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    A Origem do Dragão
    Críticas AdoroCinema
    2,0
    Fraco
    A Origem do Dragão

    Aquém da lenda

    por Lucas Salgado

    Lenda do cinema e do mundo das artes marciais, Bruce Lee foi um fenômeno cultural nas décadas de 60 e 70, e até hoje é um nome conhecido por todos os fãs da sétima arte, independente de terem visto algo com ele ou não. Diante disso, é interessante um filme que se propõe a contar a história de Lee antes de se tornar um ídolo, enquanto era iniciante no cinema americano e levava a vida treinando homens brancos nas artes marciais.

    Este é o caso de A Origem do Dragão, mais novo trabalho do diretor George Nolfi. O longa traz Lee (Philip Ng) tentando levar uma vida pacata como mestre em artes marciais em São Francisco, na Califórnia. O dia a dia do professor sofre uma mudança repentina quando dois de seus alunos começam a ter problemas com a máfia chinesa local. Ao mesmo tempo, o mestre de Kung Fu Wong Jack Man (Yu Xia) chega aos Estados Unidos e deixa claro que não concorda com o fato de Lee estar passando seus ensinamentos para pessoas não orientais.

    A trama é livremente inspirada em uma luta real entre Lee e Kung Fu Wong, duelo emblemático na trajetória do futuro astro de Hollywood.

    A premissa é até interessante e há uma curiosidade natural sobre a origem do ator e lutador, mas tudo é tão simplório e mal desenvolvido que não conquista o espectador. A sensação é de estar diante de um telefilme feito para o Lifetime, clássico canal americano conhecido por produções simples sobre nomes famosos. Também não ajuda o fato do filme contar com um protagonista sem carisma e optar por uma abordagem que coloca Lee mais como um babaca do que como um mentor.

    Fica clara a motivação de mostrar o astro como uma pessoa com ainda muito a aprender, o que não é problema algum. A grande questão é que exageraram na abordagem. Ele é simplesmente arrogante. Então, chega um momento que você torce por aquela pessoa por causa de conhecimentos externos, pois com base no visto em cena é impossível se identificar.

    George Nolfi, que havia realizado Os Agentes do Destino, com Matt Damon e Emily Blunt, mostra que o tempo não foi bom com ele. Não que o trabalho anterior seja extraordinário, mas ao menos era uma produção de destaque em Hollywood, com nomes conhecidos. O mesmo não acontece aqui, que está destinado ao esquecimento.

    E, no final das contas, é até melhor. É bom esquecer de ter visto este filme.

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