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Marcio S.
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3,5
Enviada em 6 de outubro de 2013
Filme do diretor mexicano Amat Escalante que foi premiado em Cannes 2013 como melhor diretor. Ele também é um dos roteiristas do filme. Logo no início há uma cena que nos indica que este é um filme violento. Após assistirmos somos testemunhas de um documento social do que vem acontecendo no México. O filme aborda a família de Heli (Armando Espitia), um rapaz que trabalha em uma fabrica automotiva. Ele vive com seu pai, irmã, esposa e filho em um lugar árido (Guanajuato – México). Um lugar que parece desolado. Sua irmã (Andrea Vergara) namora um aspirante a entrar nas forças armadas que resolve roubar drogas apreendidas pelo exército para vendê-las e fugir com ela. Esse roubo vai mudar para sempre a vida de Heli. Com uma câmera praticamente parada Escalante realiza um filme denúncia sobre o que vem acontecendo no México. Apesar de o México poder ser retratado de várias maneiras (lê-se de maneira positiva), o diretor opta por denunciar o que está acontecendo em um país em que a população tem uma polícia desacreditada, um exército corrupto e um narcotráfico violento que tortura e mata praticamente impunemente. A pobreza é clara. Dessa maneira é impossível ter um programa de educação. Heli é vitima dessa falta de infra-estrutura na educação. A câmera não deixa de fora as mortes. Apesar de hoje os filmes serem “higienizados” para que as mortes não sejam motivo de aumentar a censura, Escalante resolve mostrar uma violência explícita em que as mortes estão ali para chamar atenção, denunciar o que acontece atualmente (vídeos de torturas são colocados no YouTube e fazem “sucesso” no México). As locações são de uma extrema importância para fazer uma metáfora com a vida miserável que a família vive. O filme utiliza atores e não-atores. Seu roteiro é lento e as ligações no roteiro são construías aos poucos. Um filme lento como é a vida dos moradores dessa cidade, como é o desenvolvimento também, mas que é importante como crítica social
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