Spotlight é um ótimo filme. Ele te prende do início ao fim e te envolve com tudo. Você entende o sentimento dos personagens. Os Oscar de melhor filme de 2015 e de melhor roteiro original foram muito merecidos.
REFLEXÃO. Quantos filmes nos fazem refletir de verdade? E não é qualquer reflexão, é a reflexão sobre as bases da fé, ou nos supostos caminhos ou instrumentos usados pelo Divino para a humanidade. Se não refletirmos nesse ponto, dificilmente não vamos parar para pensar no caos emocional, psicológico e social que enfrentam os sobreviventes do crime do qual trata o filme.
FIXAÇÃO. Posso denominar assim não conseguir tirar o olho da telona? E o que atrai tanto assim? Nada mais que a história em si. Sem alarde, sem figura, sem merchant, sem qualquer artifício desnecessário. A história é rica, e é bem contada. E você não fecha os olhos esperando o desfecho.
Gostei por demais do filme, imensamente. Gostei da ânsia investigativa, da qual algumas pessoas citaram, realmente motivante. Enquanto assistia ponderava que aquilo realmente havia acontecido. Existem pessoas sedentas de mostrar a verdade, não só por status, mas pela transparência, pela publicidade, por ser simplesmente verdade, lindo o que essas pessoas realizaram em detrimento do que tantas hoje fazem nas igrejas, e digo num tom generalizado, igrejas, denominações, placas etc. Há muita mentira. Há muita hipocrisia. Há muita atrocidade sendo feita sob o manto da santidade, e o filme para exemplificar esses tristes abusos e mentiras reprisou nesse caso, esse insulto da Igreja Católica a fé de tantas pessoas devotas.
Triste a verdade, mas é verdade, e ela pode ser triste. Mas é necessário mostrar que não é só Deus que está de olho, aliás quando um filme desses granjeia esse espaço, essa notoriedade, olha se não foi Deus dando uma força, o Diabo tem lutado contra ele mesmo.
'Spotlight' é o nome de uma equipe de jornalistas que fazem investigações para o jornal 'The Boston Globe'. A história é baseada em uma das investigações efetuadas por esse grupo, que trata sobre os abusos sexuais cometidos por membros da Igreja Católica de Boston contra crianças. Por esse trabalho, eles receberam o prémio 'Pulitzer Prize for Public Service' de 2003. Esse drama apresenta um excelente roteiro e atuações de ótima qualidade, merecendo os dois prêmios, de melhor filme e roteiro original, no Oscar de 2016.
Banal e sonolento demais para merecer um Oscar. Mas é óbvia a razão pela qual ganhou. Sem desmerecer a grandiosidade da denúncia de algo abominável como a pedofilia e seu encobrimento (que acontece em várias instituições,como no sistema escolar, por exemplo) o filme não empolga como arte.
Filme cansativo, chato e parado do começo ao fim, só conta os podridões dos Padres pedófilos espalhados pelo mundo, isso não é novidade pra quem lê notícias.
É difícil assistir a Spotlight e não se lembrar do clássico Todos os Homens do Presidente de Alan J. Pakula ou mesmo de O Informante de Michael Mann, tanto pela abordagem adotada pelo diretor Thomas McCarthy quanto pela relevância do tema abordado, lembrando que existem histórias que merecem ser retratadas nas telas da maneira como McCarthy aborda, sem chamar a atenção para si, dividindo a importância das decisões e ações para cada personagem, formando uma equipe coesa interpretada por um elenco igualmente eficiente.
O paralelo que o filme traça com o estilo de jornalismo empregado é algo que impressiona. Num mundo marcado pela rapidez das informações e da constante desinformação gerada pelos veículos que deveriam fazer o contrário, uma equipe que tem o luxo de investigar uma pauta por pouco mais de um ano, levantando todas as provas e evidências necessárias para viabilizar a publicação da notícia, é algo que não deveria impressionar, mas hoje em dia surpreende pela responsabilidade e envolvimento profissional que falta no nosso tempo, dominado pelos interesses das grandes corporações e pelo domínio de um modelo econômico capitalista carente de uma efetiva regulamentação mundial.
