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    O Novíssimo Testamento
    Média
    3,8
    65 notas
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    9 Críticas do usuário

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    1 crítica
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    Anderson  G.
    Anderson G.

    1.300 seguidores 370 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 13 de agosto de 2021
    "O novíssimo testamento"  é uma obra particular, recheada de um toque europeu único e um ótimo humor negro, o longa Belga, conta a historia da filha de deus, sim, no contexto da obra deus é um cara sádico, preguiçoso, narcisista e tem uma filha.

    O longa se desenrola na busca pela liberdade de sua filha no mundo terreno a procura de apóstolos, são diversas analogias que podem ser interpretadas das mais diversas formas, porém o que salta os olhos não é nem o texto do filme e sim sua cinematografia, temos um direção que busca uma beleza visual do simples e no incomum, em alguns momentos me lembra muito a direção de Lars Von Trier, essa constante busca por purificar personagens sujos através do visual, é realmente bonito, e em conjunto com uma bela construção de trilha temos inesperados momentos visualmente acima da media do próprio longa. 

    "O novíssimo testamento" é um bom filme, com boas atuações, um bom um humor satírico e uma direção que se propõe a fazer algo grande demais para a proposta, temos um edição que cria uma certa barriga, acelera em alguns momentos e pausa em outros, alguns personagens ficam jogados sem desenvolvimentos e a obra geral se perde um pouco. 7,5/10.
    Miqueias J.
    Miqueias J.

    3 seguidores 2 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 7 de agosto de 2016
    um filme muito bom com uma ideia (que eu não tinha pensado) e que foi aborda de de forma pertinente e que nos faz pensar.
    emmecarrd
    emmecarrd

    15 seguidores 43 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 13 de julho de 2016
    Filme sensível, com uma linguagem entre cinema e teatro, que nos faz pensar sobre vida e fé. Gostei da forma como o filme aborda deus como uma figura patriarcal e machista, deixando as mulheres em segundo plano, mas não sem menos importância. Um dos últimos filmes mais bonitos que vi. Pra ver e rever!
    Gustavo C.
    Gustavo C.

    4 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 27 de abril de 2016
    Já dizia o velho Hitchcock que para fazer um grande filme você precisa de roteiro, roteiro e roteiro. O diretor de Mr. Nobody, Jaco Van Dormael cumpriu muito bem esse ensinamento do Hitch. Com um roteiro inovador, divertido e controverso “O novíssimo testamento” narrado pela filha adolescente e rebelde de Deus, é um filme diferente dos moldes hollywoodianos. Uma comédia dramática bastante inteligente, subversiva e sarcástica sobre a humanidade, e acontecimentos cotidianos relacionados a ela.
    Misturando o non sense, comédia dramática super inteligente com o surreal este filme mostra que o cinema europeu segue dando de dez a zero em Holiwood e seus super-heróis.
    Thais C.
    Thais C.

    3 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 22 de abril de 2016
    Filme inteligente, engraçado, reflexivo, contundente...do estilo que vc passa dias pensando..que vc nunca esquece..absolutamente original com a química de ser profundo e suave ao mesmo tempo. Dramático e engraçado. Há muito tempo eu não via um filme tão interessante...tamanho único para quem gosta de cinema de qualidade!!!
    msuelymoreira
    msuelymoreira

    2 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 7 de março de 2016
    Instigante, inteligente, filosófico, criativo, inovador e bem humorado. Uma lufada de ar fresco no universo cinematográfico.
    P.RM
    P.RM

    2 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 19 de fevereiro de 2016
    Idéia de roteiro excelente. O filme começa bem, mas o final poderia ser melhor. Achei previsível e um tanto sexista
    Luciano O.
    Luciano O.

    1 seguidor 1 crítica Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 4 de fevereiro de 2016
    Excelente filme alegórico de Jaco Van Dormael, roteiro muito inteligente e imaginativo, com desempenho primoroso de atores de notável empatia. Umfilme para ver e rever, e que confirma a vitlidade do cinema belga contemporâneo.
    anônimo
    Um visitante
    2,5
    Enviada em 25 de janeiro de 2016
    O diretor belga Jaco Van Dormael já havia causado um impacto na sua estreia em longas-metragens com o filme "Um Homem Com Duas Vidas" (1991), que foi indicado ao Bafta e premiado em Cannes e no César (o "Oscar" francês). Mas atingiu uma certa reputação a nível mundial anos depois, com o cultuado "Sr. Ninguém" (2009), um misto de drama e fantasia protagonizado pelo astro Jared Leto. Em ‘O Novíssimo Testamento’, Van Dormael retorna às suas origens, resgatando seu estilo cômico provocativo, porém sensível e até de certo modo 'adocicado'. Portanto, o espectador pode esperar um filme mais descontraído e nada de uma grande produção, mas um trabalho independente e um tanto ousado, eu diria.

