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F. V. Fraga
105 seguidores
64 críticas
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5,0
Enviada em 10 de novembro de 2014
RELATOS SELVAGENS / Relatos salvajes (2014) é o selecionado pela Argentina, para concorrer ao Oscar 2015. Dirigido por Damián Szifrón e produzido porPedro Almodóvar é um filme dividido em seis antologias. Apesar de ser uma comédia hilariante, que prende a atenção e causa gargalhadas em meio a cenas que deveria chocar, o longa metragem não exclui a crítica social em seu discurso. Encontramos uma reflexão sobre a intolerância, as diferenças de classes, a burocracia do governo, as relações pessoais conflituosas, bem como um retrato de como o ser humano pode ser mesquinho e violento por motivos medíocres e fugazes.
Temos situações como a que várias pessoas descobrem que estão reunidas por um motivo em comum. Um personagem de ética questionável, que descobre que suas ações podem ter uma consequência, quando menos se espera. A típica briga de transito, que geralmente é encorajada quando se tem a falsa sensação de segurança do automóvel. O cidadão que se estressa com os absurdos do estado burocrático. A discussão sobre o matrimônio, durante um casamento para lá de bizarro, que parece ser a única a acabar bem ou não. E por fim a família de classe média alta que tenta se safar utilizando seu dinheiro e despertando a ganância de todos ao redor.
Os contos lembram muito o estilo de Quentin Tarantino, com cenas violentas, mas engraçadas, tornando as narrativas tragicômicas. No elenco destaca-se Ricardo Darín, que cada vez mais tem sido alçado ao patamar de entidade do Cinema da Argentina. Aliás já faz muitos anos que os hermanos vem produzindo películas excelentes, como o recente ganhador do Oscar de Melhor Filme estrangeiro, O Segredo dos Seus Olhos (El secreto de sus ojos), incluindo-se comédias. Comparado ao Brasil é uma incógnita, como não conseguimos produzir filmes com o mesmo sucesso de público e crítica.
Relatos selvagens começa como um filme qualquer, mas apenas no primeiro minuto. Uma mulher vai pegar um vôo, conversa com um passageiro, eles conhecem alguém em comum e começa a tensão. Tensão esta que é ponto de partida para que todo relato selvagem permeie áreas como o políticamente incorreto, drama, humor e crítica social. Relatos selvagens é o filme mais contemporâneo lançado em 2014 e lhes digo os porquês.
O filme é dividido em várias histórias, que são unificadas através da temática principal: a violência. A violência do estado ("Bombita"), a violência das tradições ("Hasta que la muerte nos separe"), a violência do capital ("Las ratas"), a violência do amor ("La propuesta"), a violência canalizado no outro (El más fuerte) e, por fim, que na verdade é o começo do filme: a violência de todas as istâncias sociais ("Pasternak"). Não dá pra contar muito o que acontece na trama, pois as surpresas são fatores fundamentais para o envolvimento do expectador com a obra, para os risos (são muitos, e estamos falando de violência) e para as tensões. Vale ressaltar que cada história pode ser interpretada com diversos olhares, o que amplia a riqueza de conteúdo e do debate sobre o filme.
O filme impressiona pelo seu estilo original não só na construção de cada história, em ângulações distintas captadas pela câmera, nas atuações ou no excelente texto, mas por fazer de cada cena algo nunca antes visto daquela forma. Não se vê aqui cópia de estilos europeus ou estadunidenses: o filme é argentino e latino pra caramba! (crítica completa no site)
Filme inteligente, divertido, engraçado e envolvente. Na minha opinião foi a grande surpresa do ano! Se vc for assistir, esteja preparado para prestar atenção às sutilezas, às mensagens subliminares, senão corre o risco de não entender de fato a mensagem de cada uma das 5 histórias e acha o filme sem graça.
O filme é impressionantemente "humano". Mostra pessoas comuns, como eu e você, que numa determinada situação, vira bicho e mostra o seu lado "B". Gostei muito, pois apesar do nome, não mostra violência demais. Vale a pena ver!
Situações tão cotidianas como brigas de trânsito, ou buscar um bolo encomendado, nos fazem refletir sobre como a efemeridade da vida é constituída e combatida na velocidade que o mundo vive. O diretor nos faz perceber isso a todo momento quando muda o foco de vermos as coisas, em cenas como uma briga dentro de um automóvel temos o áudio interno do veiculo e o do mundo externo, mostrando a falta de objetividade da briga, e outras imperdíveis cenas de como a força do stress tão cotidiano nos leva a tomar conta de quão patéticos podemos ser...
Eu não gostei. O filme não segue uma unica sequencia de uma historia para passar uma mensagem. Relatos selvagens é uma sequencia de historias distintas de pessoas com sérios problemas emocionais que criam problemas e casos por futilidades. Adoro ir ao cinema e ver filmes que estão em cartazes... mas sai bem chateada. Que filme ruim!
A cena que abre Relatos Selvagens é sem dúvida uma das mais sensacionais(se não a mais) do cinema argentino. Uma pena que o resto do filme se restrinja à uma concha de retalhos, com diferentes personagens e histórias, todas aparentemente desconexas. O que une todos esses personagens(mesmo que em situações distintas), é o fato de serem todas pessoas comuns, com problemas comuns. O principal problema do filme é que ele parece o tempo inteiro indeciso quanto a mensagem que se propõe a passar ao público. Também incomoda o fato de deixarem Alejandro Darín de lado para dar atenção a atores inexpressivos. Fora todos estes problemas, o filme ganha pelo humor áspero e inteligente, sequências de tensão bem elaboradas e ação, a direção segura junto a um apuro técnico já característico do cinema argentino seguram a atenção do público. Apesar de mediano, Relatos Selvagens comprova que se pode sim fazer cinema de alta qualidade deste lado do hemisfério.
Simplesmente imperdível. 6 historinhas para alegrar sua vida. Vale muito a pena conferir. Para quem gosta de humor negro ou quase isso, irá se divertir. Recomendo.
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