O filme é bem sessão da tarde, muito voltado para o público feminino e que tem seu começo em bom ritmo de comédia, mas vai se perdendo quando Beatriz se separa e vai buscar novos rumos na vida. Outro problema que a falta de dinâmica faz o filme parecer interminável, apesar de ter pouco mais de 1h30 minutos. É uma comédia com boa intenção, mas com execução fraca.
Que filme brega! Mas não é engraçado por ser brega. É apenas uma curiosidade. Antes fosse engraçado, como o igualmente brega (mas risível) Amor em Sampa. Mas é um drama com tons de humor, paecendo uma novela das seis em um momento não muito bom da Rede Globo. Apresenta uma protagonista completamente esquecível na pele de Maria Paula, que não é esquecível de jeito nenhum. Porém, ela não faz um personagem, é ela mesma, e está rodeada de clichês, que a convidam a mover a história em episódios chinfrins (incluindo uma inusitada viagem a Buenos Aires que é jogada no final do filme). Utilizando todos os estereótipos de brasileiro (futebol, samba, religião) e acrescentando itens “modernos” (a irmã dela é uma natureba militante), Doidas e Santas era para ser alguma coisa séria, mas não consegue nem levar a sério seus personagens. Um exagero em câmeras circulares do diretor Paulo Thaigo (que assina o roteiro sem ação com Martha Medeiros) e uma trilha sonora enlatada faz com que o filme passe despercebido ainda em sessão. Mas Maria Paula… parabéns para ela, em seus quase cinquenta anos.
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