    No filme, Deus mora na Bélgica, e é interpretado pela forma de um homem (Benoît Poelvoorde). Ele é casado com uma esposa submissa e sem personalidade alguma (Yolande Moreau) e pai de dois filhos, Jesus, que não vive mais com ele e Ea (Pili Groyne), uma jovem garotinha bem oposta à sua mãe, questionadora e curiosa. Ea também não concorda com a forma que seu pai governa o mundo, pois ele age como se os seres humanos fossem brinquedos, os quais ele manipula e se diverte com as tragédias que elabora em um computador antigo num quarto de sua casa.

    O filme pode não agradar a todos por tocar em um assunto ainda delicado de se debater: a religião. Ao pressupor e satirizar que nosso sofrimento na terra aconteça por um motivo aleatório, mas já pré-definido e o fato de que a sociedade em que vivemos é tão falha e cruel por sermos feitos à semelhança de Deus - uma discussão que vai muito além do belo "hit" de sucesso dos anos 90 ‘One of Us’, de Joan Osbourne -, certamente o filme não deverá ser bem aceito pelo público mais conservador. Por outro lado, a personagem carismática e ingênua de Ea, ameniza essa epigrama religiosa, como um ser inocente e questionador que nada mais quer do que descobrir como as pessoas fazem para sobreviver a este mundo caótico, sendo a única que sabe que poderia haver um lugar muito melhor para se viver, caso seu pai "governasse" de forma mais responsável e amorosa.

    Ao longo de mais de um século de sua existência, o cinema já nos presenteou com várias obras interessantes que levantam essa discussão sobre religião e divindade, desde filmes mais sérios como ‘A Palavra’ (1955), de Carl T. Dreyer, que levantava a questão de se Jesus estivesse aqui na Terra andando entre nós e porque as pessoas acreditam no Cristo morto, mas não no vivo, até sátiras como ‘A Vida de Brian’ (1979) ou ‘O Todo-Poderoso’ (2003), e talvez seja algo inexplicável, mas passado todo esse tempo, fazer um filme como este ainda é considerado tabu hoje em dia.

    O ponto de ruptura no filme acontece quando Ea consegue atrapalhar a rotina maquiavélica de seu pai, obrigando-o a sair do seu "paraíso" para correr atrás dos seus poderes de volta e do controle do universo, aqui entre os homens comuns. Começam então, algumas situações cômicas que proporcionam algumas risadas autênticas. Aliás, o tom do filme é bem agradável e remete a um clássico da fantasia chamado ‘O Fabuloso Destino de Amélie Poulain’ (2001). Como algo já idiossincrático do cinema europeu, os cenários, caracterizações de personagens, diferentes ambientes do filme, são muito "artísticos" e bonitos ao seu modo, fugindo do padrão tradicional hollywoodiano que muitas vezes estamos habituados, e isso é um ponto positivo. A montagem e a trilha sonora são espetáculos à parte, ao passo que uma mantém o ritmo técnico do filme, a outra contribui de uma forma muito mais requintada, usando e abusando de clássicos como Haendel, em alguns mini clipes que são exibidos aliando a trilha com a narrativa, conseguindo emocionar com sequências belíssimas. Além da trilha que ambienta o filme, que emprega com maestria a utilização de pianos e violinos suaves, e de certa forma remete a alguns trabalhos mais sensíveis de compositores clássicos como Bernstein, por exemplo.

    O elenco principal é bastante enxuto - devido ao fato de que Ea e Deus sejam os protagonistas - há muitos coadjuvantes de peso igual para a trama e que cumprem bem seus papéis, com um ligeiro destaque para Catherine Deneuve, que não está brilhante, mas consegue passar credibilidade à sua personagem, e as cenas que requerem uma interpretação mais melancólica e dramática são de sua responsabilidade. O Deus de Poelvoorde não convence muito, talvez por ser um personagem que provavelmente cada espectador tenha um ponto de vista muito particular, mas dentro da proposta do próprio filme, ainda lhe falta algo, não funciona como comédia e não tem a "força" antagônica que poderia tornar o filme mais interessante. A garotinha Pili Groyne, que já havia aparecido em ‘Dois Dias, Uma Noite’ (2014), está muito bem e consegue expressar o carisma que compõe sua personagem sem ser impertinente, o que é uma linha muito tênue.

    De forma geral, ‘O Novíssimo Testamento’ é digno de ser visto em uma sala de cinema. A crítica é suave, faz o espectador mais pensar do que revolucionar, mas o tom do filme é bastante agradável e é uma oportunidade para quem quer ver algo diferente do convencional. Por mais que não funcione completamente como comédia nem como uma obra memorável por sua sagacidade, o filme busca os caminhos da fantasia para colocar em foco novamente uma questão que está no ar há muito tempo e que ainda se encontra muita resistência ao entrar no assunto. Sustentado por uma direção segura de Van Dormael, a pureza de intenção da personagem de Ea e o deslocamento de Deus entre os seres humanos, conseguem sustentar o interesse até o final do filme.
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