O ATO DE MATAR / The Act of Killing (2013) que levou dez anos para ser concluído é dirigido pelo dinamarquês Joshua Oppenheimer e produzido porWerner Herzog e Errol Morris. É um relato documental chocante do reflexo da Guerra Fria na sociedade atual, que ainda está muito longe de globalizar a democracia e abolir a violência e a perseguição política como prática de alguns governos. O documentário acompanha um grupo paramilitar que assumiu o poder na Indonésia em 1965, com o incentivo de governos ocidentais e que se tornou um esquadrão da morte, matando mais de um milhão de pessoas, consideradas "comunistas", como artistas, líderes sindicais e trabalhadores sem terras. O longa metragem se passa durante os anos 2000, mostrando que os assassinos declarados, vivem como heróis no seu país, chegando ao absurdo de aceitarem participar de reencenamentos das execuções que praticavam, inspiradas pelos filmes de gangsteres hollywoodianos que eles adoram. Paralelamente é mostrado que muitos deles ainda governam o país através de uma organização "filosófica totalitária" denominada Juventude Pancasila. O fato de os carrascos não demonstrarem nenhum remorso e ainda manterem práticas de chantagem e extorsão abertamente em frente às câmeras, passa a impressão de estarmos assistindo um filme surreal, que beira o tragicômico, não fosse a seriedade e o horror da realidade por trás dos fatos. Ganhador do prêmio do público no Festival de Berlim, o filme concorreu ao Oscar (The Academy), na categoria Melhor documentário em 2014 e foi exibido na mostra Limites e Fronteiras do Festival do Rio | Rio International Film Festival.
Nota 9. Ainda existe Caça ás Bruxas Comunistas. (Excelente)
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