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rezenhando . wordpress . com /2017/08/13/rezenha-critica-reza-a-lenda-2016/
E lá vamos nós ao Mad Max do agreste , nome dado quando ano passado foi lançado. Surgiu estes tempos no Netflix e como estava procurando um filme “tiro curto” (Possui 1 hora e 20 minutos) para passar o tempo resolvi soltar o play na bagaça, ignorando muitas críticas negativas e inclusive se ler algo aqui de um filme que provavelmente vá gostar ignore também ksksksksksksks… Confiram a “rezenha” crítica de Reza a Lenda, o Mad Max do Sertão.
Reza a Lenda que em uma terra sem lei, se a santa estiver no local correto trará chuva e devolverá justiça e liberdade aos desfavorecidos da região. Ara (Cauã Reymond), um homem de ação e poucas palavras, é o líder de um bando de motoqueiros armados que acreditam na lenda levados pelo “Pai Nosso” uma espécie de oráculo dos incrédulos e desfavorecidos pela vida. Então realizam um ousado roubo da Santa que estava na fazenda de Tenório (Humberto Martins). O Coronel Tenório volta-se contra todos e os persegue incessantemente para recuperar aquilo que acredita ser seu por direito. Durante a perseguição, a jovem Laura (Luisa Arraes) é resgatada de um acidente e tem que seguir com o bando contra a sua vontade.
Todo o misticismo e crenças contidas no filme dão o tom necessário para você já ficar intrigado, e quando temos um vilão com o peso e cara de mal do Humberto Martins a porra fica ainda mais séria. Apesar de alguns defeitos que o filme e sua continuidade possuem acabam sendo facilmente ignorados com a insanidade e poder do Coronel Tenório. Um baita vilão que dificilmente vemos em filmes nacionais e até mesmo os Hollywoodianos, melhor que de muito filme de Super Herói. Só os castigos e sentenças que ele manda executar nos que não atendem seus caprichos vale o filme (os balões de São João), a cena onde ele conta a história de um marido traído também ficou martelando na minha cabeça depois da sessão pipoca ksksksksksksksks…
Seria injustiça em não ressaltar o núcleo num todo, todos muito bem em seus papéis e deixando a trama ainda mais interessante do que é.
O que deixou-me cabisbaixo foi o fato de não terem utilizado aquela iluminação mais suja e laranjada do sol estralando como na novela Velho Chico (confiram minha analogia sobre o final dela aqui) ou na minissérie Amores Roubados, aí sim teria ficado perfeito.
Se formos analisar Reza a Lenda, com suas motos customizadas envolta à poeira e infinita caatinga, podemos até atribuir o bando de Ara como os cangaceiros novo Milênio.
Muitos reclamaram do pouco aprofundamento em algumas coisas que foram inseridas na trama, eu até concordo, mas com a pouca duração do filme não dava para fazer milagre, para um filme de ação e vingança como foi, achei deveras muito bom. Tinha um potencial para ser algo mais que isso, mas infelizmente nem deixaram uma ponta para que fosse realizado uma continuação transformando-a em uma franquia, que aí sim poderia ser do CARALHO indo atrás de outras lendas regionais deste nosso folclórico Brasil.
A verdade seja dita, saiu daquele eixo que infesta o cinema nacional ultimamente, de comédias criadas por humoristas de Stand Up ou Youtubers e isso já é um enorme avanço.
Obs: A cena que Ara chega com uma 12 dirigindo uma moto em movimento e dá no meio do peito de um caminhoneiro me lembrou muito o Exterminador do Futuro, mesmo se o filme fosse num todo ruim, só aquela cena valeria um 2/5 kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!
Minha nota é 4/5 (Na verdade seria um 3,5, mas como não costumo dar notas quebradas e por ser material nacional e muito bom vale arredondar para mais, pois eu assistiria novamente tranquilamente).