afinada e uma história com conteúdo empolgante fazem deste fabuloso O FILHO DO BATMAN uma das mais funcionais e divertidas animações da Warner.

Mais uma boa animação da DC, porém tenho algumas ressalvas com ela. O filme tem um excelente início que já estabelece o conflito e de Damian e Exterminador, que é um ponto muito bom da animação, além da relação entre Damian e Bruce, que apesar de não trazer conflitos e discordâncias de princípios, que apesar de estarem no filme é bem raso, tem alguns bons momentos, tudo que envolve Talia Al'ghul é muito bom, o problema do filme está numa pequena subtrama envolvendo homens morcegos, que ficou sobrando no filme, que já tinha material suficiente para gerar um bom filme, essa subtrama além de desnecessário, toma um tempo de tela que poderia melhor desenvolver a relação de Bruce e Damian e Talia e até mesmo com Asa Noturna, que está presente mais pelo fã Service do que de fato para agregar para a história. Mesmo tendo um ritmo problemático, por conta desta subtrama, quando o filme foca na relação dos personagens e no confronto de Damian e Exterminador o filme brilha e gera bons momentos. Boas cenas de luta, grau de violência bem pontuado e algumas boas piadas, envolvendo Alfred, a roupa do Robin, o fato de Bruce Wayne ser pai etc, garante boa diversão.