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    Maridinho de Luxo
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    3,2
    3 notas
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    MExenberger
    MExenberger

    4 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 20 de novembro de 2019
    Gostei muito! Maridinho de Luxo é uma bem-sucedida adaptação da comédia Compra-se um Marido, do dramaturgo José Wanderley, encenada em 1934 pela Companhia Procópio Ferreira. Essa luxuosa produção cinematográfica, rodada na Cinédia, com roteiro e direção de Luiz de Barros (1893-1982), mostra o elevado nível técnico conquistado pela companhia de Adhemar Gonzaga (1901-1978).
    Os figurinos, cenários, dramaturgia e trilha sonora não devem nada às famosas comédias malucas de Hollywood, o que demonstra maior ênfase nos diálogos e menor preocupação com os enquadramentos, planos e ângulos de câmera ou montagem com objetivos estéticos.
    A história sugere uma guerra dos sexos ao contar a história de uma jovem rica e mimada chamada Patrícia (Maria Amaro) que decide comprar um marido, um 'maridinho de luxo' para ostentação, para 'farol', para 'moer' as amigas incansáveis (Cine Repórter, 24.09.1938, n. 220). Após o anúncio publicado na imprensa, chovem pretendentes (Grande Otelo entre os candidatos), mas o escolhido é Marcos Castro de Azevedo (o então popular comediante Mesquitinha), “com cara de imbecil” e baixinho. “Assim eu posso mandar nele”, diz a moça.
    Chamado de 'Boa Vida', Marcos, por interesse financeiro, aparentemente aceita as condições: fará o que quiser, não dará palpites sobre a vida da esposa, não terá exigências de fidelidade conjugal. Após perguntar sobre a beleza e a saúde da pretendente, Marcos fica surpreso com a maneira extravagante da noiva de arranjar um casamento.
    A ideia de inversão de papeis sugerida por Patrícia após a união do casal não é correspondido por Marcos. Patrícia pouco fica em casa e trata a relação deles com ironia, fingindo ser a esposa que não é nem pretende ser. Já o marido rejeita o machismo da época e a ideia de se submeter à mulher e ao poder econômico. Ele cobra apenas alguns minutos de atenção e direitos iguais.
    O humor de Mesquitinha , precursor do extravagante Oscarito, era mais leve e sutil, calcado na baixa estatura, aparência frágil e em frases, situações inusitadas (a cena com duas mulheres para provocar ciúmes na esposa) e em gestos quase minimalistas (enquanto conversa passa a mão na estátua nua). Por outro lado, assim como Didi (Renato Aragão) ele sempre sai ganhando do concorrente, inclusive num desafio verbal com alguém que se julga intelectualmente superior.
    O elenco de apoio tem boas tiradas. A Tia Clementina (Maria Lina) está perfeita no papel de casamenteira. Senhor Castro, o pai de Patrícia, e os mordomos interagem muito bem. Outro achado é a cerimônia de casamento, que surpreendentemente rende boas gags graças ao animado juiz de casamento, interpretado por Augusto Annibal. Nessa sequência aparece pela primeira vez no cinema, atrás da noiva, a futura estrela da Atlântida, Fada Santoro, atualmente com quase 100 anos. Rodolpho Mayer (amigo de Marcos), mostra porque era um dos grandes atores da época.
    Popular, na época, o comediante Mesquitinha (1902-1956) encabeça o elenco, que inclui Maria Amaro no papel da rica e mimada Patrícia, Rodolpho Mayer e futuras estrelas, como Fada Santoro e Grande Otelo.
    Fernando O
    Fernando O

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 21 de setembro de 2018
    achei fantástico e muito inteligente as respostas dele em relação a tudo as cenas são marcantes só achei a interpretação dela meio forçada mas a dele me pareceu autentica muito boa performasse
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