Conseguindo criar tensão constante através de investigação e dos relatos de testemunhas junto com a música, direção e fotografia que são apropriadamente sutis, o filme envolve também por mostrar o tipo de reação que a pesquisa vai gerando no mundo interno de cada personagem, desde a preocupação pelas crianças no bairro, a insegurança e desconforto por ter um membro da família católico praticante e não conseguir mais confiar na instituição, passando pelo equilíbrio de se liderar uma equipe de jornalistas e lidar com a pressão editorial de um jornal que tem diminuído o número de vendas, até chegar ao personagem que parece ter menos envolvimento social, sendo mais ligado ao trabalho, mas que tem se envolve mais que os outros com a informação, gerando certa revolta de sua parte, revelando muito sobre a personagem num dos grandes momentos do longa. Cabe dizer que os letreiros finais do longa, que citam países em que ocorreram casos parecidos com o que fora retratado, não deixa de gerar certo incômodo.
Envolvente, bem dirigido e com um elenco que trabalha em conjunto com maestria, Spotlight é um filme, acima de tudo, fiel à história que conta, em enredo e tom, o que o torna essencial nos dias de hoje, num mundo que precisa repensar a maneira como trata a informação de um modo geral.
Não espere um grande drama! Acho que foi por isso mesmo que eu gostei tanto do filme. Não consegui ver uma cena que parecesse apelativa e de mau gosto, apesar de o assunto em questão ser um prato cheio para quem desejasse explorar esse lado. O filme poderia ser documentário, mas é um filme rápido e te prende. Os atores são ótimos. Todos. Sai do cinema com enorme vontade de assinar um jornal, para ajudar a financiar esses profissionais, rs, pois a outra grandeza do filme é poder sondar os bastidores da noticia e o número de pessoas envolvidas para que uma reportagens deste tipo chegue ao conhecimento público, impresso em um jornal que será descartado dali alguns dias. Trata-se mais do poder da Informação, dos fatos e da verdade. Muito bom! Recomendo.
Tocar em assuntos polêmicos que envolvem grandes instituições reais nem sempre são fáceis de serem recebidos pelo grande público, principalmente quando tem relação com a igreja católica, algo que este excelente Spotlight abraça com plena convicção.
O enredo segue um pequeno grupo de jornalistas de Boston que fazem parte da equipe Spotlight, sendo responsáveis pelas investigações mais delicadas e que geralmente envolvem meses de buscas para relatar casos bem complicados. Liderados por Walter Robinson (Michael Keaton), o grupo é formado por Michael Rezendes (Mark Ruffalo), Sacha Pfeiffer (Rachel McAdams) e Matt Carroll (Brian d'Arcy James), membros estes que se debruçam de corpo e alma no novo projeto que envolve o acobertamento de casos de pedofilia envolvendo padres da igreja católica.
O pontapé inicial é dado quando o novo editor chefe Marty Baron (Liev Schreiber) chega na redação, acreditando que o Spotlight deve trabalhar no caso que possui muitas pontas soltas e mal concluídas. A busca por evidências e novos fatos para contextualizar a verdade realça situações que deixam o espectador de queixo caído por diversos momentos, uma vez que a história é fortemente baseada em uma matéria publicada pelo Boston Globre em 2001. A evidências que vão surgindo e ampliando as ocorrências chegam a surpreender, notavelmente pela segregação econômica e seu aproveitamento pelos investigados.
Uma das grandes forças narrativas de Spotlight reside na forma como o diretor procura mostrar a investigação, situando o espectador dentro da redação, nas ruas, nas anotações, sempre demonstrando um jornalismo pontual e como deve ser: moral. Essa aproximação nos permite acompanhar o desenvolvimento da história quase como participantes da redação, uma escolha brilhante do diretor Tom McCarthy.
Com um elenco afinado, uma história linear mas excepcional e sem medo de ser contada, SPOTLIGHT - SEGREDOS REVELADOS surge como um soco no estômago daqueles que tapam os olhos diante de uma realidade cada vez mais evidente, mostra uma instituição que acoberta a dor e a angústia de pessoas que são marcadas pelo resto da vida, simplesmente para não ficar manchada ante a opinião popular. É um filme excelente, que vai direto ao assunto e deixa suas 2h de duração passarem quase despercebidas.
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