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Um visitante
1,5
Enviada em 27 de março de 2015
"Não Pare na Pista",é mais uma cinebiografia,trazendo uma grande personalidade.O resultado do filme,é diferente daquilo que estava pensando.É dividido em muitas partes,onde sempre volta no passado,e logo após,já dá um longo pulo para a época atual.Confesso,que as histórias mostradas sobre o passado,são as melhores.Mais ,infelizmente são as menores.São descobertas sobre a vida de Paulo Coelho,que talvez poderia mudar o rumo do filme.As vezes se perde no drama,e de vez em quando,na comédia.,que por sinal,é outro ponto bem fraco.(3/10)
Quando vi o trailer do filme, imaginei que se tratava da historia de Raul Seixas, na versão de Paulo Coelho. Entretanto, me decepcionei. Mesmo que a trajetória de vida de Paulo Coelho tenha se revelado de forma interessante, tive a impressão que houve uma tentativa de destruir o mito Raul Seixas. No entanto, o filme começa e termina com a voz de Raul...o que traduz a incoerência de certas colocações expostas no filme.
Professores de literatura já podem se desesperar. A cinebiografia do polêmico escritor Paulo Coelho acaba de ser lançada em várias salas de cinema do país e o seu Machado de Assis ou o seu Guimarães Rosa ficam a ver navios.
Mandou beijos pro Machado
Claro que eu não estou denegrindo a imagem de nenhum dos autores clássicos. Afinal, quem sou eu? Mas o fato é que essa invejinha que muita gente tem contra o Paulo Coelho me fez ver esse filme com mais ímpeto para descobrir, finalmente, o que este pobre homem fez de tão ruim à humanidade para ser tão odiado. Então, vamos lá.
Vamos por partes
Não Pare na Pista 2Não Pare na Pista divide a história de Coelho em 3 partes e com 2 atores. Ravel Andrade vive o Paulo Coelho adolescente que tem dificuldade para lidar com seu pai Pedro (Enrique Díaz), é internado diversas vezes em clínicas psiquiátricas e começa a descobrir sua veia artística ao identificar-se com a carreira de escritor. Julio Andrade vive o Paulo Coelho na vida adulta em dois momentos, primeiramente a partir dos anos 80 na sua versão bicho-grilo que compôs várias músicas com Raul Seixas e que, além disso, se mostrou um pegador nato; e em segundo a sua velhice, como o conhecemos hoje, como escritor, mas que procura, de alguma forma, ainda manter a sua rebeldia adolescente.
Como diretor, o estreante Daniel Augusto, vai encadeando a história a partir de diversos momentos da vida de Coelho. É um vai-e-vem constante entre as três fases, desfazendo aquele tipo de trama linear que tem início, meio e fim e que torna o filme muito interessante, por sinal. Li muitas críticas por aí dizendo que o enredo não ficou bem amarrado e que muitas cenas foram jogadas sem muita exploração. Eu discordo.
RecalqueNão Pare na Pista 3
Não Pare Na Pista não é nenhum filme da vida. É apenas uma forma bacana de se conhecer sobre uma figura pública da qual eu desconhecia e por desconhecer fui para o cinema não esperando absolutamente nada. Queria apenas descobrir porque Paulo Coelho é tão odiado. O que encontrei foi uma história de vida bacana e que merece ser contada. Assim como muitos artistas por aí que foram considerados malucos pela escolha de viver de arte, com Coelho o processo foi o mesmo e da mesma forma, muitas portas se fecharam contra ele, até que Raul Seixas surgisse na sua vida para alavancar a carreira. E olha que de co-compositor até escritor de livros best-seller o percurso foi longo. Paulo Coelho não foi na Banheira do Gugu pegar uns sabonetes e emplacou. Não! Demorou bastante, assim como boa parte de bons artistas.
O foco do filme, portanto, é como Coelho conseguiu seu estrelato, todos os caminhos que percorreu até alcança-lo. De pano de fundo nós temos todo o seu ímpeto em enfrentar as negativas, uma época interessante do cenário da cultura brasileira e músicas maravilhosas. E foi bacana conhecer isso.
O título de “Não Pare na Pista: A Melhor História de Paulo Coelho”, filme dirigido por Daniel Augusto, faz referência a uma canção de autoria de Paulo Coelho e Raul Seixas, que fala sobre um homem considerado um louco pirado que nunca para, que não se acostuma e que tem o desejo de seguir em frente em busca de aventuras diferentes sem qualquer tipo de medo ou receio que o prenda de realizar aquilo que ele deseja.
Após assistirmos aos 112 minutos desse filme, que enfoca a juventude, a idade adulta e a maturidade que só uma vida tranquila nos traz do escritor Paulo Coelho (interpretado por Ravel Andrade e Júlio Andrade); temos a sensação de que a canção é muito fiel ao Paulo que encontramos, nos anos 60 e 70, quando ele, ao enveredar no caminho do teatro e no do movimento hippie, e conheceu Raul Seixas (Lucci Ferreira), teve a certeza de sua vocação.
“Não Pare na Pista: A Melhor História de Paulo Coelho” é uma cinebiografia que segue a linha de “Piaf: Um Hino ao Amor”, na medida em que mostra, por meio de uma linha temporal em que o passado, o presente e o futuro ocorrem de forma contínua e, ao mesmo tempo, misturada e vibrante na forma como é captada pelo diretor Daniel Augusto; os momentos mais marcantes da vida daquele que, atualmente, é o autor vivo com obras mais traduzidas em diversas línguas, desde William Shakespeare.
O roteiro escrito por Carolina Kotscho mostra um Paulo Coelho sensível e diferente, que sofreu os traumas de uma educação severa, com pais (Enrique Diaz e Fabiula Nascimento) que lhe internaram várias vezes em clínicas psiquiátricas por não saberem lidar com o seu filho; que teve uma relação bastante experimental e aberta com temas considerados tabus como sexualidade, religião e drogas e que perpassou por vários campos artísticos até viver a experiência que iria modificá-lo por completo e que iria definir a sua vida como o escritor de sucesso que ele hoje é: a travessia do Caminho de Santiago de Compostela, que inspirou o livro “O Diário de um Mago”, na década de 80.
Filme que marca a estreia de Daniel Augusto como diretor de um longa-metragem de ficção (mesmo que baseado em fatos reais), “Não Pare na Pista: A Melhor História de Paulo Coelho” confirma o nome de Júlio Andrade como um dos melhores atores brasileiros da atualidade e um quase especialista em personagens reais. Incrível o poder dele de transformação, de entrar na pele daqueles a quem ele interpreta. Por meio dele, vemos uma figura enigmática e conhecida como Paulo Coelho como alguém que sempre trilhou um caminho de sensibilidade diante das questões principais que nos movem no mundo em que vivemos. Foi a sua disposição em traduzir aquilo que é diferente que o transformou no homem bem-sucedido que ele é hoje. Paulo Coelho é a prova viva de que “quando você quer alguma coisa, todo o Universo conspira para que você realize seu desejo” – frase retirada de “O Alquimista”, o livro brasileiro mais vendido de todos os tempos e um verdadeiro fenômeno literário, obra máxima de Coelho.
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