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    O Sal da Terra
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    4,5
    176 notas
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    21 Críticas do usuário

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    Adriano Côrtes Santos
    Adriano Côrtes Santos

    727 seguidores 788 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 27 de janeiro de 2019
    Explendoroso, radiante, reflexivo, devastador, contemplativo, crítico. O Sal da Terra é mais uma grande obra de arte entre a união de João Salgado , seu filho Juliano Ribeiro Salgado e o veterano Wim Wenders. Indo do âmago do planeta até sua terra natal , Vale do Rio Doce , fazenda Bucão, o documentário nos prende e fascina por belas ou terríveis imagens de desespero humano. João nos redime ao contemplar , juntamente com sua mulher a atuação do seu Instituto Terra, mais de 7.000 hectares de áreas degradadas estão em processo de recuperação na região e mais de 4 milhões de mudas de espécies de Mata Atlântica apontam para um futuro promissor. Imperdível.
    Ricardo L.
    Ricardo L.

    60.003 seguidores 2.818 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 11 de julho de 2019
    Grande sucesso de critica, aqui temos um documentário indicado ao óscar em 2015, onde fala da trajetória de um dos melhores fotógrafos do mundo, o Brasileiro Sebastião Salgado Mostra sua essência em fotografias belíssimas em redor do mundo, com suas visitas em regiões pouco habitada e ele transcende o melhor dos trabalhos num documentário bonito.
    Cid V
    Cid V

    215 seguidores 478 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 27 de abril de 2024
    Documentário que por conta de seu objeto – a vida e sobretudo a obra do fotógrafo Sebastião Salgado – faz uso de um recurso raramente explorado pelo cinema, que é a foto fixa, habitualmente utilizada como cacoete estilístico pelos cinemas novos dos anos 60 ou até mesmo como material para um curta quase completamente sustentado por ela (La Jetée, de Chris Marker).

    mais em: https://magiadoreal.blogspot.com/2024/04/filme-do-dia-o-sal-da-terra-2014.html
    Airton Reis Jr.
    Airton Reis Jr.

    24 seguidores 62 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 13 de setembro de 2015
    Excelente documentário dos cineastas Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado sobre a trajetória do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado. O filme no formato de um documentário mostra a origem dos principais livros fotográficos que fizeram a fama do fotógrafo retratado mundo afora, incluindo as implicações humanas e psicológicas sobre o próprio protagonista. Felizmente, em meio a tantas tragédias humanas clicadas com sensibilidade inigualável, as quais afetaram o artista em sua alma, provocando depressão e desencanto, Sebastião contou com o apoio dos amigos e principalmente da família para se dedicar a um projeto cheio de esperança com o qual brindou a si mesmo, mas principalmente a todos os brasileiros: o Instituto Terra. Salgado ensina com seu exemplo que em vez de lastimar pelos infortúnios que acometem a humanidade, o sal da terra, ou ficar procurando culpados, é possível reconstruir e encontrar nos escombros uma motivação para reconstruir, até mesmo a Natureza. Altamente recomendável.
    Miguel V.
    Miguel V.

    18 seguidores 4 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 20 de julho de 2015
    É muito difícil descrever... é um filme que temos o "dever" de assistir! É uma linda denúncia contra o acúmulo de riqueza e a "destruição do humano entre os homens"... suspiro... será que quem precisa ver e entender este filme o verá, o entenderá? Acho que não.
    Eugênia P.
    Eugênia P.

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 8 de fevereiro de 2016
    Um presente que encontrei, meio que por acaso, enquanto buscava um filme p assistir nessa tarde preguiçosa de carnaval. A história de um homem e seu sonho. Um homem e seu talento. Um homem que percebe o mundo em que habita.
    É denso quando mostra o sofrimento em várias partes do mundo. É silêncio, quando vemos a morte na África ou no nordeste do Brasil. A fome, a guerra... Humano, forte, desumano.
    "Quantas vezes pus minha câmera no chão para chorar com o que via... Depois de Ruanda, o que mais poderia ver? Não acreditava mais na raça humana. Minha alma adoeceu."
    Sebastião Salgado tinha visto o coração das trevas. E começou a questionar profundamente seu trabalho como fotógrafo social e testemunha da condição humana. O que restava a ele fazer depois de Ruanda?
    Então, veio o Instituto Terra. 2,5 milhões de árvores plantadas, pela primeira vez tentou-se reflorestar a Mata Atlântica. E deu certo.
    A terra curou a alma de Sebastião.
    No projeto seguinte, Gênesis, Sebastião fotografou a natureza. Sua grandiosidade. Seus detalhes. Fez amigos e se sentiu, novamente, parte do Todo. Mas de uma forma de diferente. Não na dor da guerra e da morte insana. Mas na beleza e na integridade das paisagens e dos animais.
    Genesis seria sua carta de amor ao Planeta.
    Flávia M.
    Flávia M.

