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Ricardo M.
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3,5
Enviada em 26 de janeiro de 2016
Expresso Loucura.
Apesar da fama pouco apreciada pelo público em geral, Bollywood vez ou outra lança produções que misturam gêneros cinematográficos de forma interessante, principalmente pelo aspecto que remonta a ingenuidade de seus personagens, algo notável neste Chennai Express.
Rahul (Shah Rukh Khan) é um sujeito sem muitas responsabilidades que, após a morte do avô, ele resolve realizar o último dos desejos do finado familiar: ter suas cinzas despejadas nas águas sagradas de Ramshwaram. Com essa missão em mãos, ele embarca no trem para o sul da Índia, trajeto este que o colocará em diversas confusões ao ajudar a bela Meena (Deepika Padukone), pois tal garota faz parte de uma família nada peculiar, capaz de tudo para manter as tradições em que os homens mais velhos sempre fazem as escolhas.
Rahul ajuda a garota a fugir de um matrimônio indesejado e acaba apaixonando-se por ela nessa investida. O que vem a seguir resulta em piadas e caretas muitas vezes que lembram Jim Carrey no início da carreira, excessivas às vezes mas deixando o protagonista com cara de bobalhão sincero. E assim segue até que o cara resolve entrar em ação, sendo capaz de capotar um jipe simplesmente com uma foice, exagero natural no cinema indiano; e derrubar um bando de brutamontes que o deixam com aparência de John McLaine, chega a ser hilário propositalmente.
A trajetória da Rahul passa por locais soberbamente deslumbrantes, desde ambientes cuja natureza se destaca pela diversidade de cores da vegetação ou mesmo as construções religiosas cuja aparição faz as cenas soarem majestosas e imponentes. O diretor Rohit Shetty, já experiente por trás das câmeras, aproveita bem as locações e, com exceção da cena em alto mar, os planos usados são sempre munidos do desejo de realçar os ambientes e causar grande impacto no espectador.
Outro ponto que vale destaque é a edição do filme. O editor Steven H. Bernard aproveitou bem o material gravado para compilar emendas bem estilosas, sejam elas de intercalações de ambientes, apresentação de personagens ou em uma das coreografias de dança que surgem ao longo do filme, o cara merece mérito pela competência nesse quesito.
Bollywwod está cada vez mais voltada à mistura de gêneros em suas histórias cinematográficas, tendo inclusive aproveitado grandes astros nesta miscelânea. Vez ou outra surgem algumas produções que impressionam pela pouca ousadia mas convencem pelo conjunto da obra, como é o caso deste divertido e casual CHENNAI EXPRESS.
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