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    O Franco-Atirador
    Críticas AdoroCinema
    2,0
    Fraco
    O Franco-Atirador

    Simples e previsível

    por Lucas Salgado

    Vencedor do Oscar pelos trabalhos em Sobre Meninos e LobosMilk - A Voz da IgualdadeSean Penn dedicou boa parte de sua carreira aos drama, embora ainda tenho feito suspenses, romances e até mesmo comédias. Estava faltando um filme de ação. Não falta mais. O Franco-Atirador marca a estreia do ator no mundo da ação, mas deixa a pergunta: foi uma boa estreia? E a resposta é simples: não.

    Tentando seguir os passos de Liam Neeson, que se tornou um astro da ação já depois dos 50, Sean Penn aceitou estrelar o novo filme do diretor Pierre Morel, que por sinal foi responsável pelo primeiro (e ótimo) Busca Implacável. Embora o ator consiga dar um certo peso dramático ao personagem, e também demonstra estar confortável nas sequências de ação, ele "deu azar" de não encontrar o longa certo para fazer sua iniciação no gênero. 

    Taken tinha seus clichês, mas também oferecia vários elementos novos que se tornariam clichês mais tarde. O Franco-Atirador não oferece nada de novo. Nem o título, afinal O Franco Atirador é nome do Vencedor do Oscar de Melhor Filme de 1979, estrelado por Robert De Niro, Christopher Walken e Meryl Streep.

    Gunman (no original) conta a história de Martin Terrier (Penn), um matador de aluguel de uma empresa privada que atua na África. Ele tem a missão de assassinar nomes que interfiram nos negócios da companhia. Após receber a missão de matar um importante político, ele se vê obrigado a deixar o continente e se afastar de sua grande paixão e de seus amigos. Anos mais tarde, ele sofre uma tentativa de assassinato e percebe que fantasmas do passado vieram lhe encontrar.

    A história é simples e a solução é previsível. O que acaba salvando o filme de ser um desastre total é o elenco. Além de Penn, temos nomes como Javier BardemRay WinstoneIdris ElbaJasmine Trinca interpreta a amada de Sean, que é uma personagem que pouco acrescenta na produção. Está ali apenas para ser salva.

    Escrito por Pete Travis e Sean Penn, o roteiro tem momentos constrangedores, que privilegiam o lado visual em relação ao prático. Exemplo: os personagens de Penn e Trinca fogem em um conversível clássico vermelho. Seria esta a melhor opção para se esconder? Em outro momento, Terrier marca um encontro em um parque. Para ter uma visão geral, ele decide ficar no meio de um carrossel enquanto a outra pessoa não chega. Mas será que um carrossel é o melhor lugar para um senhor de quase 60, com roupa preta e óculo escuro passar despercebido?

    Com poucos momentos realmente chamativos (destaque para o combate final, que é bem brutal), o longa não empolga. Se quiser brilhar no mundo da ação, Sean terá que procurar projetos mais interessantes.

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