    5 seguidores 6 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 10 de maio de 2015
    Me emocionei. um filme sensacional como eu já imaginava. Mas fiquei tocada com tanta miséria e tristeza. Como o Sebastião conseguiu ver tudo aquilo? E como é belo e sensível o trabalho!
    paulo antunes
    paulo antunes

    4 seguidores 17 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 8 de julho de 2015
    O SAL DA TERRA
    O ser humano é o sal da Terra! Quais homens? Como? Por que? Isso tudo pode ser conferido neste belo filme "Doc Depoimento"; O Sal da Terra, de Wim Wenders e Juliano Ribeiro, sobre o grande fotógrafo brasileiro, que se fez profissional na França e hoje é um cidadão do mundo.
    Sebastião Salgado é um ARTISTA, não um fotógrafo documentarista, "apenas", sem demérito ao documentarismo! E, como tal, o artista em seu frenesi criativo vai buscar, se serve da matéria prima da realidade para mostrar e apresentar aos espectadores, o que viu e processou pelo seu filtro criativo. Vai buscar cumplicidade, admiração, causar impacto, incômodo, reflexão, solidariedade, raiva, asco, compaixão. Imagina e deseja que aquela realidade nua e crua seja transformada.
    Ao que parece os olhos estão cansados pelo tanto que já viu, fixos para a câmera de Wim Wenders e seu filho Juliano, Sebastião confessa com um certo pessimismo; o ser humano tem sido perverso, ruim demais com os seus semelhantes. As matanças, os genocídios, as fugas, os êxodos em massa de populações são exemplos do que há de pior na trajetória de milhões de seres humanos pelo mundo. Tudo perpetrado por outros seres humanos inseridos em sistemas e organizações da pior qualidade. Isso é essencialmente o sal da terra, aquele excesso, ruim para o tempero da vida.
    Mas, Sebastião Salgado também tem ido aos confins do mundo, buscar populações isoladas, exemplares vivos do passado histórico remoto. Captando com sua câmera imagens de gente pura, "feliz" na sua forma possível de felicidade, contextualizada ao seu ambiente e modo de vida primitiva, isolados e privados das chamadas "conquistas" da humanidade, esses silvícolas de todas as partes, ainda temperam a terra dos nossos antepassados.
    Ao lado de Lélia sua companheira de jornada - homenageada no filme pelo próprio Sebastião como a responsável por grande parte da obra -, "Tião" ainda foi capaz de recuperar ambientalmente as terras de sua família, uma fazenda que já foi próspera em madeira e gado e foi com essa trajetória de exploração, responsável pela deterioração do lugar: seca, desaparecimento de minas d'água, cachoeiras, desparecimento da fauna e da rica flora do sistema de Mata Atlântica do lugar.
    Ao cabo de pouco mais de uma década, o artista e a sua companheira, não só foram capazes de dar vida ao lugar com o replantio de toda sorte de espécies da Mata Atlântica, como foram sábios ao dotar às futuras gerações com o "Instituto da Terra", uma organização destinada a agir, mostrar que é possível temperar a terra com o melhor sal que há na humanidade.
    Bem faz o "Tião"- perdoe a intimidade grande fotógrafo, imenso artista e ser humano cidadão do mundo, mas o seu trabalho nos permite a liberdade de considerá-lo como um dos nossos parentes próximos, aqueles que amamos incondicionalmente -; enfim, bem faz em não entrar em polêmica com aqueles que fazem a crítica da suposta "estetização" da miséria humana, em sua obra. Ele diz simplesmente que "faz o seu trabalho".
    Por que não ver, nas imagens luminosas, super expressivas das figuras esquálidas, desprovidas de qualquer esperança, de possibilidade para uma vida digna na face da Terra, como "criações artísticas" comparáveis e igualmente denunciatórias como são as criações do nosso pintor Candido Portinari e seus retirantes ou em seu memorial Guerra e Paz? Ou ainda, ao retrato nu e cru que Pablo Picasso fez do horror da Guerra, em Guernica? É como a obra de Sebastião chega até mim e quem sabe a tantas outras pessoas. Certamente, chega a tantas outras de forma diferente, sempre, porém, provocando algum impacto, sentimento, revelação. Cumpre seu papel.
    O filme também. No sábado (28/03), no cinema Reserva Cultural foi possível ouvir aplausos ao cabo das sessões das 17 e das 19 horas. Enquanto na tela, o filme nos revelava a equipe técnica e todas as capacidades que foram reunidas para viabilizar o projeto de contar a trajetória de 40 anos da vida de Sebastião e Lélia - desde os tempos do exílio na França, passando pelos inúmeros projetos, uns associados à ONU, outros aos médicos sem fronteiras, ou aqueles engendrados como projetos mais pessoais -, os aplausos de dezenas de pessoas nas duas sessões foi uma espécie de homenagem, um reconhecimento de que de gente assim se faz o sal da terra. (PA)
    Isabella C.
    Isabella C.

