E hoje minha atenção vai... para Angelina Jolie, dirigindo um longa baseado em fatos reais, que pode ser descrito em uma palavra: SUPERAÇÃO, mas será que ele realmente conseguiu SUPERAR todos os critérios? A história é sobre Louis Zamperini, um atleta olímpico que vai lutar na Segunda Guerra Mundial, passa semanas no mar e depois é capturado por japoneses, mantido como prisioneiro de guerra por cerca de 2 anos. O filme tinha tudo para ser um excelente longa, começou muito bem eu diria, em uma batalha aérea onde os atores trabalharam bem, foram muito convincentes na atuação, despertando atenção e empolgação, depois foi feita uma ligação do protagonista em sua infância, fazendo o espectador viajar no tempo junto com o personagem. O filme então passa a ser repleto de exageros tais como: flashbacks que pouco acrescentam à narrativa, uma trilha sonora irritante e constante, nunca deixando à própria drama falar por si só. A partir do momento em que o protagonista fica preso no mar, o longa passa a ficar parado, entediante e sem ação, sem nada que desperte o interesse, ou traga de volta a atenção do espectador com a mesma intensidade. Podemos ver um belo trabalho de transformação corporal, para a encarnação dos personagens isolados no mar : Louis Zamperini (Jack O'Connell), Russell Allen 'Phil' Phillips (Domhnall Gleeson) e John Fitzgerald (Garrett Hedlund) superaram os limites dos seus corpos, e realmente é de tirar o chapéu. Depois o filme muda totalmente o rumo, da metade para o final, ficando o mais clichê possível, com personagens coadjuvantes desnecessários, frases mal colocadas, forçando um drama, com cenas que tentam emocionar o espectador, mas acabam não gerando nenhum tipo de emoção. Contamos com uma péssima atuação de Miyavi (Mutsushiro Watanabe) que participa de uma das principais cenas do filme, um momento de redenção do protagonista. Aquele era para ser um momento emocionante, que envolvesse o público, mas terminou sendo, uma mistura de exagero constrangimento e algo forçado, em que eu não consigo descrever com palavras. Sinceramente eu fiquei com vontade de rir, do quase choro de Miyavi. De forma geral o filma apresenta sim bons momentos, como a filmagem, o tema que deveria ser levado com mais frequência as telonas, mas faltou uma história em que flua bem, que empolgue a quem está assistindo, e que o público possa se identificar melhor com os personagens. Não conseguiu se manter a altura em que estava no primeiro ato e terminou se afundando.