O filme é baseado na lenda do primeiro escravo alforriado no Brasil, que teria inspirado a construção da igreja de Nossa Senhora da Penna, no Rio de Janeiro, em pleno século XVII.
Inicialmente o filme se chamaria "Depois do Shopping" e seria uma comédia de aventuras direcionada ao público adolescente. A intenção era seguir a linha de Depois de Horas (1985), de Martin Scorsese. Este ideia surgiu entre 1999 e 2000.
Entre 2004 e 2005 o roteiro foi reformulado, o que fez com que a história da aparição da Virgem Maria no alto da Pedra do Galo, a construção da Igreja da Penna e a primeira carta de alforria no Brasil ganhassem destaque na trama. Com isso, o título original perdeu o sentido.
Foram necessários mais cinco anos até que os diretores escolhessem o novo título. O primeiro escolhido foi "A Pedra do Milagre", utilizado no teaser divulgado em 2007 e que você pode ver na seção de Trailers & Clips. "O Milagre da Pedra do Galo" e "Milagre da Penna" também foram considerados.
Após a conclusão das filmagens, em 2007, o título escolhido foi "Depois do Fim". Ele permaneceu por três anos, até que, em 2010, os diretores concordaram que o filme precisava de um título mais impactante. Entre as opções levantadas estavam "O Primeiro Escravo Alforriado do Brasil", "Vossa Liberdade" e "O Que Se Leva da Vida é a Vida Que Se Leva".
Foi apenas em 2011, já perto do término da pós-produção, que surgiu o título definitivo: Dia de Preto.
Os personagens do filme não possuem nome próprio. A ideia era que eles fossem protótipos de estereótipos comuns, como o malandro, o velho poderoso, a mulher fatal, o chefe durão, o vilão calculista, etc.
Para confeccionar a carta de alforria exibida no filme, a equipe de arte realizou uma pesquisa sobre os modelos usados no século XVII, de forma a reproduzir o tipo de papel, textura e caligrafia semelhantes à da época retratada.
O texto da carta cenográfica foi escrito pelo diretor Marcial Renato.
O filme foi produzido com recursos privados, sem a utilização de dinheiro público. A direção e a produção coube a três servidores da Agência Nacional de Cinema (Ancine).
Quem compôs a trilha sonora foi João Viana, filho do cantor Djavan. Dia de Preto foi seu primeiro trabalho no cinema.