    13 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 26 de maio de 2015
    Mostra como fotografia não é somente arte mas também história!
    Alexandre M.
    Alexandre M.

    2 seguidores 15 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 26 de dezembro de 2015
    Um fotógrafo que é quase uma unanimidade, mas que também tem seus críticos, e as críticas chegam a ser mordazes, ainda que ele passe longe de ser um equivalente a Romero Britto: assim pode ser bem resumida e grosseiramente apresentado Sebastião Salgado. Outra descrição poderia ser “um mineiro interiorano que em meio à ditadura exilou-se em Paris e lá começou a ter gosto pela fotografia, e com o tempo ganhou o mundo com suas fotos da miséria humana do mundo”, o que não deixaria de ser verdade também, ainda que seja igualmente um resumo grosseiro (além de estranho, por dar a entender que captou miseráveis na capital francesa). O filme O sal da Terra é justamente para apresentar a pessoa do Sebastião Salgado, e especialmente sua fotografia. Como um está intimamente ligado ao outro, termina sendo um filme com essa espécie de foco dúbio. Mas não torna-se, é bom ressaltar, um filme confuso. Pode-se estranhar a falta de abordagens mais profundas nas questões técnicas da fotografia (já que boa parte dos que viram, e verão, a produção são fotógrafos), especialmente acerca de questões filosóficas que envolvem o trabalho de Salgado, porém não uma temática confusa. De qualquer forma, percebe-se, ao final, ser mais um filme-portfólio do que propriamente um documentário discutindo a obra de um dos mais reconhecidos fotógrafos no Brasil e no mundo — o que não impede um posterior debate, claro.

    O filme é quase todo em preto-e-branco, como é padrão nas imagens produzidas por Salgado (inclusive as do projeto Gênesis, apesar deste abordar paisagens naturais, um dos pontos controversos passados ao largo). Difícil saber até onde foi a contribuição de Juliano Salgado (filho de Sebastião e um dos diretores, junto com Wim Wenders), mas é fácil notar que o filme, ao mesmo tempo que vagueia por entre a vida e a obra de Salgado (o pai), também passeia entre filmagens de expedições/bastidores de cliques e relatos sobre fotografias específicas. Esses relatos foram captados de uma forma interessante, em que ora está o fotógrafo em foco; ora a foto, estando esta em uma tela translúcida, entre quem assiste e o fotógrafo, que vê a imagem e a comenta — assim como o fotógrafo também conversa com Wenders. As fotos, é bom que se diga, tornam o filme algo impróprio para assistir em meio a uma gostosa reunião entre amigos e/ou família, pois são evidentemente chocantes. Não são apenas fotos de guerra esteticamente bem-resolvidas e algo emocionantes como as de Horst Faas, por exemplo, são fotos que primam por seus contrastes e composições, mas parecem querer por vezes embelezar algo extremamente trágico, de forma que muitas fotos, apesar do apuro técnico, são bastante chocantes. O choque da violência que parece ser mais cotidiana do que a ocorrida durante grandes guerras é mais agressivo.

    Como boa parte do filme é baseado nos trabalhos de Salgado retratando situações lamentáveis, o trecho dedicado ao Gênesis termina não conseguindo quebrar totalmente o niilismo do restante do documentário. Assim não é difícil terminar de assistir com um sentimento algo misantropo. Seu último trabalho lançado, que leva o nome do primeiro livro da Bíblia, baseia-se em paisagens e populações afastadas da ‘civilização’. Porém a esperança parece meio exagerada, após ver tanto da parte ruim do mundo e ouvir Salgado contar, inclusive, o quanto os trabalhos anteriores o desgastaram mentalmente — e, volto ao ponto, ter paisagens e populações autóctones em fotos preto-e-branco não ‘soa’ otimista. Em suma: mais interessante é assistir McCullin, sobre Don McCullin, que aborda mais firmemente questões do fotojornalismo e não esconde a descrença na capacidade de renovação da Humanidade.
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