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    Horas Decisivas
    Críticas AdoroCinema
    2,5
    Regular
    Horas Decisivas

    À deriva da originalidade

    por Lucas Salgado

    Quando realizou o original, divertido e tocante A Garota Ideal, o diretor Craig Gillespie entrou no radar de muita gente. Seja da crítica ou da indústria cinematográfica. A expectativa era que apresentasse outras produções do tipo. Mas não foi o que aconteceu. De lá pra cá, realizou os esquecíveis A Hora do EspantoArremesso de Ouro, e agora volta a apresentar um projeto pra lá de ordinário: Horas Decisivas.

    Estrelado por Chris Pine, Casey Affleck, Ben FosterEric Bana e companhia, o longa está longe de ser uma bomba. Oferece tomadas repletas de tensão e até consegue emocionar o espectador em um momento aqui acolá. No entanto, não oferece absolutamente nada de novo. É mais do mesmo. Um filme que já vimos milhões de vezes.

    Bernie Webber (Pine) é um tímido guarda costeiro que inicia um relacionamento com Miriam (Holliday Grainger). Ele reluta em seguir com a relação por causa da natureza perigosa de sua profissão. Ainda assim, aceita em se casar com ela. Antes que possam celebrar, ele é enviado para uma missão de resgate em alto mar durante uma tempestade.

    Ao lado de três companheiros, Bernie deve encontrar uma embarcação que está à deriva com dezenas de tripulantes. O filme divide seu foca na missão de Bernie e na luta da tripulação para sobreviver em um barco danificado gravemente.

    Conhecido pelo incrível trabalho em Os Outros, o diretor de fotografia Javier Aguirresarobe desenvolve uma cinematografia impressionante. Trata-se de uma obra muito bem filmada. Infelizmente, a opção pelo 3D se mostra puramente financeira, não havendo em cena momento que justificasse tal escolha.

    Se a fotografia é boa, o mesmo não se pode dizer de trilha sonora de Carter Burwell, que insiste em se fazer presente e ouvida durante toda a produção. Não há respiro. A música faz força para conduzir os sentimentos do filme, jogando no melodrama momentos que poderiam ser naturalmente bonitos. 

    Com um excelente clímax, o longa é prejudicado pela longa duração. São quase duas horas. E muito pouco acontece na primeira meia hora. Pine é um ator competente, mas se mostra muito deslocado na pele de Bernie. O restante do elenco não atrapalha, cabendo destaque apenas para a atuação de Casey Affleck, que traz sua intensidade tradicional para o papel.

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